Beltrame desiste de pedir para Exército reocupar Alemão
Marcelo Gomes | Agência Estado
Quatro dias depois de cogitar solicitar auxílio do Exército para reocupar o Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, devido aos sucessivos episódios de violência na região perpetrados por traficantes que resistem à política de pacificação, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, voltou atrás e disse nesta quinta-feira, 13 que não pedirá ajuda das Forças Armadas.
"Não vou pedir para o Exercito voltar. Quando eu me manifesto em relação ao Exército ou a qualquer outra instituição, é no sentido do entrosamento, da relação que nós temos com qualquer força. Seja com bombeiro, seja com Exército, que até está com representante hoje aqui, seja com Ministério da Defesa, Polícia Federal, Polícia Rodoviária. Mas não vamos lançar mão do Exército", afirmou Beltrame, em entrevista coletiva sobre a ocupação das comunidades Vila Kennedy e Metral, na zona oeste do Rio, para implantação da 38ª UPP.
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A possibilidade de pedir ajuda do Exército foi levantada pelo próprio secretário, em entrevista publicada na edição de domingo 9 do jornal "O Globo". Na sexta-feira, 7, Beltrame participou de uma reunião com a cúpula da segurança do Estado, durante a qual foram abordadas as três mortes de policiais militares em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas nos complexos do Alemão e da Penha.
Considerado o quartel-general do Comando Vermelho, os complexos do Alemão e da Penha foram invadidos pelas forças de segurança em novembro de 2010, após uma onda de ataques a ônibus e postos policiais que levou pânico à cidade. A Força de Pacificação do Exército permaneceu nos dois conjuntos de favelas até meados de 2012, quando foram inauguradas oito UPPs na região.
A TARDE/montedo.com