24 de dezembro de 2014

Amigo de ditadores, Jaques Wagner é confirmado na Defesa.

Publicado originalmente em 23 de dezembro
Atualização 21h: o Planalto acaba de confirmar Jaques Wagner como novo Ministro da Defesa
Janeiro de 2012: em Cuba, com Dilma, Wagner demonstra seu afeto ao ditador Raúl Castro (Veja)
Folha e Estadão informam que Jaques Wagner deve ser mesmo o próximo ministro da Defesa.
Ele teria relatado a Dilma que sua relação com os militares é boa, solidificada durante seus dois mandatos como governador da Bahia. Além disso, o petista, que é carioca de nascimento, lembrou à Presidente que foi aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro durante oito anos.
Segundo ambos os jornais, na conversa Dilma afirmou que está interessada em fortalecer o Projeto Calha Norte e modernizar as Forças Armadas.
Forças Armadas, aliás, cuja ação foi fundamental para que o petista superasse a crise causada pela greve da polícia militar baiana, no início de 2012. Comandante das operações, o general Gonçalves Dias notabilizou-se como o 'general do bolo', ao abraçar um PM em greve, que o presenteava com um bolo no dia do seu aniversário. O episódio custou a quarta estrela ao general, que havia sido ajudante de ordens nos dois mandatos de Lula. Ah! Enquanto seu estado pegava fogo, Wagner integrava a comitiva de Dilma em visita à ilha de Cuba.
Voltando a Wagner, o governador que em 2012 pediu a Dilma a intervenção dos milicos e acusou a PM baiana de promover um "banho de sangue" é o mesmo sindicalista e deputado federal que apoiou a greve de 2001, quando era oposição a Cesar Borges (DEM). Na época, o PT queria “o quanto pior, melhor” na Bahia porque isso fazia parte de seu projeto de poder. Deu certo. E como!
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