30 de junho de 2011

CONSELHO DE ÉTICA REJEITA PROCESSO CONTRA BOLSONARO POR BATE BOCA COM SENADORA


Conselho de Ética rejeita processo contra deputado BolsonaroPrincipal argumento foi o direito de expressão dos parlamentares.Representação foi apresentada pelo PSOL e pedia cassação de Bolsonaro  

  O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar rejeitou o processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Os deputados votaram contra o parecer prévio do relator, deputado Sérgio Brito (PSC-BA),que defendia a admissibilidade do processo. Foram dez votos contrários ao relatório, sete a favor e cinco ausências, segundo a Agência Câmara.
A representação, do PSOL, pedia a cassação do mandato de Bolsonaro em razão de declarações do parlamentar em um programa de televisão. No programa, ao ser perguntado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria se o filho namorasse uma mulher negra, afirmou que não discutiria "promiscuidade". O PSOL também queria cassar Bolsonaro por um bate-boca com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), depois que o deputado tentou exibir para as câmaras um folheto "antigay" durante entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP).
Durante a reunião do Conselho de Ética, o relator defendeu a continuidade do processo, ao justificar que o caso estava apto a ser investigado.
Em sua defesa, Bolsonaro respondeu ter certeza de que seria absolvido e que tinha “asco de ser processado por uma questão como essa”.
Ao rejeitarem o parecer, os deputados argumentam com o direito de expressão dos parlamentares.
O deputado Vilson Covatti (PP-RS) disse que o conselho pode “concordar ou não com as ideias de um parlamentar, mas tem que respeitá-las, porque ele foi trazido aqui [ao Congresso] por essas ideias”.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que “acima do Código de Ética vem a Constituição, que diz que os parlamentares são invioláveis, civil e penalmente, por opiniões, palavras e votos.”
“Um partido que defende o kit gay não tem condição de representar ninguém”, disse, em referência ao PSOL.

Programa
No programa "CQC", da TV Bandeirantes, exibido no fim de março, Bolsonaro afirmou que não discutiria "promiscuidade" ao ser questionado pela cantora Preta Gil, sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra.A pergunta, previamente gravada, foi apresentada no quadro do programa intitulado "O povo quer saber": "Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?" Bolsonaro respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu."“O que eu entendi ali da Preta Gil, por Deus que está no céu, era como eu reagiria no caso do meu filho tivesse um relacionamento com um gay. Foi isso que eu entendi”, explicou o deputado, em entrevista no Palácio do Planalto.
Bate-boca com senadora

Em maio, durante análise sobre projeto que prevê punições para discriminação de homossexuais, Bolsonaro tentou exibir um panfleto “antigay” atrás da senadora Marta Suplicy (PT-SP) durante a entrevista que a parlamentar, relatora da matéria, concedia no corredor das comissões do Senado.A atitude de Bolsonaro irritou a senadora Marinor Brito, que iniciou a confusão dando um tapa nas mãos do deputado do PP, na tentativa de arrancar o panfleto exibido por ele.“Tira isso daqui, rapaz. Me respeita!”, advertiu Marinor, batendo no panfleto de Bolsonaro. “Bata no meu aqui. Vai me bater?”, respondeu Bolsonaro. “Eu bato! Vai me bater?”, rebateu Marinor. “Depois dizem que não tem homofóbico aqui. Tu és homofóbico. Tu deveria ir pra cadeia! Tu deveria ir pra cadeia! Tira isso daqui. Homofóbico, criminoso, criminoso, tira isso daqui, respeita!”, prosseguiu a senadora do PSOL..Comissão da VerdadeAo entrar no plenário da Câmara em que acontecia audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias para debater a Comissão Nacional da Verdade, Bolsonaro ouviu gritos de parentes de desaparecidos que participam da reunião, de acordo com a Agência Câmara.Ele, que defende o regime militar, ouviu gritos de "canalha", "torturador", "o erro foi vocês não terem matado todos".Havia cerca de 100 parentes de desaparecidos políticos no local e, depois de passar aproximadamente dez minutos em pé, entre os participantes, e em silêncio, Bolsonaro deixou a sala, segundo a Agência Câmara.A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realizou audiência pública para debater projeto de lei do Executivo que institui a Comissão Nacional da Verdade. A proposta é que ela seja criada para esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988.G1

HISTÓRICO DE ROUBOS: DOIS MIL PROJÉTEIS DESAPARECEM DE QUARTEL DO RJ

Pelo menos dois mil projéteis de armamento de grosso calibre desapareceram no último dia 22, véspera do feriado de Corpus Christi, do Batalhão Escola de Comunicações, na Avenida Duque de Caxias, na Vila Militar. Alguns soldados da unidade estão, desde a semana passada, aquartelados por causa do furto do material. O setor de Comunicação Social do Exército confirmou na quarta-feira o desvio.
O Exército, entretanto, não informou que tipo de munição foi desviada do batalhão. Segundo a corporação, a falta do material foi notada na última segunda-feira. O fato está sendo apurado por inquérito policial-militar (IPM), instaurado pelo comando do Exército.
O Batalhão Escola de Comunicações é o responsável por realizar a segurança da área de sua jurisdição e instalar, explorar e manter o sistema de comunicações do Comando Militar do Leste, da 1ª Divisão de Exército, do Grupamento de Unidades Escola e da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada.
O Rio tem histórico de roubo de armas e munições de quartéis. Em 3 de março de 2006, dez fuzis e uma pistola foram roubados da Central de Transportes (ECT) do Exército, em São Cristóvão. Os armamentos foram recuperados 11 dias depois, em um matagal da Favela da Rocinha, em São Conrado. A ação mobilizou 300 homens. Na época foram feitas diversas operações em morros da cidade.
Um ano depois do roubo, o juiz Marco Aurélio Petra de Mello, da 4ª Auditoria da Justiça Militar, condenou a nove anos de prisão os ex-militares Joelson Basílio da Silva e Carlos Leandro de Souza, ambos de 22 anos. Além deles, Alex Souza Marinho, que está foragido, também foi condenado, a uma pena de oito anos de prisão. Quatro militares, que estavam de plantão na unidade no momento da ação, foram inocentados. O Ministério Público Militar recorreu da decisão.
Em dezembro de 2007, o Centro de Inteligência do Exército (CIE) investigou a suposta relação entre o assassinato do soldado José Gerôncio da Silva, de 21 anos, em Engenheiro Pedreira, distrito de Japeri, na Baixada Fluminense, com o desvio de nove mil balas 7,62, para fuzil automático leve (FAL), do Depósito Central de Munições (DCmun), em Paracambi. Dois soldados foram presos por suspeita de envolvimento no furto da munição.

Bandidos invadiram quartel em Deodoro ano passado
No dia 12 de dezembro do ano passado, dois bandidos armados balearam o soldado do Exército David Soares de Almeida, 19 anos, que estava de serviço numa guarita do 26º Batalhão Paraquedista na Vila Militar, em Deodoro. O militar percebeu a entrada dos criminosos na área externa do quartel e tentou rendê-los. Armado de pistola, um dos criminosos exigiu que o sentinela lhe entregasse seu fuzil calibre 7,62. David reagiu e houve confronto. Alguns tiros pegaram na proteção do abrigo. Outros tiros ou estilhaços atingiram David, que foi socorrido e levado para o Hospital Central do Exército (HCE), em Benfica.
O GLOBO

FAB TRANSFERE ESQUADRÃO DE ELITE PARA MS

Tropa de elite da Força Aérea se instala em Campo Grande
Esquadrão Para-Sar é o único esquadrão terrestre da FAB.
Eles utilizam a estrutura da FAB para chegar a lugares improváveis.


