Porto Príncipe, 20 set (EFE).- O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim e o chanceler francês, Bernard Kouchner, encerraram hoje uma visita oficial de dois dias ao Haiti e anunciaram programas de assistência.Amorim e Kouchner cumprimentaram o trabalho das tropas da missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (Minustah). Segundo eles, o mandato dessa força será renovado pelo menos por mais um ano.
"É difícil de prever um prazo preciso", afirmou Amorim. É "normal" que a ONU aprove um "prolongamento de um ano", acrescentou.
"Eu penso que o mandato será prolongado", comentou, por sua vez, Kouchner, embora tenha dito que ainda não estão decididos a ficar de maneira indefinida no Haiti.
Para Amorim, a Minustah deverá permanecer no Haiti pelo menos até as próximas eleições gerais, como forma de permitir que o país tenha um ambiente político mais propício.
Durante a visita, Kouchner qualificou de "especiais" os laços entre França e Haiti, que conquistou sua independência do colonialismo francês em 1804.
"Temos com o Haiti laços pessoais, íntimos, sentimentais, que foram mantidos pela história", declarou Kouchner.
O chanceler prometeu que a França vai seguir trabalhando "lado a lado" com o Haiti, mas ressaltou que é responsabilidade dos haitianos trabalhar para o desenvolvimento de seu país.
"Vocês têm que tomar suas próprias responsabilidades, vocês têm que tirar seu país da assistência permanente", enfatizou.
O chanceler francês felicitou as autoridades que conseguiram reduzir a falta de segurança no país.
Os dois chanceleres visitaram os contingentes brasileiros e franceses da Minustah, se reuniram com o chefe civil da força, Hedi Annabi; o comandante militar brasileiro Floriano Peixoto; o presidente haitiano, René Préval, e a primeira-ministra Michèle Pierre-Louis. EFE