13 de novembro de 2013

"Teatro do absurdo": comissão da (in) Verdade está "perdida num amadorismo comovente", diz coronel do Exército

Militares ironizam "amadorismo" da Comissão da Verdade

Leandro Mazzini
Vem crise aí. Enquanto os integrantes da Comissão Nacional da Verdade fecham o cerco aos repressores da ditadura, os militares convocados comemoram o ‘amadorismo’ do grupo. Um octogenário coronel do Exército, citado em quatro livros como chefe de operações nas guerrilhas urbanas e rural, com mortes e torturas, foi convocado semana passada. Percebeu que a CNV só tinha um livro – o que menos falava dele – base da pesquisa. Saiu de lá e avisou aos militares que a comissão está ‘perdida num amadorismo comovente’ e ‘vai terminar como começou: um grande teatro do absurdo’.

Quepe na mesa
O coronel chegou disposto a ‘manter um diálogo de alto nível’, segundo suas palavras, para tentar esclarecer alguns fatos históricos. Mas não se sentiu provocado.

Papéis de fachada
O militar avaliou que ninguém da CNV leu os livros nos quais ele é citado em operações. Mostraram-lhe papéis ‘de fachada’, informou à coluna.

Provocação
Para os militares convocados, a CNV está ‘sem especialista’ nos temas. A comissão tem 86 assessores contratados para desnudar o passado da caserna.

Nem tanto
Mas não é o que dizem os integrantes da CNV. Apesar do silêncio dos militares, houve avanço nas pesquisas. O grupo entrega relatório até o fim de 2014 para a presidente.
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