Da TV Morena

Foi instalado nesta quarta-feira (29) em Mato Grosso do Sul mais um esquadrão de busca, salvamento e operações especiais. É o Esquadrão Para-Sar, uma tropa de elite da Força Aérea Brasileira (FAB). Eles formam o único esquadrão terrestre da FAB. Não possuem aeronaves, mas podem usar toda a estrutura da força aérea para chegar a lugares improváveis e cumprir missões sigilosas.
O comandante do esquadrão Para-Sar, Josué dos Santos Lubas explica a atuação do esquadrão. “Operações que exigem atuações cirúrgicas e de equipe altamente adestrada com equipamentos diferenciados que não envolvem tanto os homens. E o objetivo é conseguir uma vantagem militar para aquela unidade”, afirma.
Para o governo brasileiro, Mato Grosso do Sul é um estado estratégico para a segurança nacional, 200 militares do grupo de elite altamente treinado para atuar em operações especiais, virão para o estado. O primeiro grupo foi oficialmente instalado na base aérea.
O comandante da aeronáutica, brigadeiro Junti Saito veio de Brasília e anunciou mais novidades para Campo Grande. “Daqui a quatro ou cinco anos virá, com certeza, uma unidade de combate à jato da força aérea brasileira transferido do Rio de Janeiro para cá”, diz Saito.
Além da chegada dos militares também foi comemorado o dia da aviação de busca e resgate, o atual e um dos antigos comandantes em um encontro de gerações. O Esquadrão Pelicano, que vai completar 45 anos, é o primeiro a ser chamado em caso de acidente aéreo, resgate no mar e na terra. Treinados para buscar sobreviventes em situações dramáticas e trágicas, a eficiência do treinamento ajuda a salvar vidas.
O comandante do Esquadrão Pelicano, Potiguara Vieira Campos comenta que a rapidez da equipe é fundamental para o sucesso das missões. “Uma vez que nós somos acionados por telefone ou qualquer outro meio de acionamento, em 20 minutos nós estamos prontos para sair para qualquer lugar do país ou mesmo do exterior, tem um grupo de pessoas vocacionado, treinado, motivado e pronto para ação”, afirma Potiguara.
Cleonice, uma sobrevivente de um acidente aéreo que ocorreu em 1983 veio de Cuiabá, no Mato Grosso, para o dia de comemorações, ela estava em um avião que caiu na cidade de Sinop. Foram mais de 10 horas na mata esperando pelo resgate, hoje, quase 30 anos depois, a sobrevivente reviveu a emoção. “Que bom te ver, foi maravilhoso, muito obrigado do fundo do meu coração”, diz Cleonice.
G1

HAITI: MINUSTAH TENTA JUSTIFICAR AÇÕES DOS MILITARES BRASILEIROS NO AEROPORTO DE PORTO PRÍNCPE

Confusão gera confronto entre tropa do Brasil e haitianos em aeroporto
Militares usaram gás e balas de borracha em resgate de colegas no Haiti.
Alfândega diz que funcionários foram 'humilhados' em 'escandalosa' ação.

Tahiane Stochero
Militares do Brasil entraram em confronto com haitianos no Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, em Porto Príncipe, capital do Haiti, no último dia 5 junho. O problema aconteceu quando seis militares brasileiros, que retornavam ao Haiti após férias em Miami, foram retidos por integrantes da alfândega.
Militares fardados foram até o aeroporto para resgatar os colegas e um policial da Polícia Nacional do Haiti (PNH) tentou prender um soldado brasileiro que não estava uniformizado. Ao deixarem a parte interna do aeroporto, os militares teriam sido atingidos por pedras jogadas por haitianos e funcionários da alfândega. Segundo o coronel Jorge Roberto Lopes Fossi, porta-voz do batalhão brasileiro no Haiti, foi neste momento que reagiram, usando gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha.
A confusão ocorreu após seis militares brasileiros terem supostamente se negado a serem revistados por agentes aduaneiros. Conforme Fossi, os soldados não entenderam qual era a intenção dos funcionários. “O que houve foi um desentendimento por causa da língua, os haitianos usam o créole, semelhante ao francês. Os militares não entenderam e daí houve uma atitude mais agressiva, eles só que reagiram”, diz o coronel ao G1.
Segundo o coronel Fossi, os militares tentaram negociar uma saída pacífica, mas funcionários alfândega e policiais do Haiti "tomaram atitudes agressivas". “O tenente conseguiu tirar o pessoal dele que estava trancado no aeroporto e prometeu que pagariam depois, se tivesse algo acima da franquia individual”, afirma.
Na saída, os brasileiros foram atingidos por pedras jogadas por haitianos e funcionários do aeroporto. Foi aí que, diz o oficial, revidaram com gás lacrimogêneo e tiros com balas de borracha. “Eles só usaram armamento não-letal”, diz Fossi.

Investigação
Os brasileiros chegaram a salvo no quartel, mas o caso repercutiu, chegando a ser alvo de pronunciamentos de senadores haitianos em apoio aos funcionários da aduana e pedido informal de explicações por parte do governo do novo presidente, Michel Martelly.
O comando da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) e o batalhão brasileiro abriram investigações separadas e a ONU informou que as informações serão repassadas ao presidente do Haiti assim que concluídas. A alfândega informou que irá colaborar com a apuração.
Militares do Brasil que já participaram da missão de paz no Haiti relataram ao G1 que constantemente reclamam de terem bens apreendidos irregularmente na alfândega haitiana ao voltarem de férias para o país. Algumas malas, dizem eles, são abertas, e materiais são retirados sem o consentimento e conhecimento dos passageiros.

'Escandalosa intervenção'
Em nota, a direção-geral da Administração Geral das Aduanas (AGD) do Haiti demonstrou “indignação” com a ação brasileira e apoiou seus funcionários, afirmando que os haitianos “foram humilhados no exercício de suas funções”. O órgão diz ser “solidário a todos agentes de viagens, visitantes, autoridades e turistas que presenciaram o momento da escandalosa intervenção dentre de um espaço considerado neutro pelas convenções internacionais”.
Segundo a ADG, os militares brasileiros “violaram todas as regras em rigor” e que, “com armas em punho, e com uso de gás lacrimogêneo, se opuseram ao controle aduaneiro para favorecer alguns colegas”.
G1

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STJ GARANTE DIREITO À PENSÃO MILITAR DE NETA DO EX-PRESIDENTE MÉDICI

Neta adotada como filha pelo ex-presidente Médici garante direito a pensão militar
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal a pensão paga pelo Estado a Cláudia Candal Médici, neta do ex-presidente Emílio Garrastazu Médici – que governou o Brasil entre 1969 e 1974. Cláudia foi adotada como filha pelo ex-presidente e por sua esposa, Scylla Gaffrée Nogueira Médici, em 1984. O general morreu no ano seguinte e Cláudia, na condição de filha adotiva, passou a receber a pensão.
O pagamento do benefício foi suspenso em 2005, porque a administração pública entendeu que a adoção havia sido irregular, por falta de autorização judicial. A neta do ex-presidente entrou na Justiça com mandado de segurança para reverter a decisão administrativa, sustentando a legalidade do procedimento de adoção e alegando que o benefício foi suspenso sem que ela tivesse a oportunidade de se defender. Ganhou em primeira instância.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), sediado no Rio de Janeiro, cassou a decisão – não por irregularidade na adoção, mas porque esta teria sido providenciada apenas com o objetivo de garantir o recebimento da pensão militar pela adotanda.
Os desembargadores federais consideraram que a adoção, feita por escritura pública, estava de acordo com o Código Civil de 1916. Além disso, o Código de Menores vigente à época da adoção, que viria a ser substituído em 1990 pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, exigia autorização judicial apenas para menor em situação irregular – abandonado, carente, infrator ou submetido a maus tratos, por exemplo –, o que não era o caso da neta de Médici.
No entanto, para o tribunal regional, a adoção da neta pelo casal Médici não passou de expediente para lhe garantir o recebimento da pensão militar, já que a legislação só permitia o benefício a netos se fossem órfãos de pais.

Manobra
“A finalidade da adoção deve ser a de prestar assistência material, amparo moral e educacional, não podendo o instituto ser usado como manobra para burlar lei previdenciária desfavorável, que não considera beneficiários da pensão por morte os netos com pais vivos nem os filhos homens, maiores de 21 anos e não inválidos”, afirmou o TRF2.
De acordo com o tribunal, o direito a benefícios previdenciários deve ser consequência e não causa da adoção. “Se a adoção da neta se deu a fim de que eventual pensão do militar, à qual os filhos deste, já maiores, não fariam jus, fosse deixada àquela, não há se falar em direito líquido e certo” – declarou o TRF2, ao reformar a decisão de primeira instância.

Recurso
No julgamento de recurso apresentado por Cláudia Médici, os integrantes da Quinta Turma do STJ acompanharam integralmente o voto do relator, ministro Jorge Mussi, para restabelecer a decisão inicial e assegurar o pagamento da pensão.
Mussi assinalou que o próprio TRF2, ao analisar as provas do processo, concluiu que a neta do ex-presidente não se encontrava em situação irregular no momento da adoção, portanto não haveria necessidade de intervenção do Poder Judiciário e a adoção poderia ser feita por meio de escritura pública.
Assim, segundo o ministro, o ato de adoção “deve ser considerado plenamente válido e eficaz, inclusive para efeito de percepção da pensão militar”. Ele destacou que a Constituição Federal, em seu artigo 227, parágrafo 6º, “veda qualquer tipo de discriminação entre filhos adotivos e naturais”, o que impede a interpretação dada pelo TRF2 – de que a adoção da neta pelo general, embora legalmente válida, não daria direito à pensão por ter sido feita exclusivamente com fins previdenciários.

