1 de novembro de 2011

BRASIL E BOLÍVIA VÃO REALIZAR OPERAÇÕES MILITARES CONJUNTAS NA FRONTEIRA

Brasil e Bolívia anunciam operações conjuntas contra tráfico na fronteira
O ministro da Defesa com seu colega boliviano Ruben Saavedra (AFP, Aizar Raldes)
La Paz, 31 out.- Os Governos de Brasil e Bolívia anunciaram nesta segunda-feira um acordo para desenvolver operações militares conjuntas em suas fronteiras, especialmente com o auxílio das forças aéreas, para combater o contrabando e o tráfico de armas e drogas.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, e seu colega boliviano, Ruben Saavedra, assinaram nesta segunda-feira, em La Paz, o 'memorando de entendimento' para a cooperação militar, depois que as autoridades locais confirmaram o aumento do tráfico de drogas na região.
'Há um aumento sim. Nessa atividade sempre existe a necessidade de buscar novas rotas. Se há pressões de um lado, eles vão pelo outro; por isso a vigilância tem que aumentar de maneira conjunta', declarou Amorim.
Segundo o ministro da Defesa, o controle das fronteiras é um item prioritário do Governo da presidente Dilma Rousseff e, por isso, serão realizadas operações de vigilância nas regiões de fronteira, não somente na Bolívia, mas também na Colômbia e no Peru.
Com intenção de aprimorar essa parceria, militares bolivianos também serão convidados para acompanhar os exercícios dos militares brasileiros. As práticas conjuntas estão programadas para começar já em 2012.
Apesar dos esforços das autoridades bolivianas, que garantem terem apreendido até este mês mais de 25,3 toneladas de cocaína e 381 toneladas de maconha, a produção de coca segue crescendo durante o governo de Evo Morales.
Segundo o escritório antinarcóticos da ONU, os cultivos de coca aumentaram na Bolívia, terceiro maior produtor da droga no mundo, desde que Morales chegou ao poder em 2006, subindo de 25,4 mil para 31 mil hectares.
Saavedra também destacou que o acordo dará condições para que os militares bolivianos também participem de operações fronteiriças com aeronaves não-tripuladas, além de planos para proteger a Amazônia. 
EFE