Esse é um tema bumerangue: vai e volta. Está na Folha de São Paulo de Hoje. O assunto interessa a todos os militares e o direcionamento é muito claro. A comparação com o Bolsa Família é de uma desonestidade intelectual inacreditável. Mas funciona. Para ter acesso à página é necessário fazer um cadastro (gratuito). Que tal deixar também seu comentário lá? Participe do debate e ajude a esclarecer a opinião pública. Faça sua parte!
Preservada das reformas que atingiram os setores público e privado, a previdência dos militares mantém gastos em alta e superiores a, por exemplo, os do Bolsa Família.
Segundo o boletim de pessoal do Ministério do Planejamento, as despesas com aposentadorias e pensões militares somaram R$ 24,5 bilhões no período de 12 meses encerrado em agosto.
Principal programa de combate à miséria da administração petista, o Bolsa Família tem um orçamento de R$ 24 bilhões neste ano, destinado a 13,7 milhões de beneficiários.
Os aposentados e pensionistas da previdência militar não chegam a 300 mil.
Como os servidores públicos civis, os militares ativos e inativos contribuem com valores muito abaixo do necessário para custear as despesas previdenciárias: a receita fica em torno dos R$ 2 bilhões ao ano.
A diferença é que, desde fevereiro, os novos servidores civis foram submetidos a um novo regime de previdência, com um teto de aposentadoria equivalente ao do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), de R$ 4.159 mensais.
Para receber acima desse valor, é preciso contribuir para um fundo de pensão, que, apesar das vantagens oferecidas, tem despertado resistências nas corporações, como a Folha noticiou hoje.
A permanência de privilégios para os militares tem sido justificada pelas condições especiais da carreira, que incluem possíveis riscos de vida, disponibilidade permanente e a sujeição constante a mudanças de residência.
Mas, no próprio Ministério da Defesa há queixas contra o volume de despesas com aposentadorias e pensões, que restringe as verbas disponíveis para investimentos.
A previdência militar consome cerca de 35% dos recursos da pasta e supera os gastos com os militares da ativa. (R. A. e Ivonete)
Dinheiro Público (Folha)/montedo.com
Alguns comentários sobre a matéria no site da Folha
Suzana Souza comentou em 29/12/13 at 12:21
Sim,faltou informar que militar desconta para a previdência mesmo depois que está na reserva ou reformado,que o teto da profissão,o generalato,recebe em torno de 15 mil.Na ativa não existe hora— extra e a disciplina é diferenciada.A ordem é trabalhar até cair e eles o fazem.Comparar uma categoria que contribui e sustenta seu efetivo com bolsistas é questionável.Não seria mais adequado comparar com os servidores do Legislativo,por exemplo?
Dinheiro Público & Cia comentou em 29/12/13 at 12:34Suzana,
A informação de que os inativos também contribuem foi acrescentada ao texto.
Esta é mais uma das desigualdades e incoerências que o governo insiste em manter para uma pequena elite. Enquanto isso o trabalhador que contribui por 35 anos ganha uma miséria que não paga nem um convênio decente.
Paulo Pinto comentou em 29/12/13 at 12:44Chamar os militares de “pequena elite” é uma piada. A remuneração dos militares é altamente defasada em relação ao funcionalismo público federal. Não recebem hora extra. Estão sujeitos frequentemente a mudar de cidade, por necessidade do serviço.
As pensionistas filhas de militares, que constituem família mas não abrem mão do benefício, essas sim são um problema. Mas não se pode condenar a categoria por completo.
Eliseu comentou em 29/12/13 at 12:38
No passado, os militares recolhiam para a previdência de modo separado do orçamento do Governo Federal. Na crise da dívida, o governo confiscou os recursos depositados das aposentadorias dos militares, que passariam a se aposentar pelo setor público.
Artur Atoxa comentou em 29/12/13 at 12:42
O BRASIL têm que ser passado a limpo , inclusive com a ajuda dos militares.
Ha a necessidade de formar cidadãos com o serviço militar i que está sendo impedido por falta de verbas para as forças armadas
CIDADÃO aliste-se nesta luta
antonio comentou em 29/12/13 at 12:45
o militar trabalha 24 horas por dia, não FGTS, não recebe hora extra,coloca a vida em risco a todo momento e se for dispensado sai com uma mão atrás e outra na frente, sem nada, e os críticos querem que ele ganhe igual um trabalhador que folga todo feriado e final de semana. Porque os servidores do legislativo e judiciário ganham 4 vezes que o executivo e ninguém critica. Isso ninguém observa.
Luiz Clemente comentou em 29/12/13 at 12:45
Pois é Suzana, o jornal prestando mais um serviço de desinformação, comparando coisas diferentes, penalizando o aposentado, tentando nivelar por baixo. A bolsa família é esmola e a aposentadoria é um direito conseguido com muitos anos de serviço e de contribuição.