15 de novembro de 2015

Justiça Militar manda soltar bancário que discutiu com soldado no CMO

Bancário teria recebido orientação de parada mas insistiu em seguir com o carro
Wendy Tonhati
O bancário de 31 anos que foi preso por desacato após discutir com um soldado da guarita do CMO (Comando Militar do Oeste), foi solto na tarde da sexta-feira (13), após um alvará de soltura expedido pela Justiça Militar. O pedido de habeas corpus feito pela defesa do bancário ao TJ MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) foi negado e o juiz da 4 ª Câmara Criminal passou a competência para Justiça Federal, que por sua vez, encaminhou o caso a Justiça Militar da União.
Ao Jornal Midiamax, o bancário disse que vai responder por um processo administrativo na justiça militar e que não pagou fiança para sair. “Agora vou aguardar as orientações do advogado e vou ter a oportunidade me defender durante o processo”. O bancário disse ainda que ficou sozinho na cela durante o dia que permaneceu preso.
Leia também
Campo Grande: Exército mantém civil preso na sede do CMO após discussão com soldado
Desacato
O bancário, que trabalha há seis anos no local, relatou que estava deixando o seu local de trabalho quando recebeu a determinação do militar para que aguardasse. No entanto alegando que não vinha nenhum carro naquele momento ele tentou avançar, mas o militar colocou alguns cones e postou-se na frente de seu carro sendo iniciada uma discussão.
Ele afirmou que o soldado chamou seus superiores e ele acabou recebendo voz de prisão. Logo depois foi encaminhado ao Hospital Militar onde foi submetido ao exame de corpo de delito, sedo levado posteriormente para o quartel. A princípio teria ficado em uma sala e depois encaminhado a uma cela onde passou a noite.
Na tarde da sexta-feira, o CMO se manifestou sobre o caso e informou que a prisão do bancário foi amparada pela Defensoria Pública conforme a Lei de Execução Penal. Em nota, o exército explicou que a detenção na cela do comando ocorreu pelo fato ter acontecido “contra militar de sentinela e em área sob jurisdição militar”.
midiamax/montedo.com