16 de dezembro de 2013

De volta para casa: após 12 anos, Austrália retira tropas do Afeganistão

Militares das Forças Especiais da Austrália participam de um 
exercício no AfeganistãoFotografia © Reuters
Austrália põe fim a 12 anos de presença militar no Afeganistão

Desde 2001, 25 mil soldados australianos serviram no Afeganistão.

Retirada se insere nos planos de retirar presença militar do país até 2014.


Agência EFE
A Austrália pôs fim a 12 anos de missão militar no Afeganistão com a retirada dos últimos soldados da província de Oruzgan, anunciou nesta segunda-feira (16) o primeiro-ministro do país, Tony Abbott.
Ao notificar o fechamento da base de Tarin Knot, nas províncias centrais do Afeganistão, Abbott lembrou que 40 soldados australianos morreram e outros 261 foram gravemente feridos desde que começou a missão em 2001 para lutar contra a Al-Qaeda após os atentados de 11 de setembro daquele ano nos Estados Unidos.
"Sabemos que pagamos um alto preço, mas o sacrifício não foi em vão", ressaltou Abbott em entrevista coletiva em Sydney junto a seu ministro da Defesa, David Johnston.
Os últimos soldados australianos, que partiram ontem, viajam acompanhados dos tradutores afegãos que trabalharam com as forças do país.
A retirada das tropas da Austrália, o país que mais forneceu soldados fora do contingente da Aliança Atlântica, inscreve-se dentro dos planos da coalizão de passar totalmente a responsabilidade sobre a segurança ao Governo do Afeganistão no final de 2014.
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A Austrália forneceu um total de 25 mil soldados, que serviram em diferentes momentos desde 2001, e destinou mais de US$ 6,708 bilhões nessa missão internacional.
Apesar do fim do desdobramento, a Austrália deixará 400 soldados no Afeganistão para continuar com os trabalhos de consultoria e capacitação, principalmente em Cabul e Kandahar.
Além disso, o Governo de Canberra destinará cerca de US$ 89 milhões anuais às forças de Defesa do Afeganistão, segundo a emissora local 'ABC'.
"Evidentemente isso nos dá a capacidade de manter um olho na situação", sentenciou Abbott.