Ampla defesa
A Quinta Turma também considerou irregular o procedimento da administração pública ao anular a concessão do benefício sem observar o direito à ampla defesa. De acordo com Jorge Mussi, a jurisprudência do STJ consagra que a instauração de processo administrativo é condição indispensável para o cancelamento de pensões sob o argumento de terem sido concedidas de forma ilegal.
Também o Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o ministro, já se manifestou em diversas oportunidades no sentido de que a anulação de ato administrativo em casos assim não prescinde da observância do contraditório e da ampla defesa.
“Portanto, a desconstituição da eficácia de qualquer ato administrativo que repercuta no âmbito dos interesses individuais dos servidores ou administrados, necessariamente, deve ser precedida de processo administrativo, em obediência aos princípios constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa, com todos os recursos a ela inerentes”, acrescentou Jorge Mussi.
O TRF2 havia considerado o procedimento da administração correto em vista da Súmula Vinculante 3 do STF, que estabelece: “Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”
O relator do caso no STJ disse, porém, que a súmula se aplica apenas a processos no Tribunal de Contas da União. “Como o ato em questão foi praticado pela administração, deve ser afastado esse enunciado”, afirmou o ministro.
CORREIO DO BRASIL

JOGOS MUNDIAIS MILITARES: GENERAL APRESENTA TRABALHO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO RJ

Mundial Militar passa tranquilidade para nova comissão fiscalizadora
Coordenador dos Jogos de 2011, General Jamil Megid apresenta trabalho realizado até agora, em audiência pública, na Assembleia Legislativa do Rio
General Gemid faz apresetação sobre os Jogos
Militares (Foto: Fellippo Brando/divulgação Alerj)
Lydia Gismondi
A menos de um mês para o início dos Jogos Mundiais Militares, a organização da competição das forças armadas deu algumas explicações do trabalho feito até agora para a recém criada Comissão Especial da Copa e das Olimpíadas. O grupo, instalado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, mostrou-se satisfeito com as informações passadas pelo General de Brigada Jamil Megid, durante uma audiência pública, nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro.
- Nós tivemos, nessa primeira audiência pública, a oportunidade de conhecer o básico dos Jogos Militares. É claro que nós temos uma série de preocupações, mas a forma que o General Megid fez sua explanação nos deu uma razoável tranquilidade. Nós sabemos que a Copa e as Olimpíadas terão investimentos muito maiores, mas nesses outros eventos teremos a oportunidade de observar acessibilidade, transporte, segurança... – disse o presidente da comissão, Nilton Salomão.
Instalada oficialmente apenas na semana passada, a Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tem como objetivo acompanhar os impactos econômico, ambiental, social e de legado urbano e fiscalizar obras dos seguintes grandes eventos esportivos: V Jogos Mundiais Militares 2011 do CISM, Copa das Confederações FIFA – 2013, Copa do Mundo FIFA -2014 e Jogos Olímpicos e Para-Olímpicos de 2016.
Na audiência desta quarta-feira, o coordenador do Comitê de Planejamento e Operacionalização dos V Jogos Mundiais Militares, General Jamil Megid, fez uma apresentação geral de todo o trabalho que foi feito na organização da competição, disputada de 16 a 24 de julho, no Rio de Janeiro. Após a explanação, Megid respondeu com segurança aos questionamentos feitos pelos deputados, que pareciam não dominar o assunto. A questão do orçamento, que chega a quase R$1,5 bi, foi um dos pontos abordados.
- Nós temos seis grandes projetos que realizam o trabalho de preparação dos jogos e que, obviamente, fazem parte do orçamento. É a construção das vilas dos atletas, a modernização de instalações esportivas, a preparação das equipes, segurança, a parte de tecnologia da informação e a parte de logística – explicou Megid.
O Mundial Militar, no entanto, parece ser a menor das preocupações da comissão fiscalizadora. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 sãos os dois eventos que prometem exigir um maior acompanhamento dos deputados.
- Nós estamos extremamente preocupados com a questão dos cronogramas. Até o Mundial Militar, que comparado com os outros eventos é menor, também teve algumas dificuldades - disse Salomão.
GLOBO ESPORTE

HAITI: CAPACETES AZUIS LEVARAM VÍRUS DO CÓLERA, DIZ ESTUDO

Haiti: Cólera poderá ter sido levada pela missão de paz das Nações Unidas - estudo
Um estudo realizado por uma equipa de médicos indica a existência de "fortes indícios" de que a cólera que afeta o Haiti poderá ter sido levada para o Haiti pelas forças do Nepal, ao serviço da missão de paz das Nações Unidas.
De acordo com o estudo, a doença terá sido levada para o Haiti por capacetes azuis do Nepal, destacados na base próxima da cidade de Mirebalais, tendo-se expandido posteriormente para outras áreas do país através dos canais de água da região Artibonite.
A cólera já matou mais de 5.500 pessoas e infetou mais de 363.000 habitantes do Haiti, desde que foi descoberta em outubro, segundo dados oficiais do governo.
SAPO/LUSA

JOGOS MUNDIAS MILITARES: ORÇAMENTO ESTOUROU, DIZ TCU

TCU aponta estouro de gastos em Jogos Militares do Rio
Relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) aponta que o orçamento total dos Jogos Mundiais Militares do Rio, que serão realizados a partir do dia 16 de julho, já chegou a R$ 1,521 bilhão.
Isso representa um acréscimo de 29% na comparação com a previsão inicial, que era de R$ 1,181 bilhão. No ano passado, o orçamento já havia sido revisto para R$ 1,481 bilhão.
Foram acrescentados R$ 123,7 milhões para gestão e administração, R$ 117,5 milhões para as instalações esportivas, além de R$ 45 milhões para vilas olímpicas e R$ 13,8 milhões para ações de segurança e inteligência. No final do ano passado, foram previstos mais R$ 40 milhões para construção e adequação de instalações esportivas para o evento.
O relatório do TCU ressalta ainda que os Comandos Militares fizeram "seguidas e significativas" contratações diretas para os Jogos, ou seja, elevada quantidade de dispensas de licitação.
Em 2009, levando-se em conta apenas os gastos acima de R$ 100 mil, a Marinha dispensou licitação na contratação de 51% das despesas de capital referentes a ações de preparação das equipes brasileiras para os Jogos. Durante esse mesmo período, o Exército fez uso de dispensa de licitação em 10,95% das contratações para a mesma finalidade.
Em resposta ao TCU, a organização alegou que isso ocorreu porque os créditos orçamentários são distribuídos a mais de uma centena de unidades gestoras. Segundo o TCU, essa tese não justifica a dispensa das licitações.
A assessoria do Comitê de Planejamento Operacional dos Jogos disse que os gastos para a organização do evento "vêm obedecendo ao previsto no orçamento atualizado, no valor de R$ 1,5 bilhão". Segundo o órgão, o valor de R$ 1,2 bilhão foi aprovado em 2008 e, já em 2009, "verificou-se a necessidade de complementação de recursos."
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS JORNAL FLORIPA

29 de junho de 2011

FX-2: UM DESTES TRÊS SERÁ O NOVO CAÇA BRASILEIRO!

Confira estes vídeos com os jatos Rafale, Gripen e F-18. Um desses três modelos deve ser escohido para a renovação da frota da FAB.


SARGENTO DO EXÉRCITO É PRESO POR FORMAÇÃO DE QUADRILHA, ROUBO E TRÁFICO

A PM prendeu ontem(28), o sargento do Exército Brasileiro Bruno Moraes de França, 23, com outros três suspeitos de formar quadrilha.


