30 de julho de 2015

Querido por Dilma, almirante preso quase foi ministro

DILMA COGITOU PÔR ALMIRANTE PRESO NA CASA CIVIL

Cláudio Humberto
Othon Luiz participou, em 2011, de audiência no Senado para discutir o sistema de energia nuclear do país  (Foto: Antonio Cruz/ABr)
Almirante Othon está preso no PR(Foto: Antonio Cruz/ABr)
Responsável pela escolha do almirante Othon Pereira da Silva para presidir a Eletronuclear, em 2005, quando era ministra de Minas e Energia do governo Lula, a presidente Dilma cogitou fortemente nomeá-lo para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil quando a titular, Gleisi Hoffmann, pediu demissão para se candidatar ao governo do Paraná. Na último momento, ela trocou Othon por Aloizio Mercadante.

DUPLA DIFÍCIL
Dilma e o almirante Othon se admiram. Têm em comum a forma rude de tratar subordinados. Essa característica os aproximou ainda mais.

USINA DE DINHEIRO
Othon foi preso terça (28) na 16ª fase da Lava Jato, por receber R$ 4,5 milhões em propina de empreiteiras das obras da usina de Angra 3.
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SINAL DE ALERTA
A Lava Jato avança definitivamente na corrupção da área de energia elétrica do governo, a favorita de Dilma, daí a alta a tensão no Planalto.

ADMIRADOR ILUSTRE
O almirante Othon tinha outro admirador: o ex-presidente Itamar Franco o condecorou com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

ENSURDECEDOR
É gritante o silêncio da caserna sobre prisão do almirante [...]. Ele era mais admirado fora da Marinha, por sua notória especialização em energia nuclear.
DIÁRIO do PODER/montedo.com