Troca de tiros foi registrada na madrugada deste sábado, apesar do cerco das Forças Armadas
Além do fuzil AK47, a Polícia do Exército apreendeu carregadores pistola e muita munição | Foto: Polícia do Exército / Agência Brasil / Divulgação / CP |
Agência Brasil
Depois de algumas horas de aparentemente tranquilidade, a madrugada deste sábado voltou a registrar troca de tiros na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com a Assessoria de Comunicação Social do Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, por volta das 4h30min, elementos armados tentaram romper bloqueio do cerco estabelecido pelas Forças Armadas nas proximidades da Rua General Olímpio Mourão Filho.
Na operação, foram presos pela Polícia do Exército os cinco ocupantes de um veículo Renault Symbol e apreendidos um fuzil AK47 calibre 7,62mm com numeração raspada e quatro carregadores; uma pistola Glock calibre 9mm com dois carregadores; 86 munições calibre 7,62mm e 18 calibre 9mm; dois equipamentos de rádio transmissores; documentos; cadernos de anotações; além de pequena quantidade de drogas e dinheiro em espécie. Os suspeitos e o material apreendido foram entregues à 11ª Delegacia de Polícia, na Rocinha.
Devido ao tiroteio, a Polícia Militar fechou por mais de 40 minutos, em ambos os sentidos, as vias do Complexo Lagoa-Barra. O fechamento ocorreu às 4h55min, de forma preventiva, para evitar que motoristas que passam pela região fossem atingidos por balas perdidas. As vias foram liberadas às 5h36min pelas forças de segurança que atuam na região da Rocinha. Já nesta manhã, a autoestrada Lagoa-Barra e os túneis Zuzu Angel e Rafael Mascarenhas (túnel acústico) estão dando passagem normalmente nos dois sentidos.
Ocupação
As forças de segurança do Estado e as Forças Armadas ocupam desde a tarde de sexta-feira a comunidade da Rocinha. Homens da Polícia do Exército, dos Fuzileiros com o uso de tanques, com um efetivo de 950 militares estão distribuídos nos principais acessos e também na área de mata fechada.
Tropas de elite do Exército foram deixadas de helicóptero na mata e técnicos em comunicação montaram estações de rádio para comunicação. Homens do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) e do Batalhão de Choque com auxílio de cães farejadores do Batalhão de Ação com Cães fazem uma varredura na mata, para onde os traficantes teriam fugido.
CORREIO doPOVO/montedo.com