19 de fevereiro de 2014

Tropas brasileiras da missão de paz passam por verificação no Haiti

Comitiva avaliará atividades do 19º contingente brasileiro no país caribenho.

Lana Torres
Do G1 em Porto Príncipe
Comitiva do Exército foi ao Haiti para verificar atividades de contigente brasileiro (Foto: Lana Torres / G1)
Comitiva foi ao Haiti para verificar atividades de
contigente brasileiro (Foto: Lana Torres / G1)
Uma comitiva do Ministério da Defesa iniciou a verificação das atividades do 19º contigente brasileiro - composto em sua maioria por militares de Campinas (SP) - a atuar na missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. A convite da pasta, o G1 acompanhou a viagem de aproximadamente 50 servidores da Marinha, Força Aérea e Exército, que permanecem na sede do batalhão em Porto Príncipe até sexta-feira (21).
Segundo o general José Eduardo Pereira, embora o nome dado ao procedimento seja de verificação, a função da visita de cinco dias dos oficiais às instalações do Brabat (Contingente Brasileiro de Força de Paz) será, sobretudo, a de levantar as dificuldades enfrentadas pelas tropas na tentativa de amenizar os problemas do batalhão. O trabalho começou nesta segunda-feira (17).

Viagem
Após oito horas de viagem de Brasília (DF) até a capital haitiana - com paradas em Manaus e Maiquetía, na Venezuela -, os militares brasileiros desembarcaram no Aeroporto Internacional Toussaint Louverture e fizeram, em um ônibus novo e confortável, o percurso que a população haitiana tradicionalmente faz de tap-tap, transporte coletivo típico do país, caracterizado pela pintura colorida, improviso na acomodação dos passageiros e que custa 10 gourdes (moeda local) o trecho, aproximadamente R$ 0,60.
O destino da comitiva fardada era a Base General Bacellar, “casa” do Exército em Porto Príncipe, onde Pereira, comandante da 11ª Brigada de Infantaria Leve de Campinas, foi recebido com honras e homenagens. “Nós vamos tomar conhecimento das dificuldades e deficiências que este grupo está passando com a finalidade de tentar sanar ainda neste contingente ou, na pior das hipóteses, no próximo contingente, e evitar que os outros passem pelos mesmos problemas”, afirmou o general.
Nesta terça-feira (18), aproximadamente 400 militares, a maior parte de Campinas, participaram de uma solenidade de formatura para apresentação da tropa ao general. Durante a cerimônia, além do hino brasileiro, o haitiano é cantando pelo grupo.
Segundo o Exército, aproximadamente 700 homens, do grupo de 1,2 mil brasileiros que compõem o contingente atual, são da cidade do interior paulista. Eles chegaram ao país caribenho em novembro e devem permanecer até junho.

Campinas x Haiti
A interseção entre Campinas e Porto Príncipe não se restringe à atuação dos soldados campineiros no território haitiano. O município do interior paulista também recebeu boa parte do fluxo migratório de nativos da ilha para o Brasil. Os imigrantes atuam como força de trabalho importante tanto na construção civil como no setor de serviços. As cidades também viveram a experiência de um intercâmbio universitário internacional.
O G1 produzirá durante a viagem uma série de reportagens que têm justamente a intenção de mostrar os personagens que de alguma forma tiveram sua história dividida entre essas duas cidades com realidades distintas.
G1/montedo.com