13 de junho de 2009

LENDÁRIA MADEIRA-MAMORÉ SERÁ RECONSTRUÍDA

Os antigos ferroviários da Madeira-Mamoré voltarão a trabalhar na lendária estrada de ferro, extinta em 1972, tombada como patrimônio histórico nacional em 2007 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e em processo de revitalização pela Prefeitura Municipal de Porto Velho.
Um acordo de cooperação técnica entre o Iphan, a e a Santo Antônio Energia S.A, empresa construtora da hidrelétrica de Santo Antonio será concluído ainda no mês de junho.
Os ferroviários da extinta ferrovia se organizaram em forma de Cooperativa com o apoio da Senadora Fátima Cleide, que colocou à disposição deles toda a sua assessoria para agilizar os trâmites necessários para a legalização da Cooperativa.
A Santo Antônio Energia S.A repassará uma verba para a Cooperativa dos Trabalhadores do Ramo Ferroviário da Madeira-Mamoré que por sua vez, remunerará os ferroviários que voltarem ao trabalho.
Esse acordo faz parte das condicionantes estabelecidas pelo Iphan para a revitalização do bem tombado, e uma das exigências é a reinserção de todos os antigos ferroviários que trabalharam na EFMM no centenário ambiente da ferrovia.
O objetivo é valorizá-los no contexto da restauração do Parque Ferroviário já que os eles detém a experiência e o conhecimento adquiridos durante décadas trabalhando para funcionamento da linha.
Inicialmente, os ferroviários executarão trabalhos de recuperação da automotriz chamada de “litorina”, de material rodante, manutenção regular do “Cemitério da Candelária” após o término de suas obras e depuração no trabalho de inventário das peças do museu, realizado em 2008 numa parceria com 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Fundação Iaripuna e Funcetur, de Guajará-Mirim e a Cootrafer.
O Superintendente Regional do Iphan em Rondônia, Beto Bertagna, disse que dessa forma se corrige uma injustiça com os ferroviários, que foram violentamente alijados da Madeira-Mamoré. “Eles são os verdadeiros heróis que mantiveram aquele espaço com abnegação e esforço” – disse Bertagna.
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