A Colômbia criou nesta sexta-feira a VIII Divisão do Exército, com 16 mil homens, cuja jurisdição envolverá as fronteiras com Brasil e Venezuela.
O início das atividades da VIII Divisão foi marcado por uma cerimônia em Yopal, capital do departamento de Casanare, presidida pelo comandante das Forças Armadas, general Freddy Padilla.
A nova Divisão terá a missão de "incrementar o poder de combate para enfrentar a ameaça procedente dos grupos narcoterroristas", especialmente "desarticulando as estruturas do 'Bloco Oriental' das Farc" (guerrilla das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
A medida ocorre no momento em que o ministro colombiano da Defesa, Gabriel Silva, denuncia a presença de guerrilheiros das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN) no território da Venezuela.
"Sabemos que (o líder das Farc) Iván Márquez está na Venezuela, que comandantes de várias Frentes (da guerrilha) derrotados na costa Atlântica (norte) se refugiaram naquele país", disse Silva à rádio Caracol.
A tensão entre Colômbia e Venezuela é crescente desde julho passado, quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, decidiu "congelar" as relações bilaterais devido ao acordo militar entre Washington e Bogotá.
Colômbia e Estados Unidos fecharam um acordo para que militares americanos utilizem sete bases no território colombiano em missões de combate ao narcotráfico e à narcoguerrilha, o que Caracas vê como uma ameaça a sua soberania.