Forças Armadas reforça que a Brigada Militar está plenamente capacitada e tem todas as condições de controlar qualquer tipo de evento na capital do Estado gaúcho
Sede do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre, local do julgamento do ex-presidente Lula nesta quarta-feira, 24 Foto: Nilton Fukuda/Estadão |
Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – Cerca de 1.500 homens do Exército se encontram desde a noite de terça-feira, 23, de prontidão nos quartéis de Porto Alegre, para serem acionados, se houve algum tipo de descontrole na segurança pública e o governador do estado, Ivo Sartori, assim entender necessário e fizer solicitação de emprego de tropas ao presidente Michel Temer. Esta hipótese, no entanto, é considerada remota pela cúpula das Forças Armadas, que tem reiterado que a Brigada Militar de Porto Alegre está plenamente capacitada e tem todas as condições de controlar qualquer tipo de evento na capital do estado, onde diversas manifestações serão realizadas ao longo do dia por conta do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se, portanto, de uma medida preventiva e os soldados não irão para as ruas de Porto Alegre.
Julgamento de Lula
Os dois batalhões do Exército se aquartelaram ontem à noite e permanecerão dentro das unidades militares, além de trabalharem na proteção das instalações militares. Mesmo com cerca de 1.500 homens de prontidão, caso haja necessidade, esse número pode ser facilmente ampliado com emprego de outros batalhões que ficam em Porto Alegre, inclusive da Polícia do Exército. No entanto, o Exército reforça que se trata apenas de medida preventiva, para evitar surpresas, e avisa que qualquer ação das Forças Armadas só pode acontece se o governo local entender que suas forças não são capazes de manter a segurança pública, o que não acreditam que aconteça, pela preparação da tropa gaúcha e dispositivo em funcionamento, e se o governador encaminhar pedido ao presidente da República solicitando ajuda federal.
ESTADÃO/montedo.com