Dilma entrará no último ano do mandato sem comprar os tão esperados caças
Se depender da peça orçamentária em tramitação no Congresso, a compra dos aviões responsáveis pela vigilância do espaço aéreo nacional ficará para o próximo presidente.
Imagem: Mário Laporta-AFP |
Leandro Kleber
A presidente Dilma Rousseff entrará no último ano do mandato sem comprar os tão esperados caças que reforçariam a segurança nacional. O Orçamento de 2014 que tramita no Congresso não traz qualquer programação de recursos para a aquisição dos 36 aviões previstos no programa do Ministério da Defesa. Caso Dilma decida pela compra dos caças nos próximos 12 meses, o desembolso deverá ser feito apenas a partir de 2015 .
A verba estimada para o Ministério da Defesa no próximo ano é questionada pelos militares. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, no começo de novembro, eles afirmaram, em nota técnica, que faltam mais de R$ 13 bilhões para as Três Forças fazerem “o mínimo necessário” no ano que vem. Só para a compra das aeronaves o país deve desembolsar mais de R$ 10 bilhões.
Os finalistas do programa F-X2, seleção feita pela Força Aérea Brasileira (FAB), são os caças F18 Super Hornet, fabricado pela empresa norte-americana Boeing; o Rafale F3, produzido pela francesa Dassault; e o Gripen NG, proposto pela sueca SAAB. De acordo com a proposta orçamentária de 2014, a pasta chefiada por Celso Amorim terá pouco mais de R$ 8,4 bilhões para investimentos. O valor é um pouco maior do que os R$ 8,1 bilhões previstos para 2013, mas está muito aquém das necessidades da área, que ainda sofre com bloqueio de recursos (contingenciamento) imposto pela equipe econômica de Dilma. A Defesa prevê aplicar R$ 87 milhões, por exemplo, com a aquisição de sistemas de artilharia antiaérea.
(R. A.)
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Correio Braziliense/montedo.com