29 de novembro de 2010

COMEÇA "DANÇA DAS CADEIRAS" ENTRE OS ALTOS COTURNOS

BRASÍLIA
No governo da presidente Dilma Rousseff os atuais comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica não deverão permanecer nos cargos. Em recentes reuniões de Alto Comando, o general Enzo Peri (Exército) e o brigadeiro Juniti Saito (Aeronáutica) defenderam a renovação dos quadros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu os comandantes pelo critério de antiguidade, mas Dilma pode adotar uma regra nova.
O almirante Júlio de Moura Neto (Marinha) alimenta a esperança de permanecer no comando da Força, mas os assessores de campanha de Dilma lembraram ao Estado a proximidade da presidente eleita, enquanto estava na Casa Civil, com o almirante Marcos Martins Torres. Apesar dessa proximidade, a pronta disponibilidade da Marinha para enfrentar o narcotráfico no Rio vai pesar em favor de Moura Neto na decisão final de Dilma.
Os outros nomes fortes na Armada são os dos almirantes Luiz Umberto de Mendonça, atual chefe do Estado Maior, e João Afonso Prado Maia, comandante de Operações Navais.
Aeronáutica
O comandante Saito, consultado sobre a sucessão na Força Aérea Brasileira (FAB), apontará o brigadeiro João Manoel Sandim de Rezende para o cargo - o brigadeiro, que assumirá o Estado Maior da Aeronáutica, é o mais antigo na hierarquia e é muito conceituado na Força.
Mas na Aeronáutica, a exemplo da Marinha, os contatos mantidos por Dilma com o brigadeiro Cleonilson Nicácio Silva, durante o período em que ele presidiu a Infraero, podem levá-lo ao cargo de comandante da Força.
No Comando da Aeronáutica, há ainda outros nomes cotados, como o do brigadeiro Jorge Godinho, ex-secretário de Aviação Civil e que tem um bom trânsito político entre militares e no Planalto.
No Exército, o general Marius Teixeira Neto, atual chefe do Estado Maior do Exército, é o primeiro conforme o critério de antiguidade, seguido dos generais Antonio Gabriel Esper, José Elito Siqueira e Augusto Heleno Ribeiro Pereira.
Nesta semana, a presidente eleita deve dar mais um passo em relação à definição dos nomes para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Mas a meta é ir além da procura de nomes e, se possível, transformar o GSI em um Gabinete Militar à moda antiga.
O assunto está em estudo dentro da ideia de reestruturar as assessorias diretas da Presidência e que funcionam no Planalto. A recriação da Casa Militar quer levar para fora do Planalto a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), hoje sob a alçada do general Jorge Félix, atual chefe do GS
O DIÁRIO DE MOGI