28 de abril de 2015

Tenente do Exército português é assassinado e tem o corpo queimado no RJ. Polícia prendeu três suspeitos.

Suspeitos de matar militar do exército português no Rio estão presos
Douglas Clemente Ferreira era tenente do Exército de Portugal.
O corpo foi encontrado carbonizado na Favela do Rola, na Zona Oeste.
VinÍcius Marinho de Oliveira e Maicon Douglas Santana Bonifácio, de camiseta cinza, são os civis presos no caso do militar. (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
VinÍcius Marinho de Oliveira e Maicon Douglas Santana Bonifácio, de camiseta cinza, são os civis presos no caso do militar. (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Alba Valéria Mendonça
Do G1 Rio
A polícia do Rio dá como praticamente esclarecida a morte do brasileiro Douglas Clemente Ferreira, de 32 anos, tenente do Exército de Portugal, ocorrida no dia 7 de abril. O corpo do suboficial foi encontrado carbonizado na Favela do Rola, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. dois dias depois do crime. Segundo investigações, o militar, que estava há seis meses de licença no Brasil, iria negociar a compra de ouro em Curicica, na Zona Oeste.
O PM Aldo Leonardo Premori Ferrari também foi preso pela morte do militar. (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
O PM Aldo Leonardo Premori Ferrari também foi
preso pela morte do militar.
(Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
De acordo com o delegado Daniel Rosa, da Divisão de Homocídios (DH), três suspeitos foram presos. Entre eles, o PM Aldo Leonardo Premoli Ferrari, conhecido como Léo Ferrari, com quem o militar teria sido visto pela ultima vez. O policial foi preso no dia 10 de abril.
Ainda segundo o delegado, o PM lotado no 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), estava de licença psiquiátrica da corporação. Ele também foi investigado pela Opreacao Guilhotina, da Polícia Federal, de 2011, que investigava o tráfico de armas. Ele também foi acusado de receber propina do traficante Nem, da Rocinha, para passar informações sobre as operações policiais na favela. Ferrari ficou em liberdade depois de fazer um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Os outros dois presos são Maicon Douglas Santana Bonifácio, o Caco, e Vinícius Marinho de Oliveira. Segundo o delegado, Léo Ferrari teria matado Douglas e os outros o terial ajudado a se livrar do corpo. Os três, que foram presos em flagrante, estão cumprindo prisão temporária de 30 dias.
Daniel Rosa contou que as investigações continuam. Os três negam participação no crime. O delegado ainda investiga a motivação do crime, o desaparecimento do carro usado para transportar o corpo de Douglas e de R$ 40 mil que a vítima tinha no bolso para pagar o carregamento de ouro.
"O Douglas foi junto com dois amigos encontrar com o Léo e o Vinícius para fazer a compra da encomenda. Mas os dois não tinham levado o material. Houve um desentendimento e depois o Douglas foi com o Leo e o Vinícius no carro de um dos amigo até o local onde deveria estar a mercadoria. Douglas estava dirigindo e foi rendido pela dupla, obrigado a dirigir até a Rua Herveira, em Curicica, onde ele foi executado com quatro tiros na cabeça. Eles contataram Maicon, trocaram de carro, incendiaram o corpo e o deixaram nas proximidades da Favela do Rola, em Santa Cruz, 38 quilômetros distante do lugar onde o Douglas foi morto", contou o delegado.
G1/montedo.com