Segundo Fernando, o abrigo também contará com uma equipe, como cozinheiras e pessoas que tratarão o emocional dos jovens, como neurologistas, psiquiatras e psicólogos. "O abrigo servirá de passagem para esses jovens, para que eles possam morar por um período até conseguirem se restabelecer", contou Fernando ao G Online nesta segunda-feira, 7 de dezembro. Além de camas e três refeições diárias, os jovens terão aulas de trabalhos manuais e cursos profissionalizantes.
O abrigo faz parte do Instituto Ser de Direitos Humanos, também criado pelo casal. Fernando conta que a ideia inicial era montar uma ONG para ajudar os homossexuais que atuam nas Forças Armadas e sofreram discriminação.
Fernando e Laci se tornaram um dos principais símbolos da luta pelos direitos dos LGBT quando assumiram o relacionamento em junho de 2008 e, desde então, sofreram uma série de acusações, prisões e a condenação de Laci a seis meses de prisão por deserção. "Até hoje dizem que fomos acusados por questões políticas, mas é evidente que não estamos mais nas Forças Armadas por sermos um casal homossexual. Queremos evitar que isso aconteça a outras pessoas", ressalta. Por isso, segundo Fernando, a ONG já conta com um grupo de advogados para atuar nesses casos.
fonte: G Online