O comandante militar da Missão de Estabilização da ONU para o Haiti (Minustah), o general brasileiro Floriano Peixoto, negou nesta terça-feira que a insegurança esteja aumentando no país, arrasado na semana passada por um violento terremoto que deixou pelo menos 75 mil mortos.
"Não vejo indícios que me levem a crer que a situação esteja se deteriorando ndo ponto de vista da segurança", declarou Peixoto em entrevista coletiva organizada na sede da Minustah, em Porto Príncipe.
"É verdade que vimos tumultos isolados, mas a situação não é muito diferente do que era antes do terremoto. Não acho que a insegurança esteja aumentando", insistiu o general.
"De fato, vários marginais que estavam presos fugiram, mas temos ordens para prendê-los. Sabemos quem são e onde atuam, e nossa capacidade militar é muito maior que a de qualquer grupo armado", afirmou.
"As atividades de ajuda humanitária estão transcorrendo em total normalidade", apesar dos rumores sobre "a fuga de vários presos de uma penitenciária de Porto Príncipe", declarou, por sua vez, o embaixador brasileiro no Haiti, Igor Kipman.
O general Peixoto informou que a presença das tropas da Minustah será reforçada nas ruas de Porto Príncipe para ajudar a organizar as operações de distribuição de água e alimentos.
O Brasil, que mantém 1.300 militares na ilha caribenha, comanda a Minustah, formada por 11 mil soldados de 17 países diferentes, a maioria latino-americanos.
AFP