21 de fevereiro de 2014

R$ 3,5 bi: Defesa teve maior corte de gastos entre os ministérios.

Fazenda fica em 2º lugar: 'Não vai ter nem água aqui', brinca Mantega.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
O ministério que mais sofreu com o bloqueio de recursos no orçamento deste ano – que totalizou R$ 44 bilhões – foi o da Defesa, cujo corte foi de R$ 3,5 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A dotação aprovada pelo Legislativo, para o Ministério da Defesa neste ano, caiu de R$ 14,79 bilhões para R$ 11,29 bilhões.
O Ministério da Defesa informou que soube somente nesta quinta-feira do valor do bloqueio efetuado na pasta, e acrescentou que, portanto, ainda não há detalhamento de como ele será implementado.
A pasta acrescentou que o bloqueio não afeta a compra de 36 caças supersônicos do modelo sueco Gripen, que farão parte da frota da Força Aérea Brasileira (FAB), operação anunciada no fim do ano passado. O Ministério da Defesa lembrou que o contrato ainda está sendo negociado e que deverá ser assinado somente no fim deste ano, de modo que não há pagamentos previstos para 2014.
Em segundo lugar, aparece o Ministério da Fazenda, que sofreu um bloqueio de R$ 1,55 bilhão em seu orçamento. "Neste ano, não vai ter nem água aqui. Assim é a vida", brincou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente no anúncio. Segundo ele, a pasta tem de fazer "sacrifícios" para reduzir as despesas públicas.
Logo depois aparece o Ministério da Justiça, que sofreu corte de R$ 800 milhões em relação ao que foi aprovado pelo Legislativo, seguido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, com R$ 729 milhões.
O Ministério do Planejamento, por sua vez, terá um bloqueio de verbas de R$ 520 milhões, enquanto o Ministério da Previdência Social sofreu uma redução de R$ 400 milhões. (R.A.)
G1/montedo.com