Chefe de quadrilha não pode presidir o Brasil
Augusto Heleno Ribeiro Pereira*
Essa tem sido minha briga. Os brasileiros com vergonha na cara, não podem aceitar que o chefe da quadrilha, que arruinou o país, seja candidato ao mais alto cargo da República, se valendo de chicanas jurídicas. Isso é um deboche, um murro na nossa cara. Os idiotas da objetividade dizem que não há provas. Há sim, inúmeras. Basta que os magistrados de todos os níveis se tomem de um sentimento nacional e julguem, sem protelações e embargos, o que já lhes foi relatado sobre Lula e asseclas, por vários dos quadrilheiros mais notórios. Agilizem os processos e coloquem essa máfia onde já devia estar: atrás das grades. Danem-se os prazos e os embargos. Basta que a imprensa, tão ciosa (quando lhe convém), no ataque à honra alheia, dispa-se das vestes ideológicas e assuma o papel preponderante que lhe cabe, com formadora de opinião, no extermínio dessa gangue. A mídia televisiva, precisa mostrar, exaustivamente, cara e feitos dos corruptos, independentemente de partidos políticos, cor, raça, opção sexual, condição financeira.
Vão esperar que tenham 80 anos?
Por que as delações não poupam o Molusco?
Traição coletiva ao amado chefe? Não seria mais inteligente poupá-lo e investir no carisma de bandido que, segundo seus adoradores, vai reconduzi-lo à Pres Rep?
A família, os filhos, os verdadeiros amigos lhes cobram um mínimo de dignidade, que reduza, senão as penas, pelo menos o inferno em que mergulham ao fazerem um exame de consciência.
Não está em jogo esquerda, centro ou direita, estatismo ou liberalismo, presidencialismo ou parlamentarismo. Trata-se da sobrevivência do Brasil, que anunciado muito tempo como o País do porvir, transformou-se em uma multidão angustiada, face ao triste futuro que se desenha no horizonte, se essa corja se mantiver no poder.
* General de Exército da reserva
DIÁRIO do PODER/montedo.com