2 de dezembro de 2014

Maré: de pacificadores a patos!

EDITORIAL - DE PACIFICADORES A PATOS !
O Cabo Mikami e o seu grupo do 28º Batalhão de Infantaria Leve. foto Facebook Reprodução.
Local o Cemitério de Vinhedos (SP). O oficial então pediu, que em homenagem ao jovem cabo, o brado fosse entoado pelos presentes. Em um dos momentos mais emocionantes da cerimônia, o melhor amigo de farda da vítima puxou com um grito "Operações" e todos responderam "Resgate".
Este grito reflete a maior encruzilhada das missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) atualmente em curso como a Força de Pacificação da Maré.
O Grupo do Cabo do Exército Michel Augusto Mikami, membro da unidade formada por soldados profissionais, o 28º Batalhão de Infantaria Leve (BIL),experiente com um passagem pelo Haiti, transformou o seu Grito de Guerra de “Operações Especiais"para “Operações Resgate”.
Como que escondidos em uma sala do Palácio Guanabara, em 29JUL14, o Ministro da Defesa Celso Amorim, o Governador do Rio de Janeiro Fernando Pezão, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, a Secretária da Segurança Nacional Milki e o impagável Secretário de Segurança do RJ, José Mariano Beltrame, o rifador das melhores forças policias do Rio de Janeiro, sem nenhuma autoridade militar presente prorrogaram “ad infinitum” a presença dos Militares na Força de Pacificação do Complexo da Maré.
Assim por omissão foram aceitas Regras de Engajamento, que transformaram “Pacificadores” em “Patos de Stand de Tiro ao Alvo”.
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Ver moleques criminosos ridicularizando, em forma de rap, a morte de um bravo infante, é algo que um órgão de comunicação não pode aceitar. Cremos que nem um Comandante Militar também.
Os Comandantes do Exército, Gen Enzo Peri, e da Marinha, Alm Moura Neto, como responsável pelo Corpo de Fuzileiros Navais, mais o Gen Adhemar, Estado-Maior do Exército, Gen Villas Bôas, comandante do COTER.
E o Comandante responsável pelas Operações de Pacificação, o Gen De Nardi do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, em aceitarem a prorrogação de Regras de Engajamento, que colocam em risco a vida de membros das Forças Armadas.
A missão de um Comandante é planejar, treinar e prover seus comandados, para que cumpram a missão que lhes foi incumbida, porém devem trabalhar para que voltem vivos ao convívio dos seus familiares.
As operações vinham num crescendo de dificuldade, dia a dia, com soldados não em Missão de Patrulha, mas de Resgate, aos seus colegas pegos pelo fogo cruzado dos marginais.
Assim surge o Terceiro Comando Puro (TCP), que junta-se aos: CV, ADA e PCC, entre outros.
E por fim uma irônica nota:
“Quero expressar minha dor e minha solidariedade à família e aos amigos de Michel, disse a presidente Dilma Rousseff em sua nota de pesar.
O Soldado Mário Klosel Filho não teve este reconhecimento. (R. A.)
defesanet/montedo.com