27 de janeiro de 2010

HAITI: REFORÇOS SÓ CHEGAM EM FEVEREIRO

A pedido da ONU, Brasil enviará mais 900 militares ao Haiti, a partir da segunda quinzena de fevereiro
Foto:Francisco de Assis/Especial para Terra
A pedido da ONU, Brasil enviará mais 900 militares ao Haiti, a partir da segunda quinzena de fevereiro
Eliano Jorge
A urgência tem lá seus aspectos relativos. Apenas mais de um mês depois do devastador terremoto, embarcará ao Haiti a primeira parcela das tropas adicionais de 1.300 brasileiros solicitadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Obrigado a passar por fases burocráticas e de planejamento, o envio de reforços "imediatos" está previsto para se iniciar na segunda quinzena de fevereiro.
"Esse prazo, entretanto, demanda autorizações na esfera política, tempo mínimo para preparação e deslocamentos, além do desembolso de recursos nos valores que ainda estão sendo levantados", esclarece a Terra Magazine o Centro de Comunicação Social do Exército. O tremor aconteceu em 12 de janeiro.
A prioridade é arregimentar militares entre os cerca de 10 mil que compuseram a Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah) desde 2004 e se revezaram em trocas semestrais de contingentes. "Em virtude do pouco tempo para a preparação", justificou o Exército Brasileiro, sem confirmar, no entanto, se será necessária nova etapa de treinamentos específicos.
"Cerca de 900 militares estarão enquadrados em um novo Batalhão de Infantaria de Força de Paz", informa o Exército. "A Marinha do Brasil deverá contribuir com 90 fuzileiros navais; a Força Aérea, com um oficial de ligação; e o Exército, com 809 militares, dos quais 150 formarão uma Companhia de Polícia do Exército".
Dos 1.300 militares autorizados emergencialmente pela Comissão Representativa do Congresso Nacional nesta segunda-feira, 25, a se unir à Minustah, 400 não viajarão tão cedo. "Demandarão estudos complementares, que ainda não foram iniciados", diz a assessoria de comunicação do Exército, que detalha a origem dos pelotões:
- O Comando Militar do Sul mobiliará a Companhia de Comando e Apoio e o Esquadrão de Cavalaria; o Comando Militar do Leste, a Companhia de Polícia do Exército; e os Comandos Militares do Sudeste e do Nordeste, uma Companhia de Fuzileiros, cada.
Para aderirem à iniciativa, engenheiros militares ainda aguardam solicitação da ONU ao Brasil, que já prepara "uma Companhia de Engenharia de Força de Paz na Minustah, com missão específica de execução de tarefas para facilitar a circulação, melhorar a infra-estrutura e realizar construções para proteção das tropas da ONU que operam naquele país".