Manaus - O sargento do Exército Brasileiro Bruno Moraes de França, 23, e outras três pessoas foram presas pelo Polícia Militar (PM), por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e roubos. O bando foi preso na zona leste, durante a madrugada de hoje, após, segundo a PM, terem assaltado, horas antes, uma casa, no Ouro Verde.
Com eles foram encontrados uma pistola 380, um revólver calibre 38, além de 200 gramas de entorpecente.
O mesmo grupo, formado também por Dionatas Santana dos Santos, 22, Felipe Oliveira de Souza, 18, e Edimilson Mendes, 24, segundo a Polícia Militar, é suspeito de ter assassinado o universitário Fabrício de Oliveira Alves, 18, durante um assalto, no dia 23 de março deste ano.
O crime ocorreu na Rua Bom Jesus, no Zumbi 3, zona leste. Eles fugiram levando o notebook do rapaz.
A autoria do crime, de acordo com o tenente Jackson Silva, da 11ª Companhia Interativa Comunitária (11ª Cicom) é atribuída a Dionatas. O carro utilizado por eles no dia do crime, um Gol vermelho, de placa NOP-9827, pertence ao sargento Bruno. Em depoimento à polícia, eles negaram envolvimento no assassinato.
De acordo com os policiais da Força Tática do Comando de Policiamento da Área Leste (CPA), o primeiro a ser preso foi Dionatas. Ele foi localizado na Avenida Itaúba, no Jorge Teixeira, logo após ter praticado um roubo. Com base em informações dadas por ele, a polícia conseguiu localizar Bruno.
Na casa dele foram encontradas as armas, a droga e uma motocicleta, de placa JWW-7172.

O GATO COMEU: PAPÉIS DA DITADURA "DESAPARECERAM", DIZ JOBIM

Documentos secretos da ditadura 'desapareceram', diz Jobim
Ao argumentar que a proposta de acabar com o sigilo eterno de documentos não encontraria resistência nas Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que os papéis sigilosos do período da ditadura militar já "desapareceram". "Não há documentos, nós já levantamos os documentos todos, não tem. Os documentos já desapareceram, já foram consumidos à época", disse Jobim na segunda-feira. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
"Não temos nada a esconder, todo mundo já conhece, não tem nenhum mistério", afirmou Jobim. Segundo o ministro, a única preocupação das Forças Armadas era sobre a tecnologia empregada pelos militares. "Mas esta está preservada, não temos problema", disse.
TERRA

SAIA JUSTA: MP QUER "LEI DO SILÊNCIO" EM TIRO DE GUERRA DE ALAGOAS

MPF/AL recomenda que Exercito altere rotina de treinamento matinal para garantir sossego público
 “Gritos de guerra” e uso de instrumentos sonoros tiram sono de moradores de Arapiraca


O Ministério Público Federal em Arapiraca expediu recomendação ao Exército Brasileiro para garantir a paz e sossego dos moradores da Rua Sargento Benevides, no bairro Primavera, incomodados com os “gritos de guerra” e uso de instrumentos de sopro e percussão - corneta, tarol e bumbo – durante treinamentos do Tiro de Guerra 07/01, realizados a partir das 5 horas da manhã.
Conforme relato feito à Procuradoria da República do Município de Arapiraca, o treinamento vem prejudicando sobretudo as crianças. Por isso, o procurador da República José Godoy recomenda que o Exército altere o início do horário da atividade para as 8 horas da manhã, não só na rua Rua Sargento Benevides, no Bairro Primavera, mas em qualquer outra onde aconteçam treinamentos, instruções ou outras práticas militares do gênero.
Também pede que sejam feitas as necessárias adequações de horários das atividades e nas Ordens de Serviço, Quadros de Trabalho, Boletins e Determinações, para que não haja dúvidas quanto à recomendação.
O Exército tem um prazo de dez dias para informar ao MPF quais as medidas tomadas para o cumprimento da recomendação.

Comento:
Que saia justa! Pelo visto, se a ação prosperar, a solução será mudar o local do TG, pois é notório (pelo visto, não para o MPF) que as atividades ocorrem nas primeiras horas da manhã para permitir que os Atiradores exerçam normalmente suas atividades civis. Essa característica é uma das principais dos Tiros de Guerra.
Outra solução seria fazer formatura "por gestos" (hehehe).

28 de junho de 2011

38 BLINDADOS LEOPARD DESEMBARCAM NO PORTO DE RIO GRANDE. TRANSPORTE LEVARÁ 15 DIAS.

Leopard 1A5BR - Chegam ao Porto Novo mais 38 Carros de Combate
Na manhã de sexta-feira, 24, foram desembarcados no cais do Porto Novo do Rio Grande 38 carros de combate destinados ao Exército Brasileiro.

Carros de combate (CC) Leopard 1A5BR a bordo do navio Brasile Gentile
Foto Deyver Dias - Agora RS
Carmem Ziebell (carmen@jornalagora.com.br)
Na manhã da última sexta-feira, 24, foram desembarcados no cais do Porto Novo do Rio Grande 38 carros de combate destinados ao Exército brasileiro. As Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate (VCB CC) chegaram a bordo do navio Grande Brasile, de bandeira italiana, que atracou no cais do Porto Novo por volta das 8h. A atracação do navio estava prevista para quinta-feira, mas, devido ao vento, a embarcação só entrou no porto ontem. O desembarque começou às 9h15min e foi concluído às 11h30min.
Os tanques de guerra foram retirados do navio conduzidos por militares do Exército, que já são treinados para operá-los, e colocados no pátio do Porto Novo. Do Porto do Rio Grande, na manhã de sábado, eles começaram a ser transportados, em carretas, para Santa Maria objetivando a realização dos testes de recebimento - dos sistemas eletrônicos e mecânicos, de motor e de tiro, entre outros. Depois, serão distribuídos para vários quartéis do Exército do Rio Grande do Sul e do Paraná.
Oito carretas fazem o transporte dos tanques de guerra para Santa Maria - Foto Deyver Dias - Agora RS


Conforme o major Alexandre Magno Fernandes Ribeiro, do Comando da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, de Santa Maria, oito carretas estão sendo utilizadas no transporte desde o porto rio-grandino até Santa Maria. Cada carreta leva um carro de combate, cujo peso é de 40 toneladas vazio e 42 quando pronto para ação (com pessoal, combustível e munição). O transporte iniciou-se por volta das 7h da manhã de sábado, quando oito delas começaram viagem, acompanhadas de batedores da corporação. São 10 horas de viagem até Santa Maria, pois devido ao peso da carga o deslocamento tem velocidade de 55 quilômetros por hora.
Posteriormente, as mesmas carretas voltaram a Rio Grande para buscar outros oito tanques. O transporte de todas as unidades deverá se estender por 15 dias. Na operação do dia foram envolvidos 50 militares da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, do 6º Grupo de Artilharia de Campanha (6º GAC), que prestou apoio, e da Diretoria de Material do Exército, de Brasília.
As 38 unidades desembarcadas integram o quinto dos sete lote de carros de combate adquiridos dentro do Projeto Leopard. Esse projeto é um contrato de compra e apoio estabelecido pelo Governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Defesa, com o Governo da República Federal da Alemanha, destinado ao reaparelhamento e modernização das Unidades Blindadas do Exército do Brasil. No final de setembro deste ano, chega o sexto lote e, em janeiro de 2012, o sétimo, com 38 tanques de guerra cada.
No total, foram adquiridas 220 Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate (VCB CC) Leopard 1A5, sete Viaturas Blindadas Especializadas Socorro (VBE Soc), quatro Viaturas Blindadas Especializadas Lança Pontes (VBE L Pnt), quatro Viaturas Blindadas de Combate de Engenharia (VBC Eng) e quatro Viaturas Blindadas Escola de Motorista. Também estão incluídos no Projeto o fornecimento de diversos equipamentos de simulação, rádios, ferramental, suprimentos, manuais, o treinamento de recursos humanos e o suporte logístico para todos os materiais de emprego militar incluídos.
AGORA RS, com DefesaNet

JOGOS MUNDIAIS MILITARES: DESTAQUE DA COPA DO MUNDO DE JUDÔ É CONVOCADA

Destaques na Copa em SP são convocados para Jogos Militares
Erika Miranda, ouro no Mundial de São Paulo e no Grand Slam do Rio, 
é um dos destaques nos jogos militares - Foto: EFE

