29 de outubro de 2013

Haiti: Mujica pensa em retirar tropas uruguaias da MINUSTAH



Uruguai analisa possibilidade de retirar forças armadas de missão de paz no Haiti
País mantém cerca de 850 militares na ilha caribenha, cem a menos do que no início da participação
O presidente do Uruguai, José Mujica, analisa a permanência de suas forças armadas na Missão de Estabilização para o Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira pela imprensa local.
De acordo com a imprensa uruguaia, Mujica disse a seus ministros que o Uruguai deveria retirar suas forças armadas da ilha caribenha quando outros países, como o Brasil, recolherem seus efetivos.
A partir de março deste ano, o Brasil iniciou uma redução de seu contingente militar no Haiti. O Uruguai mantém atualmente no país cerca de 850 militares, principalmente do Exército, cem a menos do que no início de sua participação na missão.
Perguntado na noite desta segunda-feira se o Uruguai atuará de acordo com a decisão brasileira, Mujica respondeu que: "Dependemos de nós mesmos". Na semana passada, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, se reuniu com o presidente uruguaio em Montevidéu.
A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU em 2004, após a crise que levou à saída do então presidente haitiano Jean Bertrand Aristide e desencadeou uma onda de violência. O contingente militar da Minustah é formado por militares de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Filipinas, Guatemala, Indonésia, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Sri Lanka e Uruguai.
O Conselho de Segurança da ONU decidiu no último 10 de outubro reduzir a missão de paz das Nações Unidas no Haiti a um máximo de 5.021 soldados. Até o momento, o efetivo era de 6.233. A decisão está inserida no marco de seus esforços para diminuir a presença do organismo internacional em zonas onde a situação de segurança tenha melhorado.
AFP/montedo.com