12 de abril de 2018

Gilmar Mendes: "STF não admite pressão de militares"

Gilmar Mendes diz que STF não admite pressão de militares
Ministro da Suprema Corte afirma que manifestações de alguns membros das Forças Armadas são "preocupantes" e "dignas de repúdio"
Gilmar: não é permitida pressão contra o STF

Gilmar: não é permitida pressão contra o STFEdu Garcia/R7 – 27.11.2017
Clébio Cavagnolle, da Record News
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes criticou as manifestações de membros das Forças Armadas contra o Supremo. Ele afirma que “não se pode tentar pressionar a Suprema Corte do País”.
“Temos que dizer em alto e bom som que não é permitido nenhum tipo de pressão por parte da imprensa e muito menos das Forças Armadas contra o Supremo Tribunal Federal”, diz Gilmar.
“Toda essa confusão no Brasil agora se adensa com essas manifestações, inclusive, dos generais, do comandante do Exército Villas Bôas e também de vários generais de reserva, o que é extremamente preocupante e digno de todo o repúdio”, completa o ministro.

Em sua fala, Gilmar cita nominalmente o general Eduardo Villas Bôas, que questionou em sua conta no Twitter "quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?".
A manifestação de Villas Bôas foi feita na véspera do Supremo votar o habeas corpus que poderia impedir a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a análise de todos os recursos apresentados pela defesa do petista.
"Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais", diz o general em outra postagem.
Ao comentar o parecer a respeito das prisões após o julgamento em segunda instância, Gilmar avalia ser "preciso que a população entenda que Justiça criminal no Brasil é muito falha".
"O STJ [tribunal de terceira instância] tem várias vezes feito as revisões das decisões de segundo grau. Isso é importante", destaca Gilmar.
R7/montedo.com