Depois de conquistar ouro na Copa do Mundo em São Paulo e no Grand Slam do Rio, a judoca e marinheira naval Eika Miranda é um dos destaques da seleção militar que vai defender o Brasil na 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, em julho, no Rio de Janeiro. Junto com ela está Sarah Menezes, Ketleyn Quadros, Mariana Silva, Maria Altheman Suelen, Maria Portela e Mayra Aguiar, todas marinheiras navais.
Aguiar segue forte na preparação para os Jogos da Paz. Ela também conquistou um ouro no Grand Slam do Rio de Janeiro, após vencer a americana Kayla Harrison e está em boa forma física.
Entre os homens, o sargento Rafael Silva é uma das promessas de medalha. O atleta foi ouro na categoria acima de 100 kg na Copa do Mundo de São Paulo, após ficar fora do pódio no Grand Slam do Rio de Janeiro. Para ele, o alto nível da categoria peso pesado no Brasil é essencial para o crescimento do judô brasileiro.
Felipe Kitadai, Leandro Cunha, Bruno Mendonça, Luciano Correa, Tiago Camilo e Leandro Guilheiro também fazem parte da equipe masculina.
TERRA

PROCESSO DO CORONEL FAJUTO VAI PARA A JUSTIÇA FEDERAL

Processo de falso coronel do Exército vai para a Justiça Federal
SAMPAIO DEIXANDO A CARCERAGEM,
EM DEZEMBRO
O processo contra Carlos da Cruz Sampaio Junior, homem que se fazia passar por tenente coronel da reserva do Exército Brasileiro segue nesta segunda-feira (27) para a Justiça Federal. Ele é acusado do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Segundo denúncia do Ministério Público estadual, o falso coronel trabalhou durante três meses como Coordenador da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional da Secretaria de Estado de Segurança do Rio até ser preso, em outubro de 2010. Ele já havia exercido cargos na administração pública municipal e estadual, além de ter participado de treinamentos de policiais, ministrado aulas de tiro e comandado operações, dentre outras atividades.
A juíza Maria Tereza Donatti, titular da 29ª Vara Criminal da capital, afirmou que a União suspeita da ocorrência de crime federal. “Acolho o parecer do Ministério Público, pois há interesse da União na apuração da prática de crime de falsificação de documento federal.
Assim, nos termos do artigo 109, inciso IV, da Constituição Federal, declino da competência para uma das Varas Federais Criminais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro”, escreveu a juíza na decisão.
JB ONLINE

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HAITI: MINUSTAH TEM NOVO CHEFE CIVIL

Chileno é novo chefe da missão da ONU no Haiti
O ex-chanceler chileno Mariano Fernández chegou a Porto Príncipe nesta segunda-feira e imediatamente assumiu suas funções como chefe da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), informou o organismo em nota oficial. Fernández, 66 anos, foi nomeado para o cargo no dia 16 de maio pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O diplomata disse se sentir "honrado" pela confiança depositada nele e afirmou que dedicará sua "experiência e energia" para melhorar as condições de vida no Haiti, país castigado por um terremoto em janeiro de 2010 que deixou 300 mil mortos, e por uma epidemia de cólera que causou mais de 5 mil mortes desde outubro. O chefe da Minustah, que substitui o guatemalteco Edmond Mulet, acrescentou que também apoiará às autoridades do Haiti.
A Minustah, que começou seu trabalho no Haiti em 2004 após a revolta que acarretou na derrocada do presidente Jean Bertrand Aristide, conta com 8,94 mil militares de 19 países e 4,391 mil policiais de 41 nações, além do efetivo civil local e internacional e voluntários da ONU.
Mariano Fernández também foi embaixador nos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e Itália e representante do Chile perante a União Europeia, além de subsecretário de Relações Exteriores em seu país e vice-presidente do Instituto Italo-Latino-americano (ILAI). Fernández viveu como exilado na Alemanha, durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
TERRA

FX-2: POLÍTICOS VÃO À FRANÇA COM TUDO PAGO

Em Paris, Vaccarezza visita fabricante do caça Rafale
A convite do Senado francês, os deputados Cândido Vaccarezza, Hugo Napoleão (DEM-PI), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Carlos Zarattini (PT-SP) e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) passaram o feriado de Corpus Christi em Paris.
A comitiva, que saiu do Brasil no dia 20, foi recebida na Dassault Aviation, fabricante dos caças Rafale, que disputa o favoritismo na decisão do governo brasileiro sobre a compra dos 36 novos caças da Força Aérea Brasileira.
O grupo também visitou a Embraer e participou de reuniões na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa da Assembleia Nacional e no Instituto Universitário de Altos Estudos.
PODER ONLINE

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27 de junho de 2011

FORÇAS ARMADAS x HACKERS

Cyberwar - Planalto Responde: Forças Armadas contra hackers
Ataques virtuais: Presidência abre guerra aos hackers

Estrutura do Centro de Comunicações e de Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro (CComGEx). Inclui o mítico Centro Integrado de Guerra Eletrônica (CIGE).




Tiago Pariz e Igor Silveira
Colaborou Diego Abreu
Presidência da República determina formação de núcleos de investigação no Exército, na Marinha e na Aeronáutica para defesa cibernética. Site da UnB é invadido e passa parte do sábado fora do ar
Como prevenção à maior onda de ataques virtuais a portais do governo brasileiro, a Presidência da República determinou ao Ministério da Defesa a implementação de núcleos no Exército, na Marinha e na Aeronáutica exclusivos para segurança dos sistemas virtuais militar e civil. Em paralelo, foi destacado também um grupo dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar a ação dos hackers que, na semana passada, derrubaram mais de 14 páginas de ministérios, de estatais e empresas privadas, incluindo o que teria sido uma invasão ao banco de dados do próprio Exército. Ontem, mais 15 sites acabaram como alvos, incluindo o da Universidade de Brasília (leia reportagem abaixo).
As três Forças Armadas receberam a determinação do Ministério da Defesa e estão em fase de implementação de um sistema de defesa cibernética com cerca de cem militares focados em estratégias de guerra virtual, ferramentas de tecnologia de informação de prevenção e análise das armas usadas por piratas virtuais, com simuladores de defesa eletrônica. Haverá também um gabinete de crise. A instalação do centro que unirá o combate à ciberguerra das Forças Armadas está em fase inicial.
O processo de integração dos centros de defesa cibernéticos das três forças passa também por uma capacitação dos militares que serão destacados para o órgão. Eles receberão constantes atualizações e capacitação com cursos de extensão e pós-graduação em tecnologia da informação bancados pelo governo federal. Como o projeto está em implementação, ainda não há orçamento previsto.
Hoje toda a segurança de informação do governo federal é descentralizada. Cada pasta é responsável por sua página institucional. Os servidores das pastas são de baixa capacidade, por não trazerem informações relevantes. Um dos principais bancos de dados do governo é o do Ministério da Saúde, que reúne, entre outros, o banco de preços em saúde. A infraestrutura de tecnologia da informação das pastas também é bastante precária e amadora, com sites sendo criados com ferramentas funcionais, de fácil acesso e disponível ao grande público. O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) é responsável pelos sites da Presidência, da Fazenda e do Planejamento.

Pouco dinheiro
O Correio mostrou na edição de ontem que as estatais deixaram de investir R$ 1 bilhão em segurança da informação, entre 2009 e 2010. Além disso, o Serpro diminui o ritmo de investimentos nos primeiros quatro meses deste ano em relação a igual período do ano passado. Saiu de R$ 38 milhões no quadrimestre inicial de 2009 e caiu para R$ 9 milhões entre janeiro e abril deste ano. O governo, no entanto, diz não estar com tecnologia atrasada, sustenta que os ataques limitam-se a tirar do ar as páginas e garante: nenhum servidor com informações mais sensíveis foi invadido.
Os bancos de dados mais críticos para o governo estão na Receita Federal, na Rede Nacional de Segurança Pública, no Sistema de Informações Hospitalares do Serviço Único de Saúde, no e-MEC (Ministério da Educação), e os coletados para o Censo 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O site do IBGE foi acessado por hackers, mas não há informação de invasão aos servidores.
O governo monitora atividades anormais em seus servidores desde 16 de junho, quando o grupo LulzSec disse ter sido responsável por derrubar o site da Agência Central de Inteligência, CIA, na sigla em inglês, do governo dos Estados Unidos. Esse grupo — que acabou se ramificando pelo Brasil e foi responsável pelos primeiros ataques contra as páginas institucionais da Presidência — também atacou a base de dados da Sony, Nintendo, Senado dos EUA, FBI e o Departamento de Polícia do estado americano de Arizona. Especialistas dizem que este último é o maior invasão virtual já registrada.
No Brasil, o grupo chamou a atenção por tirar os sites do ar, o que causou a fúria dos hackers internacionais. O LulzSecBrasil teve sua conta apagada do fórum de debates sobre os alvos do governo a serem executados por, segundo integrantes da facção nos EUA, terem causado prejuízos à organização de outras ações que não puderam ter sido realizadas.
Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado no ano passado considera precária a situação de tecnologia da informação em 315 órgãos da administração pública federal. "Os dados coletados não deixam margem à dúvida de que a situação da governança de TI ainda se encontra em estado precário", consta de documento aprovado em setembro de 2010 pelo plenário do TCU.

