20 de outubro de 2017

Sargento do Exército apontado como 'maior armeiro do tráfico de drogas' do Rio é preso


Fuzis, pistolas, ferramentas e peças de armas desmontadas foram apreendidas
Fuzis, pistolas, ferramentas e peças de armas desmontadas foram apreendidas Foto: Luã Marinatto
Fuzis, pistolas, ferramentas e peças de armas desmontadas foram apreendidas
O sargento do Exército Carlos Alberto de Almeida, de 46 anos, considerado o maior armeiro do tráfico de drogas do Rio de Janeiro, foi preso por policiais da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) na Favela da Coreia, em Senador Camará, Zona Oeste, na noite desta sexta-feira. Outras três pessoas envolvidas na mesma facção criminosa também fora presas com ele: Alexsandro Rodrigues Figueira, de 34 anos; Felipe Rodrigues Fugueira, de 31; e Murilo Barbosa Ludigerio, de 22. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil.
O quarteto foi preso em flagrante delito no momento que fabricavam peças de armas de fogo e realizavam a montagem de fuzis que seriam entregues aos chefes do tráfico de drogas de uma das principais facções criminosas do Rio (TCP), com operação na Vila Aliança, Coréia, Vila dos Pinheiros, Parada de Lucas , Serrinha, Dendê e outras da Baixada Fluminense.
Quarteto foi preso em flagrante delito no momento que fabricavam peças de armas de fogo
Quarteto foi preso em flagrante delito no momento que fabricavam peças de armas de fogo
Foto: Luã Marinatto
Almeida, conhecido como Soldado, Mauricinho ou Professor era lotado na Escola de Sargentos de Logística do Exército Brasileiro (ESSLOG) e, por mais de 25 anos, serviu na reserva de armamento da unidade militar. As investigações dão conta de que o sargento trabalhava como armeiro há pelo menos dez anos.
Durante a operação, os policiais apreenderam vários fuzis e pistolas, além de ferramentas e peças de armas desmontadas. A ação teve apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Inteligência do Exército.
SARGENTO FOI 'CONTRATADO' POR ROGÉRIO 157
Na sexta-feira, véspera do início da Guerra na Rocinha, Almeida e seus comparsas montaram uma oficina de armas no interior da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, com o objetivo de preparar as armas de Rogério 157 que se preparava para a guerra. O sargento contratado diretamente por Rogério 157 e atuaria pela primeira vez em uma comunidade dominada pela facção Amigos dos Amigos (ADA), em virtude da aliança entre o TCP e a ADA denominada TCA.
EXTRA/montedo.com