Uruguai analisa possibilidade de retirar forças armadas de missão de paz no Haiti
País mantém cerca de 850 militares na ilha caribenha, cem a menos do que no início da participação
O presidente do Uruguai, José Mujica, analisa a permanência de suas forças armadas na Missão de Estabilização para o Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira pela imprensa local.
De acordo com a imprensa uruguaia, Mujica disse a seus ministros que o Uruguai deveria retirar suas forças armadas da ilha caribenha quando outros países, como o Brasil, recolherem seus efetivos.
A partir de março deste ano, o Brasil iniciou uma redução de seu contingente militar no Haiti. O Uruguai mantém atualmente no país cerca de 850 militares, principalmente do Exército, cem a menos do que no início de sua participação na missão.
Perguntado na noite desta segunda-feira se o Uruguai atuará de acordo com a decisão brasileira, Mujica respondeu que: "Dependemos de nós mesmos". Na semana passada, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, se reuniu com o presidente uruguaio em Montevidéu.
A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU em 2004, após a crise que levou à saída do então presidente haitiano Jean Bertrand Aristide e desencadeou uma onda de violência. O contingente militar da Minustah é formado por militares de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Filipinas, Guatemala, Indonésia, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Sri Lanka e Uruguai.
O Conselho de Segurança da ONU decidiu no último 10 de outubro reduzir a missão de paz das Nações Unidas no Haiti a um máximo de 5.021 soldados. Até o momento, o efetivo era de 6.233. A decisão está inserida no marco de seus esforços para diminuir a presença do organismo internacional em zonas onde a situação de segurança tenha melhorado.
AFP/montedo.com