Falta de leis
Autoridades concordam que o Brasil carece de leis para criminalizar condutas ilícitas cometidas na internet. O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, aponta a legislação como escassa. No entanto, ele não reclama apenas das leis, mas defende a busca de meios técnicos para "obstaculizar o acesso de hackers". "Tem-se colocado em segundo plano a privacidade de nossos dados", diz o ministro. O especialista em Direito Eletrônico Alexandre Atheniense alerta para a necessidade de o Congresso aprovar Projeto de Lei nº 84/1999, que estabelece 13 tipos de crimes para atos ilícitos na internet.
Correio Braziliense/DefesaNet

HAITI: 1º BATALHÃO DE INFANTARIA TREINA EM BOA VISTA ANTES DO EMBARQUE

MISSÃO NO HAITI
Militares treinam nas ruas de Boa Vista
Toda a tropa que vai atuar no Haiti já está em Boa Vista
VANESSA LIMA
O 1º Batalhão de Infantaria de Força de Paz do 15º Contingente de Missão de Paz no Haiti inicia hoje o Exercício Básico de Operações de Paz (EBOP) em Boa Vista. O exercício ocorrerá até o dia 4 de julho junto à população de alguns bairros da capital, com a utilização de 845 militares brasileiros, do Paraguai e do Peru.
O EBOP juntamente com o Exercício Avançado de Operações de Paz (EAOP) que será realizado entre os dias 11 e 15 de julho está inserido na fase final do preparo da tropa denominada de adestramento. O 15º Contingente de Missão de Paz começará a embarcar para a missão de Paz no Haiti no dia 2 de agosto, em substituição aos militares do 14º Contingente que estão no país.
As atividades de instrução do EBOP serão simuladas e ocorrerão das 8h às 22h. Será feito o patrulhamento ostensivo nas ruas dos bairros com veículos de combate e a pé, a localização e socorro às vítimas, a segurança de instalações e de autoridades, escolta de comboios e outras. Hoje o exercício será concentrado nos bairros Alvorada, Caranã, Liberdade, Asa Branca e Jardim Floresta.

O treinamento dos militares incluiu exercícios para situações críticas

O EBOP culminará no dia 4 de julho com quatro Ações Cívico-Sociais (ACISO). Das 8h às 12h os militares estarão na Escola Municipal Senador Darcy Ribeiro, no bairro Jardim Equatorial e no posto de saúde do Caranã. Das 14h às 18h as atividades serão concentradas no posto de saúde do Buritis e no posto de saúde Délio Oliveira Tupinambá, no bairro Nova Cidade.
Além de atividades de lazer e recreação para crianças, as ACISOS contarão com atividades de saúde, por meio de atendimentos médicos, odontológicos, vacinação, teste do pezinho e outros serviços. Haverá ainda ações de cidadania, com palestras educativas, cortes de cabelo, orientação jurídica, higiene bucal e escovação.
O EBOP e o EAOP foram planejados, principalmente, em experiências de sucesso colhidas no Haiti e serão controlados com todas as medidas de segurança necessárias. Os militares poderão interagir dentro de um quadro, o mais semelhante possível, ao que será encontrado no país. O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil, sediado no Rio de Janeiro, estará avaliando a execução dos exercícios em Boa Vista para autorizar o embarque da tropa à missão.
A Prefeitura Municipal de Boa Vista, por meio do apoio de diversas secretarias; a Faculdade Cathedral; o Sesi, Sesc, Senac, a Conab, a Fundação Bradesco e diversos profissionais autônomos voluntários são parceiros na realização das atividades.
A preparação da tropa foi idealizada para ocorrer ao longo de 23 semanas, divididas em três períodos: instrução preparatória, instrução individual e adestramento.
Os dois primeiros períodos foram realizados de forma descentralizada nas Organizações Militares Polos (OMP) sediadas nas guarnições de Boa Vista, Manaus (AM), Belém e Tucuruí (PA) e Goiânia (GO) e agora de forma centralizada em Boa Vista.
Em 20 de junho, o Batalhão realizou a concentração de todas as tropas das demais OMP em Boa Vista, a fim de iniciar o adestramento com base na experiência adquirida pelos contingentes que já operaram em terras haitianas.

TROPA
O 1º Batalhão de Infantaria de Força de Paz do 15º Contingente (BRABATT 1/15) é composto de 845 militares, sendo 775 do Exército Brasileiro, 10 fuzileiros navais da Marinha do Brasil, 28 da infantaria da Força Aérea Brasileira, assim como 31 do Exército Paraguaio e 1 do Exército Peruano.
Do Exército Brasileiro, 308 são de Boa Vista, 228 de Manaus, 91 de Belém, 59 de Tucuruí, 29 de Brasília, 28 de Goiânia e 32 de outras cidades do Brasil.
O Comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva Lobo D’Almada é responsável pelo preparo e o comando do 1º Batalhão de Infantaria de Força de Paz que tem como missão manter um ambiente seguro e estável para cooperar com as Nações Unidas e o Governo do Haiti na reconstrução do país e no desenvolvimento sócio-econômico.

SOLDADO DO EXÉRCITO É PRESO POR DESACATO EM MACEIÓ

Soldado do Exército desacata policiais em abordagem
No começo da noite deste domingo, 26, Anderson Brás de Oliveira, 21, identificado como soldado do Exército desacatou policiais militares após abordagem no Village Campestre II.
O Batalhão de Guardas (BPGd) realizava ronda quando se deparou com um grupo de indivíduos que estavam ingerindo bebida alcoólica nas proximidades da rua Gabino Besouro. Durante a abordagem ocorreu o desacato por parte de Anderson.
O rapaz foi conduzido à Central de Polícia Civil, onde foi confeccionado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desacato. Após ser liberado o acusado foi encaminhado ao quartel do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (59º BIMTZ), onde ficou a disposição do oficial do dia.

FILHO DE JOBIM É ASSALTADO NO RJ!

Filho de Ministro da Defesa é assaltado no Rio

Luana Soares (luana.soares@oglobo.com.br)
RIO - Dois homens armados invadiram no início da tarde de domingo um apartamento no segundo andar do prédio 14 da Rua Joana Angélica, em Ipanema. No imóvel estavam hospedados o advogado Alexandre Jobim, filho do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e a mulher dele, Candice, o filho de 3 a nos e a babá. Os bandidos levaram joias, celulares, computadores e R$ 500 em espécie. A família, que mora em Brasília, estava no Rio passando o feriado. Ninguém ficou ferido.
De acordo Flávia Monteiro de Barros, delegada adjunta da 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado, há indícios de que o crime tenha sido premeditado, mas sem escolha de vítimas. Como aos domingos não há porteiro no local, ela crê que a dupla tenha escolhido a ocasião para o assalto.
- Para entrar no prédio, eles arrombaram a portaria. Acreditamos que tenham seguido para o elevador, de onde aguardaram que algum morador o chamasse. Assim, surpreenderiam a vítima já dentro da residência (o prédio tem um apartamento por andar, e os elevadores param dentro do imóvel). Foi o que aconteceu. A Candice estava saindo de casa no momento do crime. Eles a abordaram no elevador e entraram no apartamento - conta a delegada.
Em depoimento, Alexandre Jobim disse que os bandidos - um negro e um moreno, aparentando ter 40 anos e bem vestidos - revistaram a casa e pediram especialmente joias e dinheiro. Eles tentaram trancar a família dentro do banheiro, mas desistiram. A dupla saiu do prédio pela porta da frente, sem alarde.
- Apresentamos um álbum com retratos falados e fotos de bandidos que atuam na região, mas o casal não os reconheceu. A perícia já foi realizada, e vamos aguardar o resultado dos laudos. Solicitamos também imagens do circuito externo do prédio vizinho para identificarmos a dupla de ladrões - contou a delegada.
A família Jobim voltou no domingo mesmo para Brasília e, de lá, viajará de férias por um mês.

