23 de janeiro de 2017

FAB desmente boato de que sargento controlador de voo teria provocado a morte de Teori Zavascki

Notícias falsas
Aeronáutica desmente boato sobre queda de avião que matou Teori
Mensagem distribuída em redes sociais diz que sargento teria orientado pouso de forma errada para provocar morte do relator da Lava-Jato
Estadão Conteúdo
A Aeronáutica, por meio de sua assessoria de imprensa, desmentiu neste domingo uma informação sobre a queda do avião em que viajava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Segundo o boato, o piloto Osmar Rodrigues foi orientado pela torre de controle localizada no Rio de forma equivocada, de modo que a aeronave caísse, matando o ministro.
O responsável pela suposta instrução equivocada seria uma pessoa identificada como "sargento Marcondes", que não existe, segundo a Aeronáutica. O "alerta", que começa com a frase "a casa caiu!" e atribui a informação a "uma fonte anônima da Aeronáutica", está sendo compartilhado indiscriminadamente nas redes sociais, apesar do conteúdo fantasioso. O objetivo do personagem Marcondes seria prejudicar o andamento da Operação Lava-Jato, da qual Teori era relator.
"Com relação ao boato que circula nas redes sociais sobre a influência de um tal sargento Marcondes no acidente com a aeronave que transportava o ministro do STF Teori Zavascki e outros passageiros, no dia 19/01/2017, informamos que NÃO É VERDADE. Não existe militar com esse nome na equipe de serviço responsável por aquela área de controle, nem havia qualquer comunicação com o piloto da aeronave matrícula PR-SOM durante a aproximação para o pouso em Paraty, porque o aeródromo não possui órgão de controle de tráfego aéreo", diz nota oficial emitida pela Aeronáutica. "Ressaltamos que todos os procedimentos realizados pelos órgãos de controle durante o voo estiveram de acordo com as legislações vigentes, inerentes aos serviços de controle de tráfego aéreo", afirma ainda a nota.
O cockpit voice record (gravador de voz da cabine) do avião já está em Brasília, no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), para ser analisado. Lá podem estar conversas que o piloto teve com a torre de comando do aeroporto de Congonhas, registradas enquanto o avião estava ainda em São Paulo, e, já em Paraty, área não controlada, e comunicações com pilotos de outras aeronaves que estivessem voando pela região, em que o piloto pode ter relatado a baixa visibilidade.
O avião saiu com Teori e outras três pessoas, além do piloto, às 13h01min da quinta-feira, com destino a Paraty, e caiu no mar perto da Ilha Rasa, após meia hora de voo e a dois quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto da cidade do sul fluminense.
Zero Hora/montedo.com