28 de setembro de 2017

Comando diz que militar que usou máscara de caveira na Rocinha será advertido

Porta-voz das Forças Armadas afirma que prática está sendo coibida e que apenas um cabo do Exército utilizou o acessório e foi fotografado diversas vezes

Exército apura uso de lenços com desenhos de caveira na Rocinha
Militar armado usa balaclava com desenho de uma caveira durante patrulhamento na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
CONSTANÇA REZENDE E AGÊNCIA BRASIL
O Comando Militar do Leste, no Rio, informou que é indevido o uso de máscaras com desenhos de caveira, por militares das Forças Armadas, nas operações diárias na cidade. Os militares informam que a prática está sendo coibida e os soldados que utilizaram o acessório serão advertidos. Nesta semana, circularam imagens e fotos com soldados que participam da operação na Rocinha usando máscaras com desenhos de caveira.
De acordo com o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, essas peças se chamam balaclavas, espécies de toucas, e estão previstas no regulamento do uso de uniformes das Forças Armadas, nas cores preta e azul, mas lisas, sem qualquer inscrição ou desenho.
O coronel disse que por ser algo simples, os envolvidos não devem sofrer sanção, mas apenas uma advertência pelo uso do equipamento, nas cores diferentes das previstas no regulamento militar.
Itamar também criticou a repercussão provocada pelo uso da máscara e afirmou que apenas um cabo do Exército utilizou o acessório e foi fotografado várias vezes.
“Foi apenas um cabo do Exército que utilizou aquela máscara, dá para ver pelo uniforme dele. É o mesmo militar em todas as fotos. Ele foi fotografado antes do seu comandante te-lo mandado tirar. A máscara era dele, ele trouxe de casa. Ele pensou que não haveria problemas”, disse o coronel ao Estado.
“O uso indevido de uma peça do uniforme já está sendo corrigido e vai ser chamada a atenção de quem a usou. A própria chamada de atenção já resolve o problema”, disse o porta-voz do CML.
“Tem tantas coisas acontecendo que são mais graves e importantes e com as quais devemos estar preocupados. No processo, ele tem todo direito de defesa, tem que preencher documentação. Há todo um processo, previsto pela Constituição, para que ele seja punido”, afirmou ainda.
As balaclavas, como são chamadas as máscaras, têm a finalidade de proteger os soldados de situações do clima e do meio ambiente, como o sol, vento e frio, entre outras. 
O Estado de S.Paulo/montedo.com