2 de junho de 2017

Avião da FAB leva último contingente militar brasileiro ao Haiti. Próxima missão: África.

Quase mil militares desembarcam nesta quinta no país para encerrar participação do Brasil à frente da missão da ONU; retirada total deve ocorrer até outubro
Da Redação
Um Boeing 767 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou nesta quinta-feira do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, levando a tropa do 26º Contingente Militar Brasileiro para a última missão de paz no Haiti. O grupo é composto por 970 militares, sendo 181 da Marinha, 639 do Exército e 30 da Aeronáutica.
A retirada das tropas da ONU do Haiti foi decidida pelo Conselho das Nações Unidas. Este último contingente chega a Porto Príncipe, capital haitiana, ainda nesta quinta-feira. Nos próximos dois dias, eles farão a substituição dos militares que estão há seis meses no Haiti e que retornarão para o Brasil no próximo final de semana.
O Brasil atua na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) desde 2004, quando o governo brasileiro foi convidado pela ONU para liderar as forças internacionais com o objetivo de promover a paz no país. Nesses 13 anos de missão, mais de 35 mil militares já passaram pelo Haiti.
Para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, além do começo da operação, quando os militares brasileiros tiveram que entrar em confronto com milícias haitianas, os dois momentos mais marcantes foram o terremoto que devastou parte do Haiti, em 2010, e o furacão Mattew, que atingiu diversas regiões no ano passado.
Os componentes dos 26º Contingente Brasileiro começarão o seu retorno para o Brasil em 31 de agosto. A meta é que em 15 de outubro toda a tropa já tenha regressado ao país.

Próxima missão: África
A próxima missão de paz das Forças Armadas brasileiras deverá ocorrer na África. “Uma das possibilidades em análise é a República Centro-Africana. Mas esta decisão tem que ser tomada pelo presidente da República”, disse o ministro.
Segundo Jungmann, os integrantes das Forças Armadas “deram ao Brasil um reconhecimento mundial como país provedor da paz”. “Por isso, eles merecem respeito”. (Com Agência Brasil)
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