Aumentaram em 46% as queixas de assédio sexual entre militares norte-americanos, segundo dados revelados pelo Pentágono, semanas antes de ser apresentada no senado uma proposta para mudar o modo como a justiça militar lida com este tipo de casos.
Alexandre Costa
Foram apresentadas 3553 queixas de assédio sexual por parte de militares norte-americanos entre julho de 1 de junho de 2012 e 30 de junho de 2013, o que corresponde a um aumento de 46% relativamente a igual período de um ano antes.
Os números do Pentágono foram relevados antes de começar hoje um encontro de dois dias de um painel independente dedicado a analisar a questão.
Uma proposta de alteração legislativa sobre o modo como a justiça militar norte-americana lida com este tipo de casos deverá ser apresentada no senado dentro de semanas.
Pentágono admite que haja muitos mais casos
A proposta deverá, nomeadamente, ir no sentido de deixarem de ser comandantes a decidir se crimes graves, entre os quais crimes sexuais, seguem para julgamento, passando essa decisão a ser tomada por advogados especializados nesse tipo de matérias com patente de coronel ou superior.
Responsáveis do Departamento de Estado norte-americano consideram que o aumento das queixas ocorre por os militares estarem mais confiantes para denunciar os assédios sexuais. Mas não é possível confirmar se também se deve ao aumento desse tipo de situações.
O Pentágono admite que o número de casos de assédio sexual entre militares norte-americanos sejam muito superiores ao das queixas apresentadas.
EXPRESSO/montedo.com