6 de abril de 2017

Produtos militares ganham linha de crédito de U$ 35 bi para exportação

BNDES ABRE LINHA DE US$ 35 BILHÕES PARA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS MILITARES
PRESIDENTE DO BNDES DISSE QUE VALOR É PARA OS PRIMEIROS 20 ANOS E PODE HAVER AMPLIAÇÃO
A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Sílvia Bastos Marques, disse hoje (5) que a nova linha de financiamento da instituição para exportação de soluções e produtos na área da defesa terá US$ 35 bilhões nos primeiros 20 anos, com possibilidade de ampliação de acordo com a demanda.
A nova linha de crédito para o setor foi anunciada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, na abertura da Feira de Defesa e Segurança LAAD 2017, no Rio de Janeiro.
Segundo Maria Sílvia, a medida vai dar competitividade aos produtos brasileiros da indústria de defesa em concorrências internacionais, em um mercado em que a articulação é importante, já que os negócios são feitos diretamente pelos governos e não por empresas
O BNDES vai flexibilizar suas linhas de financiamento de acordo com as licitações que forem realizadas, podendo atingir até 100% de participação no empréstimo. Os prazos para pagamento são longos, de 25 anos, com carência de 5 anos e flexibilização de mecanismos de garantia, de acordo com a presidente do banco. A taxa de juros ainda não foi definida.
Segundo Maria Silvia, o cargueiro aéreo KC390, produzido pela Embraer, é um produto financiável pela nova essa linha

Igualdade de condições
O superintendente da área de Exportações do BNDES, Leonardo Pereira, disse que a nova linha vai permitir ao Brasil participar de concorrências internacionais em igualdade de condições com os demais países. “Vai tentar oferecer as mesmas condições de spread (diferença entre o que o banco paga ao tomar um empréstimo e o que ele cobra ao conceder um empréstimo), prazos, demanda de garantias, para a gente fazer um matching dessas concorrências.”
Segundo Pereira, a área da defesa exige uma flexibilização nas condições de financiamento porque envolve volumes muito elevados e de alto valor agregado e, “geralmente, envolve dívidas soberanas”.
A exportação na área da defesa envolve sistemas de monitoramento, integração, de segurança e bens. Segundo o superintendente do BNDES, são mercados promissores a América Latina, África, alguns países europeus e a Ásia.
DIÁRIO do PODER/montedo.com