1 de fevereiro de 2018

Após ser hostilizado em voo, Gilmar Mendes usa avião da FAB

EVITANDO GRITOS
APÓS SER HOSTILIZADO EM VOO, GILMAR USA AVIÃO DA FAB PARA RETORNAR DE CUIABÁ
MINISTRO OUVIU GRITOS DE 'FORA, GILMAR' AO EMBARCAR EM VOO COMERCIAL
NO VOO DE SÁBADO, GILMAR MENDES FOI QUESTIONADO SE ‘VAI SOLTAR O LULA TAMBÉM’ (FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR)
Após ser hostilizado em um voo comercial durante o final de semana, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), na última segunda-feira, 29, para viajar de Cuiabá (MT) a São Paulo (SP).
Nos registros da FAB, o deslocamento consta como "à disposição do Ministério da Defesa Transporte do Presidente do TSE". Segundo as informações públicas, ele saiu da capital do Mato Grosso às 13h05 e chegou a São Paulo às 17h30. O motivo, porém, não foi informado, embora em outros casos sejam apresentadas justificativas padronizadas como "serviço", "serviço/segurança" e "residência".
Segundo a assessoria de imprensa de Gilmar, ele precisou utilizar o avião da FAB para cumprir compromisso oficial no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em São Paulo, que ocorreria a partir das 17h de segunda-feira. A companhia aérea LATAM, no entanto, possui um voo diário que sairia às 13h37 e chegaria antes deste horário, às 16h50 - o horário de chegada previsto pela companhia também ocorreria 40 minutos antes do horário de pouso registrado pela FAB.
A assessoria de Gilmar negou que ele tenha optado por viajar num avião da FAB por questões de segurança e destacou que no dia seguinte, terça-feira, ele utilizou um voo comercial para retornar a Brasília. Procurada, a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa não se manifestou.
No sábado, 27, passageiros de um voo de Brasília a Cuiabá gritaram ‘fora, Gilmar, fora, Gilmar’. Ele foi questionado se ‘vai soltar o Lula, também’ – o ex-presidente foi condenado a 12 anos e um mês de prisão em regime fechado na Lava Jato, mas pode recorrer em liberdade. O ministro não respondeu às vaias e provocações. (AE)
DIÁRIO do PODER/montedo.com