Lamentando a fuga de talentos nas Forças Armadas brasileiras Vital do Rêgo defende valorização no setor
Lamentando a fuga de talentos nas Forças Armadas brasileiras Vital do Rêgo defende valorização no setor
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do qual o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) é titular, realizou nesta quinta-feira (07) às 10h audiência pública com objetivo de discutir e buscar soluções para os baixos valores dos orçamentos das Forças Armadas previstos para 2014.
O senador lamentou a fuga de talentos nas Forças Armadas brasileiras causada por baixos salários e pela demora na progressão da carreira. Para tentar evitar mais perdas de oficiais para a iniciativa privada, a CRE do qual o parlamentar é titular convocou os comandantes das três Forças: Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto; General-de-Exército Enzo Martins Peri; e Tenente-Brigadeiro-do-Ar, Juniti Saito; além do secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso, para discutir e buscar soluções para os baixos valores dos orçamentos das Forças Armadas previstos para 2014.
Vital do Rêgo já tinha convocado em recente pronunciamento no Senado o Ministério da Defesa a encampar uma luta pela recomposição salarial dos militares. Na oportunidade o senador citou reportagem do jornal Correio Braziliense para informar que, só no ano passado, 249 oficiais abandonaram a carreira. O número de desistências mais que dobrou nos últimos dez anos. Segundo o senador, a "falta de valorização" é a principal crítica.
“Entristece todos nós, e talvez entristeça principalmente a ele [militar] porque seu amor à farda passa a ser menor que a necessidade de buscar na iniciativa privada mais qualidade de vida por força do salário”, comentou Vital do Rêgo.
O parlamentar também lembrou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 122/11, do senador licenciado Marcelo Crivella, que permitiria aos profissionais de saúde das Forças Armadas acumular funções, a exemplo dos demais servidores civis. O objetivo, ressaltou Vital do Rêgo, é "acumular salário ao soldo". A matéria encontra-se com o relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Eduardo Lopes (PRB-RJ).
Formação
O senador destacou o volume de despesas na formação dos quadros das Forças Armadas, caso do Piloto de Aeronáutica, cujo treinamento custa algo em torno de R$ 1, 2 milhão. Profissional com salário que "não corresponde à sua qualificação", observou Vital do Rêgo ao citar o alto padrão das escolas militares brasileiras.
O senador observou que o Brasil encontra-se num importante momento de renovação de aeronaves de caça e submarinos. Também reforça a defesa antiaérea nacional e valoriza a transferência de tecnologia de última geração.
“Perde-se precisamente o elemento mais importante de todo esse programa, o talento humano”, lamentou Vital.
A evasão dos militares é influenciada pelas chamadas "vantagens do mundo civil", comparou o senador, contra uma modesta aposentadoria e frequentes transferências de domicílio.
“Apresento o problema e o faço como questionamento e bandeira, no sentido de valorizar o papal das Forças Armadas neste momento em que estamos querendo dar competitividade ao nosso país”, enfatizou.
FOLHA do Sertão/montedo.com