BRASÍLIA: APÓS NAUFRÁGIO, MARINHA REALIZA BLITZ NO LAGO PARANOÁ


Marinha realiza neste fim de semana blitz no Lago Paranoá
Neste sábado, lancha foi retida. Piloto não tinha título de inscrição da Marinha.
DF tem a terceira frota do Brasil, com 11 mil embarcações registradas.
Um mês depois do naufrágio do barco Imagination, que matou nove pessoas, a Marinha reforçou a fiscalização no Lago Paranoá. Neste sábado (25), dez fiscais da Delegacia Fluvial pararam os barcos no lago para checar se os pilotos estavam com todos os documentos exigidos.
Durante a blitz uma lancha foi retida. De acordo com os fiscais, o piloto não tinha o título de inscrição da Marinha. O condutor também foi notificado e vai pagar multa que pode chegar até R$ 3,2 mil. Somente neste ano, 30 embarcações já foram apreendidas com irregularidades, segundo dados da Marinha.
De acordo com o delegado fluvial Rogério Leite, o Distrito Federal tem a terceira frota do Brasil, com 11 mil embarcações registradas. E a fiscalização do lago depende do movimento do fim de semana.
“A equipe pode chegar a até 20 homens no Lago Paranoá. A gente recebe as informações de realizações de regata, eventos náuticos, eventos de natação, e dependendo do que movimento do lago no fim de semana é que reforçamos a equipe”, explica o delegado fluvial Rogério Leite.


NaufrágioHá pouco mais de um mês, naufragou uma embarcação no Lago Paranoá com capacidade para 90 passageiros e 2 tripulantes. No acidente, que aconteceu na noite do dia 22 de maio, nove pessoas morreram. As investigações preliminares da polícia já apontaram problemas de manutenção e excesso de passageiros. Mas as equipes de investigação ainda não concluíram as possíveis causas e culpados do acidente.O delegado responsável pela investigação criminal, Adval Cardoso, da 10ª DP, espera finalizar o inquérito logo depois de receber o laudo da perícia, responsabilidade do Instituto de Criminalística.“Esse laudo é importantíssimo porque vai mostrar as condições técnicas observadas no barco - como foi encontrado no fundo do lago, as avarias e as possíveis causas do afundamento. Essas informações, aliadas aos depoimentos colhidos, vão nos levar à conclusão das causas reais do naufrágio e apontar os responsáveis”, explicou Cardoso.Diante de tudo que já foi investigado e das oitivas realizadas, que chegam a cem, "duas ou três" pessoas devem ser indiciadas pelo acidente, acredita o delegado Adval Cardoso.
G1/DF TV

JOGOS MUNDIAIS MILITARES: FAB MANDARÁ AVIÃO BUSCAS ATLETAS AFRICANOS


Primo rico
A FAB mandará um avião em escalas na África para trazer os atletas africanos aos Jogos Mundias Militares, em julho, no Rio. Os EUA e a França, em crise econômica, prometeram apenas carona nos aviões. 
CLÁUDIO HUMBERTO

MILITAR DO EXÉRCITO EMBRIAGADO CAUSA ACIDENTE NO PARANÁ: TRÊS MORTOS.

Motorista embriagado bate carro em árvore: Três mortes e três feridos
Militar que dirigia o carro fez teste de bafômetro e foi constatado 0,71 % de álcool no organismo de Cleber que foi detido em flagrante...

Um grave acidente registrado na noite de ontem (25) em Foz do Iguaçu deixou três jovens mortos e outros três feridos.
De acordo com as informações da Polícia Militar, a batida ocorreu na avenida JK, próximo ao viaduto da BR-277. O motorista do veículo Tempra, Cleber Antunes, perdeu o controle da direção, invadiu o canteiro central e bateu em uma árvore. Sete pessoas estavam no carro, três jovens morreram na hora.
Outras três pessoas que eram passageiras do veículo, entre elas uma menina de 16 anos, tiveram ferimentos, foram atendidas pelo Siate e encaminhadas ao hospital.
O motorista que é militar do Exército não teve ferimentos, submetido ao teste de bafômetro foi constatado 0,71 % de álcool no organismo de Cleber que foi detido em flagrante por embriagues ao volante. Na Lei, o limite é de 0,10mg/L.
Após prestar depoimento na Delegacia de Polícia Civil, o preso foi levado para o 34° Batalhão do Exército onde permanece detido.

26 de junho de 2011

O FUSCA VAI À GUERRA!

Modelo foi base para veículos militares. 

1943 Kübelwagen 25hp 1131cc
Dia 22 de junho foi comemorado o Dia Mundial do Fusca. Foi nesta data, em 1934, que o engenheiro Ferdinand Porsche e a Associação Nacional da Indústria Automobilística Alemã assinaram o contrato para o desenvolvimento do projeto de fabricação do "Volkswagen" (carro do povo, em alemão), apelidado no Brasil de Fusca, que viria a ser o carro mais vendido da história.
O modelo teve como "incentivador" o ditador nazista Adolf Hitler, que havia solicitado a Porsche um carro prático, de fácil manutenção e longa duração.
Na época da 2ª Guerra, com toda a produção alemã voltada para o esforço de batalha, a carroceria chegou a ser alterada para se transformar em jipes militares.

Kübelwagen
Versão alemã do futuro jipe americano, era basicamente um Fusca com carroceria angulosa e aberta. Seu nome significa "carro caixote", uma alusão aos bancos simples dos primeiros protótipos do jipe ("Kübelsitzwagen", "carro com assentos de caixote", typ 62). Foram desenvolvidas versões 4x2 e algumas poucas 4x4, e sua produção se estendeu até pouco depois da guerra. Cerca de 52.000,00 unidades do typ 82 foram produzidas.

Schwimmwagen
Como indica seu nome (carro nadador), era um carro anfíbio, baseado no Kübelwagen 4x4. Cerca de 14.000,00 unidades poduzidas.

Kommandeurwagen
Carro utilizado pelos oficiais na África e partes da Europa, era basicamente um Kübelwagen 4x4 com a carroceria arredondada do Fusca de uso civil. Existiu nas versões "typ 82", "83" e "87". 669 unidades produzidas.

Textos: Pense Carros & Wikipédia
Imagens: Wikimedia
Pesquisa e formatação: Ricardo Montedo

PROVIDÊNCIA: SOFRIMENTO DE TRÊS ANOS À ESPERA POR JUSTIÇA

Nem pensão de um salário mínimo é paga às famílias de jovens entregues ao tráfico
FELIPE FREIRE
Na entrada da casa, no Morro da Providência, a mensagem — “A porta que Deus abre, ninguém fecha” — traduz o sentimento da faxineira Lilian Gonzaga da Costa, de 45 anos. Mãe de Wellington Gonzaga da Costa, um dos três jovens da comunidade do Centro assassinados há três anos, após ser entregues por militares do Exército a traficantes do Complexo de São Carlos, se apega na fé como amparo à dor pela perda do filho, à impunidade dos envolvidos e o descaso das autoridades. Até hoje, nenhuma das três famílias recebeu indenização por danos morais, materiais ou pensão.
A Justiça ordenou o pagamento de uma pensão vitalícia de salário mínimo (R$ 540) para a mãe de Wellington e a filha de David Florêncio, que está com 8 anos. Contudo, a União recorreu para que a determinação só seja cumprida em paralelo com a decisão de responsabilizar os militares acusados pelo pagamento.
“Wellington ajudava em casa e, desde que ele foi morto, não consegui mais trabalho fixo. Faço ‘bico’ de faxina quando aparece, mas a renda é pequena. Gostaríamos de ser respeitados, já que ouvimos a promessa do ministro da Defesa (Nelson Jobim)”, disse Lilian.
O advogado João Tancredo, que representa as três famílias, disse que a situação da mãe adotiva de Marcos Paulo da Silva, Maria de Fátima Barbosa, é a mais delicada, já que ela não possui documentos que comprovem sua relação com o filho. “Ela não foi beneficiada neste primeiro momento, mas vamos recorrer”.

Viúva quer pensão para investir na Educação da filha
Os parentes dos jovens vivem hoje em casas construídas pelo projeto Cimento Social, do senador Marcelo Crivella, na parte baixa da Providência — que conta com uma UPP.
Já a companheira de David, Bianca Sarandi, teve de levar a filha do casal para a casa da mãe, no Santíssimo: “A avó que criou o David, Benedita Florêncio, ficou com a casa. Como perdi o emprego, gostaria de poder oferecer educação melhor para nossa filha com a pensão”.
Sem esperanças, Maria de Fátima agora se agarra na justiça: “Queria ver os envolvidos presos”. Segundo a Auditoria Militar, dos 11 acusados, apenas um cumpre pena por ter desobedecido ordens superiores. Contudo, eles não informaram se os militares já voltaram a desempenhar suas funções.

