O Prosuper previa a compra de cinco navios-patrulha oceânicos, cinco navios fragata de cerca e um navio de apoio logístico, que terão que ser fabricados em estaleiros brasileiros
Construção de navio no estaleiro de Mauá, no Rio de Janeiro: o valor de mercado da Petrobras dobrou em 2009 graças às descobertas do pré-sal |
Da EFE
Rio de Janeiro - O Brasil adiou o programa Prosuper, por meio do qual pretende comprar 11 navios de guerra para a Marinha, devido à crise econômica que o país atravessa, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa, Jaques Wagner.
Em entrevista coletiva na feira de defesa LAAD, Wagner disse que "não é razoável" planejar novas aquisições de navios neste ano devido ao programa de ajustes orçamentários realizado pelo governo.
O comandante da Marinha, o almirante Eduardo Barcellar Leal Ferreira, afirmou que a licitação, da qual participam sete países, "não está concluída" e ratificou que o processo está "momentaneamente paralisado".
O programa Prosuper prevê a compra de cinco navios-patrulha oceânicos de 1.800 toneladas, cinco navios fragata de cerca de 6.000 toneladas e um navio de apoio logístico de 24.000 toneladas, que terão que ser fabricados em estaleiros brasileiros.
Os sete estaleiros que apresentaram propostas comerciais são Thyssenkrupp (Alemanha), DSME (Coreia do Sul), Navantia (Espanha), DCNS (França), Damen (Holanda), Ficantieri (Itália) e BAE (Reino Unido).
O ministro também informou que, devido à crise econômica, foi reduzido o ritmo de produção dos 50 helicópteros EC725, que o país fabrica em associação com a Eurocopter para equipar à Força Aérea.
A LAAD é a maior feira de defesa e segurança da América Latina e reúne delegações oficiais e cerca de 650 expositores de 71 países.
A feira começou ontem, no centro de convenções Riocentro, no Rio de Janeiro, e terminará na próxima sexta-feira.
EXAME/montedo.com