5 de fevereiro de 2016

Guerra ao mosquito: entrada forçada em imóveis é "necessidade de segurança em saúde", diz Aldo Rebelo

MUTIRÃO CONTRA O AEDES
MAIS DE 200 MIL MILITARES ESTARÃO NAS RUAS DE TODO O PAÍS NO PRÓXIMO DIA 13
SP TERÁ 21,5 MIL MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS CONTRA O MOSQUITO
No dia 13 de fevereiro será realizado um mutirão contra o mosquito Aedes aegypti. No total, 220 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estarão nas ruas de todo o país para visitar três milhões de residências em 356 municípios, incluindo todas as cidades consideradas endêmicas.
O Estado de São Paulo terá aproximadamente 21.500 militares das Forças Armadas atuando na campanha. Eles irão às ruas de 40 cidades para distribuir material impresso com orientações para a população sobre como manter a casa livre dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus.
Para a distribuição do efetivo das Forças Armadas nessa fase de mobilização, foram consideradas as cidades com maior incidência das doenças transmitidas pelo mosquito e os municípios que contam com organizações militares instaladas.
Essa será a segunda etapa da campanha contra o mosquito. Na primeira, iniciada em 29 de janeiro, as Forças Armadas realizam um mutirão de limpeza em 1.200 unidades militares espalhadas pelo País. Essa fase se encerra nesta quinta-feira, 4.
Ainda estão previstas duas etapas da campanha de combate ao Aedes. Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, 50 mil militares, sob a coordenação do Ministério da Saúde, farão visitas nas residências, acompanhados por agentes de saúde, para inspecionar possíveis focos de proliferação, orientando os moradores e, se for o caso, fazendo aplicação de larvicida em criadouros.
A última etapa, ainda em fase de elaboração com o Ministério da Educação (MEC), prevê a participação de visitas a escolas. A meta é reforçar o trabalho de conscientização das crianças e adolescentes sobre como evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, disse hoje que a entrada forçada em imóveis públicos e privados para ações de combate ao Aedes aegypti é uma necessidade de segurança de saúde.
“Em São Paulo, por exemplo, de 33 mil imoveis visitados pelos militares, 10 mil estavam fechados. São armazéns, terrenos, residências que estavam sem a presença de ninguém. Além disso, em quase mil não havia pessoas autorizadas para permitir a entrada de agentes, apenas vigias, fiscais ou porteiros”, disse o ministro. “Não adianta remover os focos de dez casas se, no meio delas, em um raio de 300 metros onde o mosquito voa, você deixa o criadouro. Rapidamente ele vai se multiplicar”, acrescentou.
DIÁROP do PODER/montedo.com