26 de junho de 2017

Proposta no Senado quer mudar lei e incluir porte de arma para praças das Forças Armadas. Que tal dar um empurrãozinho e, de quebra, ser cidadão?

Publicação original: 6/3 (23:46)
O prazo para que a proposta siga adiante é 1/7. São necessários 20.000 apoiamentos. Até agora, o número é de 14.804. E então, vamos lá?
Como já escrevi aqui outras vezes, a cada ano, decrescem minhas expectativas quanto à capacidade de mobilização dos militares em torno dos seus interesses. Nestes anos de blog, estivemos juntos em algumas campanhas memoráveis, mas na maioria das vezes a frustração foi o resultado maior.
Majoritariamente, o militar se assume como cidadão de segunda classe e submete-se a aguardar pela competência (ou falta dela) dos Chefes em bem gerir o destino das gerações atual e futura de militares da ativa, reserva e pensionistas. E lá vão os milicos, "Gado Fardado", a reboque das decisões da cúpula palaciana e a mercê da capacidade de negociação dos generais.
Assim falando, não pretendo estimular a politização 'interna corporis' das Forças Armadas, que tanto mal já causou em passado não muito distante. Trata-se - isso sim! - de reconhecer-se, o militar, como membro da sociedade, utilizar-se dessa condição e interagir com lideranças políticas. Lembro que a força de qualquer parlamentar federal está nas suas bases, no seu município. É lá - no município - que tudo começa e é lá que todos nós moramos, certo?

O início de tudo
Nunca é demais recordar: o movimento dos militares do Quadro Especial - que culminou com a promoção a Segundo Sargento - iniciou-se através de contatos com integrantes da assessoria parlamentar do deputado gaúcho Paulo Pimenta (PT) em Santa Maria, seu principal reduto eleitoral,

Regra do jogo
Politizar-se e participar do jogo democrático é a alternativa para os militares. É isso ou continuar reclamando nos alojamentos da vida, esperando que os chefes - sempre preocupados! - façam algo pela tropa.

Porte de arma para os praças
Não sei quem é Paolla Ananias. Sei, entretanto, que ela é a autora da ideia legislativa que tramita no Senado, propondo a alteração do Estatuto dos Militares, propondo a inclusão na Lei do porte de arma para subtenentes, suboficiais e sargentos das Forças Armadas. No momento em que escrevo, a proposta tem 3.424 apoios; precisa de 20.000 para ser debatida pelos senadores. A data limite é 1 de julho, mas não vamos esperar até lá, não é mesmo?
"Alteração Estatuto dos Militares-Porte de Arma-Suboficiais, Subtenentes e Sargentos
Nova redação para a Lei nº 6880/1980 (Estatuto dos Militares): [Alteração em MAIÚSCULO] "Art 50 - São direitos dos militares: q) o porte de arma quando oficial, SUBOFICIAL, SUBTENENTE ou SARGENTO, em serviço ativo ou em inatividade, salvo... r) o porte de arma, pelas DEMAIS praças..."Faz-se necessário o ajuste do texto da Lei para que os Suboficiais, Subtenentes e Sargentos das Forças Armadas, elo de ligação com o Oficialato, e possuidores de larga experiência militar, disciplina e respeito à hierarquia, substitutos imediatos dos Oficiais, não estejam proibidos de portarem suas armas se assim desejarem, igualando ao porte já existente para os oficiais."
Participe
Acesse este link e dê seu apoio a proposta. É necessário informar seu e-mail. Por algumas semanas, manterei aí ao lado um box com o link direto para apoiamento. Participe!

Lembre-se!
É legal, não tira pedaço e não dá cadeia!