14 de novembro de 2014

MPM denuncia soldado do Exército por homicídio triplamente qualificado na morte de colega no RS.

No Regimento Mallet
Jovem é denunciado por matar colega dentro do quartel
Para o Ministério Público Militar, autor de tiro cometeu homicídio triplamente qualificado
Jovem é denunciado por matar colega dentro do quartel Jean Pimentel/Agência RBS
Local do crime foi isolado pelo Regimento Mallet no dia 6 de novembroFoto: Jean Pimentel / Agência RBS
Lizie Antonello
lizie.antonello@diariosm.com.br
Santa Maria (RS) - O autor do disparo de fuzil que atingiu o jovem soldado Roger Lazaretti Rodrigues, 18 anos, dentro do Regimento Mallet, no dia 6 deste mês, foi denunciado pelo Ministério Público Militar por homicídio doloso, quando há intenção de matar. A denúncia foi encaminhada à Justiça nesta quinta-feira.
O caso agora está nas mãos do juiz auditor Celso Celidonio na 3ª Auditoria Militar Federal em Santa Maria. O magistrado pode acolher a denúncia ou não. A decisão deve ser tomada na próxima terça-feira.
Sem dar detalhes sobre a denúncia, segundo o promotor da Justiça Militar Federal, Soel Arpini, o caso foi tipificado por homicídio triplamente qualificado.
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Caso a denúncia seja aceita pelo juiz e o autor seja condenado, a pena para homicídio qualificado, segundo o Código Penal Militar, pode variar de 12 a 30 anos de prisão. É o número e o tipo de qualificadora que irá determinar, conforme a avaliação do juiz, a pena a ser cumprida.
O autor do disparo foi preso em flagrante no dia do crime. Ele permanece preso em uma unidade militar do Exército. Junto com a denúncia, o MP Militar pediu à Justiça que a prisão seja convertida para preventiva. Com isso, o autor deve permanecer preso durante o processo. Cabe recurso.
Rodrigues foi morto pelo colega com um tiro de fuzil durante a troca da guarda. A investigação foi feita pela Polícia do Exército (PE), que fez a perícia no local e ouviu as cerca de três testemunhas que presenciaram o disparo e a morte de Roger. O Regimento Mallet sempre disse que o Exército tratava o caso como acidente.
DIÁRIO de SANTA MARIA/montedo.com