7 de julho de 2016

Forças Armadas terão 21,8 mil militares no Rio durante a Olimpíada

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
As Forças Armadas terão um reforço de 3.000 militares na cidade do Rio durante a Olimpíada. Inicialmente, o planejamento previa a utilização de 18 mil homens de Exército, Marinha e Aeronáutica. Agora serão 21.845.
Todo o efetivo estará na cidade a partir do dia 24 de julho. Outros 20 mil militares estarão espalhados em cinco capitais que sediarão os jogos de futebol do evento.
"Não faltará dispositivo de Defesa e Segurança para o evento. E se for necessário mais efetivo será disponibilizado", disse o ministro da Defesa, Raul Jungman.
O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (6) por Jungman e pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em apresentação no CML (Comando Militar do Leste), no centro do Rio.
O aumento do efetivo foi definido a partir de um pedido do governador do Rio, Francisco Dornelles. O grupo que ficaria restrito a ocupar unidades estratégicas, patrulhamento marítimo e cuidar do espaço aéreo agora ganhou funções na segurança pública.
Haverá militares com blindados nas vias expressas usadas pela chamada família olímpica: Linha Amarela, que liga a zona norte do Rio a Barra da Tijuca, na zona oeste, e a TransOlimpica, de Deodoro a Barra.
Os militares cuidarão também de parte da Linha Vermelha, a partir dos acessos do aeroporto internacional do Galeão e de parte da avenida Brasil, próximo ao bairro de Deodoro, onde haverá competições como hipismo e canoagem slalom.
Seis estações de trem no caminho para Deodoro, na zona oeste da cidade, e para o estádio do Engenhão, na zona norte, também serão patrulhadas.
Diferentemente do que se planejava há um ano, quando a segurança do evento deveria ser discreta, sem blindados na rua, agora a situação mudou. Os pontos são a crise financeira do Rio e o aumento da violência na cidade.
Além de navios no mar, serão vistos blindados na rua. A ideia dos militares é mostrar forte presença em áreas sensíveis para a segurança como a via expressa e o bairro de Deodoro.
A um quilômetro do Parque Olímpico de Deodoro estão as favelas do Chapadão e Pedreira, local de maior incidência de roubo de cargas da cidade do Rio e de conflito constante entre facções criminosas.
"Os turistas estrangeiros podem vir com absoluta tranquilidade para os Jogos", afirmou Moraes.

TERRORISMO
Como havia falado na terça-feira (5), no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, Moraes voltou a informar que a probabilidade é baixa para ataques terroristas.
"Nós não temos nenhuma probabilidade de ato terrorista em território nacional. A possibilidade existe no mundo todo", disse.
"Nós não estamos aqui para brincadeira. Eu sei que é uma preocupação dos senhores com a deterioração do Estado do Rio a partir de março, mas estamos trabalhando constantemente", afirmou Jungman.
Folha/montedo.com