25 de março de 2014

Marcha de militares (II)

"[...] sem bancada não há solução! Quem não tem bancada não tem nada!"
João Bitencourt*
Manifestantes marcham em São Paulo (Foto: Carolina Garcia, do iG)
Não foi por falta de aviso, alerta ou mesmo orientação para que desistissem dessas “marchas” e outras escaramuças engendradas por pessoas da classe que, sem nenhuma noção ou mesmo preparo, insistem nesses tipos de arruaças, inócuas e sem qualquer resultado prático e positivo. Deu no que deu! Ou seja, em NADA!
Foram 500 “ativistas” em São Paulo, e aqui no Rio, 200, sendo que lá, ainda apareceram sete que, reunidos no Obelisco do Ibirapuera, caminharam até o Comando da 2ª Região e entregaram uma carta pedindo a volta dos militares. Ao que me consta, somente nesses dois Estados “houve” a tal marcha, sendo que não se tem notícias em outras praças da federação.
Aqui no Rio, como em São Paulo, esses gatos pingados além dos pelos arrepiados sofreram ataques dos manifestantes PeTralhas, havendo confronto, brigas e agressões, e dispersão pela interferência da Polícia Militar que acabou com a balbúrdia, pondo fim a malfadada “marcha pela família com Deus pela liberdade”, a qual, muito embora negassem tinha como mote a volta de um regime de exceção, já morto e sepultado.
Importante ainda informar que, como eu havia dito no artigo anterior, a mídia ignorou solenemente, tanto que os principais telejornais, como o Jornal Nacional, Fantástico, Jornal Hoje, nem uma linha noticiaram sobre o “evento”. Vale ressaltar que, no Programa do Jô, o apresentador, na quinta ou sexta-feira, fez ironia sobre o assunto, fazendo chacota de ainda alguém pedir a volta do regime militar, o que depõe contra uma família de trabalhadores que merece respeito, mas que, usada por insipientes e aproveitadores de ocasião, nessas condições, é alvo de ironias e deboches, de toda a sociedade civil.
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Tirar essa quadrilha de assaltantes do erário, tenham certeza que é o que mais almejo e sei que podemos fazer, mas não pela ruptura institucional, pois temos uma arma poderosa que é o VOTO, mas que infelizmente, o povo brasileiro de um modo geral, ainda não se deu conta desse poder, por falta de consciência política e politização, dois elementos essenciais na atuação de uma sociedade que quer e luta por seus direitos e deveres. Não é com arruaças disfarçadas que vamos mudar esse quadro sombrio que ronda o país, CREIAM!
AGUARDEM! O VOTO: ESSA ARMA QUE O MILITAR INSISTE EM IGNORAR!
Para os ofensores de ocasião, digo que: “ OS CÃES LADRAM E A CARAVANA PASSA!”
Vamos acordar, nos reunir, unir e lutar para a construção da nossa BANCADA no Congresso, como tenho pregado há mais de 25 anos, pois QUEM NÃO TEM BANCADA NÃO TEM NADA.
SEM REPRESENTAÇÂO NÃO HÁ SOLUÇÂO!
Pensem nisso!
*Advogado criminalista e Ex-Sargento da FAB