3 de julho de 2009

BraBat: O BATALHÃO BRASILEIRO NO HAITI

O Batalhão Brasileiro da Minustah (BraBat) conta com quase 1.300 efetivos militares, o maior contingente da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, e tem sob sua responsabilidade a segurança de várias áreas conflituosas de Porto Príncipe.
Estabelecida em 2004, a Minustah completou cinco anos no dia 1º de junho. Desde sua criação, o Brasil - que tenta obter uma cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas - é o país com o maior número de soldados no Haiti. Em junho, desembarcou em Porto Príncipe o 11º contingente brasileiro.
As áreas geográficas de atuação do BraBat, organizado a partir do campo base "Charlie", a nordeste da cidade, foram aumentando desde o início da missão.
Atualmente, as forças brasileiras da Minustah são responsáveis pela vigilância do distrito político de Porto Príncipe, onde fica o Palácio Presidencial. Até a vigilância da casa de governo é responsabilidade dos capacetes azuis brasileiros, que ficam de guarda na torre mais alta do edifício.
Além disso, patrulham a ilha La Gonave, onde vivem cerca de 200.000 pessoas, ao norte da capital, e algumas das zonas mais conflituosas de Porto Príncipe, como os bairros da Cité Militaire e da Cité Soleil.
Segundo o coronel Gerson Gomes, porta-voz do BraBat, "a área mais difícil é Belair (...), porque é o centro político" da cidade.
Gomes disse que o relacionamento entre as tropas brasileiras e a população local é positiva, após cinco anos de missão.
Os haitianos "têm veneração pelo futebol brasileiro, e isto é uma grande vantagem para nosso relacionamento", explicou Gomes.
Imagens de jogadores de futebol brasileiros são frequentemente pintadas pelos haitianos em suas 'tap tap', pick ups e pequenas caminhonetes que são utilizadas para o transporte público. Assim, 'Kaká' e 'Robinho' fazem parte da lista de ídolos locais.
O BraBat conta com grupos de soldados treinados em combate e empregados atualmente em tarefas de vigilância. Além disso, inclui um Batalhão de Engenharia - majoritariamente composto por efetivos latino-americanos - em matéria de infraestrutura.
Ao contrário de outros países que mantêm soldados no Haiti, a missão brasileira é economicamente deficitária, segundo fontes da Minustah.
O comandante militar da Minustah, o general de divisão Floriano Peixoto, é brasileiro.