Corpos dos rapazes foram encontrados no Aterro Sanitário de Gramacho
Em 15 de junho de 2008, os três jovens moradores do Morro da Providência foram detidos acusados de desacato por militares que ocupavam a comunidade. Colocados num caminhão e levados até o Complexo de São Carlos, foram entregues a traficantes. Na época, as duas favelas — hoje pacificadas — eram controladas por facções criminosas rivais.
Depois de torturados, os rapazes foram assassinados e seus corpos foram encontrados no Aterro Sanitário de Gramacho. Após investigações, 11 militares foram acusados de envolvimento no crime.
Na Justiça Militar , dez dos 11 militares foram absolvidos. O único condenado foi o tenente Vinícius Ghidetti, por não ter obedecido ordens superiores.
Po decisão da Justiça Comum, além do tenente, o único preso é sargento Leandro Maia Bueno. Os dois estão presos aguardando julgamento, que não tem data marcada.
O DIA ONLINE


Comentário de Ricardo Montedo:
Em abril do ano passado , postei aqui as seguintes considerações a respeito desse lamentável acontecimento, ocorrido dez meses antes:

"É óbvio que o episódio foi uma grande trapalhada que resultou em tragédia, cuja repercussão foi multiplicada à exaustão pela mídia, o que sempre ocorre quando um fato depõe contra a imagem das Forças Armadas.
Porém, alguns questionamentos continuam sem resposta:
- Como um jovem tenente, saído da AMAN a um ano e meio, é colocado em posição de comando em meio à uma conflagração como a guerra de facções nas favelas do Rio de Janeiro?
- Como, a comando desse oficial, estavam três terceiros-sargentos, todos "pica-fumos"?
- Como quatro profissionais militares (mesmo com pouca experiência) aceitam a "sugestão" de um soldado para entregar três pessoas a uma facção rival dos "rapazes" presos?
-O capitão que mandou liberar os detidos não tinha autoridade sobre os subordinados, tanto que foi desobedecido?
- Por quê os mortos continuam a ser tratados pela mídia como "rapazes", quando tinham envolvimento comprovado com traficantes?
- Como o Exército se presta à participar de uma ação polítca-demagógica-eleitoreira dessa natureza, onde a Instituição só tem a perder e os políticos, só a ganhar?"

Não pretendo ser presunçoso, mas parece-me que esses questionamentos continuam atuais, não acham?
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O BRASILEIRO É UM POVO DESONESTO?

Um excelente texto de João Ubaldo Ribeiro para nossa reflexão neste domingão gelado (aqui no Sul, ao menos).

Desonestidade é cultura
"Acho que é uma questão cultural, nós somos desse jeito mesmo, ladravazes por formação e tradição."

João Ubaldo Ribeiro
Sempre se tem cuidado com generalizações, para não atingir os que não se enquadram nelas. Às vezes o sujeito odeia indiscriminadamente toda uma categoria, mas, ao falar nela e, principalmente, ao escrever, abre lugar para as exceções, os "não-são-todos" e ressalvas hipócritas sortidas. Outros recorrem a gracinhas, como na frase do antigamente famoso escritor Pitigrilli, segundo a qual "as únicas mulheres sérias são minha mãe e a mãe do leitor". No caso presente, decidi que as generalizações feitas hoje excluem todos os leitores, a não ser, evidentemente, os que desejem incluir-se - longe de mim contribuir para aumentar nossa tão falada legião de excluídos.
Antigamente, era muito comum ler ensaios e artigos escritos por brasileiros em que nós éramos tratados na terceira pessoa: o brasileiro é assim ou assado, gosta disso e não gosta daquilo. Em relação a maus hábitos então, a terceira pessoa era a única empregada. O autor do artigo escrevia como se ele mesmo não fizesse parte do povo cuja conduta lamentava. Até mesmo nas conversas de botequim, durante as habituais análises da conjuntura nacional, o comum era (ainda é um pouco, acho que o boteco é mais conservador que a academia) o brasileiro ser descrito como uma espécie de ser à parte, um fenômeno do qual éramos apenas espectadores ou vítimas. Eu não. Talvez, há muito tempo, eu tenha escrito dessa forma, mas devo ter logo compreendido sua falsidade e passei a me ver como parte da realidade criticada. Individualmente, posso não fazer muitas coisas que outros fazem, mas não serei arrogante ou pretensioso, vendo os brasileiros como "eles". Não são "eles", somos nós.
Creio que, feita a exceção dos leitores e esclarecido que estou falando em nós e não em inexistentes "eles", posso expor a opinião de que fica cada vez mais difícil não reconhecer, vamos e venhamos, que somos um povo desonesto. Não conheço as estatísticas de países comparáveis ao nosso e, além disso, nossas estatísticas são muito pouco dignas de confiança. Mas não estou preparando uma tese de mestrado sobre o problema e não tenho obrigação metodológica nenhuma, a não ser a de não falsear intencionalmente os fatos a que aludo e que vem das informações e impressões a que praticamente todos nós estamos expostos.
Claro, choverão explicações para a desonestidade que vemos, principalmente nos tempos que atravessamos, em que a impressão que se tem é de que ninguém é mais culpado ou responsável por nada. Há sempre fatores exógenos que determinaram uma ação desonesta ou delituosa. E, de fato, se é assim, não se pode fazer nada quanto à má conduta, a não ser dedicar todo o tempo a combater suas "causas". Essas causas são todas discutíveis e mais ainda o determinismo de quem as invoca, que praticamente exclui a responsabilidade individual. E, causa ou não causa, não se pode deixar de observar como, além de desonestos, ficamos cínicos e apáticos. Contanto que algo não nos atinja diretamente, pior para quem foi atingido.
Ninguém se espanta ou discute, quando se fala que determinado político é ladrão. Já nos acostumamos, faz parte de nossa realidade, não tem jeito. Alguns desses ladrões são até simpáticos e tratados de uma forma que não vemos como cúmplice, mas como, talvez, brasileiramente afetuosa. Votamos nele e perdoamos alegremente seus pecados, pois, afinal, ele rouba, mas tem suas qualidades. E quem não rouba? Por que todo mundo já se acostumou a que, depois de uma carreira política de uns dez anos, todos estão mais gordinhos e com o patrimônio às vezes consideravelmente ampliado? Como é que isso acontece rotineiramente com prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores, ministros e quem mais ocupe cargo público?
Os políticos, já dissemos eu e outros, não são marcianos, não vieram de outra galáxia. São como nós, têm a mesma história comum, vieram, enfim, do mesmo lugar que os outros brasileiros. Por conseguinte, somos nós. Assim como o policial safado que toma dinheiro para não multar - safado ele que toma, safados nós, que damos. Assim como o parlamentar que, ao empossar-se, cobre-se de privilégios nababescos, sem comparação a país algum.
Em todos os órgãos públicos, ao que parece aos olhos já entorpecidos dos que leem ou assistem às notícias, se desencavam, todo dia, escândalos de corrupção, prevaricação, desvio de verbas, estelionato, tráfico de influência, negligência criminosa e o que mais se possa imaginar de trambique ou falcatrua. E em seguida assistimos à ridícula, com perdão da má palavra, microprisão até de "suspeitos" confessos ou flagrados. A esse ritual da microprisão (ou nanoprisão, talvez, considerando a duração de algumas delas) segue-se o ritual de soltura, até mesmo de "suspeitos" confessos ou flagrados. E que fim levam esses inquéritos e processos ninguém sabe, até porque tanto abundam que sufocam a memória e desafiam a enumeração.
Manda a experiência achar que não levam fim nenhum, fica tudo por isso mesmo, porque faz parte do padrão com que nos domesticaram (taí, povo domesticado, gostei, somos também um povo muito bem domesticado) saber que poderoso nenhum vai em cana. E é claro que, por mais que negue isso com lindas manifestações de intenção e garantias de sigilo (como se aqui, de contas bancárias de caseiros a declarações de imposto de renda, algo do interesse de quem pode ficasse mesmo sigiloso), essa ideia de esconder os preços das obras da Copa tem toda a pinta de que é mais uma armação para meter a mão em mais dinheiro, com mais tranquilidade. Ou seja, é para roubar mesmo e não há o que fazer, tanto assim que não fazemos. Acho que é uma questão cultural, nós somos desse jeito mesmo, ladravazes por formação e tradição.
O Estado de S.Paulo