Pessoal, é inacreditável. A proposta para debate no Senado sobre o aumento salarial para as Forças Armadas ganhou 10.000 apoios em pouco mais de sete horas. Esse número já é suficiente para incluí-la na pauta das comissões do Senado. Mas não devemos parar por aqui. Vamos difundir esta informação e repassar o link para apoiamento. Vamos mostrar do que esta gente fardada é capaz.
Acesse. Repasse. Faça sua parte. Você acompanha o 'apoiômetro' aí ao lado. Os números estão crescendo de forma extraordinária.
Nota: Gente, o sistema aceita apenas um apoio por IP. Não adianta ficar repetindo o voto. Temos é que difundir a informação.
Atendimento médico prestado a Juan Coelho, 2 anos, será avaliado
LIZIE ANTONELLO|COLABOROU LUÍSA KANAAN
lizie.antonello@diariosm.com.br
Santa Maria - RS - Nada pode atenuar a dor de ter perdido o filho, mas os pais de Juan Gabriel Vieira Cardoso Coelho, 2 anos e 10 meses, querem explicações sobre o atendimento que o menino recebeu no Hospital de Guarnição (HGu) do Exército. Por três vezes, a mãe de Juan, Jozeane Maria Vieira, 29 anos, procurou o hospital com o filho. Os militares médicos plantonistas, que são clínicos-gerais, teriam atendido o menino e receitado medicação para virose e gripe (veja quadro). Mas Juan piorou e não resistiu. Casos tristes como esse são mais comuns do que se imagina e acendem o alerta sobre a dificuldade de diagnosticar pneumonia tanto em crianças quanto em adultos (leia na página 9).
A queixa dos pais de Juan é de que os médicos não teriam feito nenhum exame laboratorial ou Raio-X. Além disso, segundo a família, os dois profissionais não teriam julgado necessário chamar um especialista para avaliar o menino. O caso será investigado pelo HGu e pela Polícia Civil.
O hospital foi procurado pela família porque o pai de Juan, Jean Henrique Cardoso Coelho, 25 anos, é cabo do Exército.
– Tenho muita revolta e tristeza. Os médicos (do HGu) tiveram a oportunidade de salvar a vida dele e não fizeram. Se tivessem se empenhado mais em fazer o que eles estudaram para fazer, meu filho ainda estaria aqui – lamenta Jozeane.
Após as idas ao HGu (veja quadro), Jozeane levou Juan ao Pronto-Atendimento do Patronato, onde o Raio-X detectou pneumonia. Ele foi encaminhado ao Hospital de Caridade.
Conforme a equipe do CTI Pediátrico do Caridade, Juan chegou com pneumonia grave. Os médicos dizem que não é possível afirmar se um Raio-X nos primeiros atendimentos detectaria a doença.
O diretor do HGu, tenente coronel médico Luiz Augusto Fruitos Costa, disse que os plantonistas do hospital têm autonomia para requisitar qualquer exame. O HGu tem laboratório próprio e Raio-X. O plantonista também tem autonomia para chamar especialistas, inclusive os dois pediatras que trabalham no local. O HGu tem atendimento pediátrico de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. Nos finais de semana e feriados, os profissionais ficam de sobreaviso e, se preciso, devem ser acionados pelo telefone. Em dois dos três dias em que o Juan foi atendido no HGu, na primeira e na terceira vez, segundo o coronel Augusto, havia pediatras no hospital.
Vida – Juan tinha um irmão mais velho, João Henrique, 4 anos. O caçula estava na escolinha e, segundo a mãe, era alegre, ativo, adorava cantar, dançar e brincar. Juan foi enterrado no Cemitério Ecumênico Municipal.
Militares que atuaram nas forças de paz do Haiti e no Complexo do Alemão serão os principais responsáveis pela segurança do Riocentro, pavilhão de exposições que vai abrigar as reuniões principais da Rio+20, conferência organizada pela ONU que vai discutir questões relativas ao desenvolvimento sustentável do planeta. Ao todo, 2 mil homens das Forças Armadas, Polícia Federal (PF), polícias Civil e Militar, além de Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal, atuarão apenas na área onde os chefes de Estado discutirão os temas da Rio+20.
Desse total, 1,2 mil serão de homens do Exército altamente treinados e com experiência em regiões de conflito. São militares de brigadas do Exército sediadas em Juiz de Fora (MG), Brasília (DF) e Goiânia (GO). Eles serão comandados pelo general Otávio Rego Barros, que também tem experiência na liderança de tropas no Haiti e no Alemão. Rego Barros evita dar detalhes do esquema para garantir a tranquilidade do evento, mas garante que haverá segurança suficiente. "Teremos o aparato necessário, com destaque para o pavilhão 5, onde as principais autoridades se reunirão", afirmou.
Parte dos militares envolvidos na missão já trabalham há algum tempo no Riocentro para fazer todo o reconhecimento do local, preparar o esquema e implementá-lo para a Rio+20. A partir do dia 13, quando as equipes começarão a fazer as reuniões preparatórias para as discussões entre os chefes de Estado, o acesso ao pavilhão de exposições situado em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, ficará restrito. Somente pessoas credenciadas poderão circular pelo local. "Os cuidados necessários já estão sendo tomados. Vamos intensificar ainda mais os controles de acesso, especialmente de fornecedores. Será uma área restrita", comentou.
Além de restrita, a região do Riocentro estará sob controle da ONU, organização à qual Rego Barros estará subordinado durante a Rio+20. Cerca de 100 agentes de segurança da organização também vão integrar o esquema de segurança no centro de exposições.
Haverá diversos detectores nos acessos aos pavilhões do Riocentro. Serão aparelhos que detectarão desde metais a elementos químicos e biológicos. Máquinas de raio X também farão parte do aparato de segurança.
Em toda a cidade, serão 15 mil homens do Exército atuando no esquema de segurança da Rio+20. Rego Barros lembra que, desta vez, esses militares ficarão mais concentrados nas áreas referentes aos locais onde ocorrerão eventos da conferência. O general explicou que as favelas pacificadas facilitam a segurança do evento, e exigem menos militares nas ruas. "Temos uma cidade menos conflagrada, se comparada à década de 90, quando houve a Eco 92. Haverá a percepção de menos militares nas ruas", observou.
10º Batalhão de Engenharia de Construção irá executar o convênio de 6milhões em prosseguimento às obras de implantação de SC 430
O 10º BEC informa que retornará à obra de implantação da SC 430 na próxima 6ª feira, dia 1º de junho. A mobilização do canteiro de trabalho será realizada paulatinamente à medida que as licitações necessárias ao processo administrativo forem sendo aprovadas e os materiais para a execução da obra tenham sido adquiridos.
O Plano de Trabalho encontra-se em tramitação para aprovação e determinará qual será a etapa a ser produzida nesta nova fase da obra. Em tempo, o Batalhão divulgará o cronograma da obra e os serviços a serem executados em seu site.
Nos meses iniciais, ainda será necessário instalar 3 unidades de britagem e 1 usina de asfalto no Km 14 da rodovia para possibilitar a perfeita ergonomia de uma obra deste vulto.
A obra de implantação da Rodovia “Caminhos da Neve” é essencial ao desenvolvimento de São Joaquim e região, porém de difícil execução pelo caráter rochoso do terreno, como também pelo inverno rigoroso e úmido da Serra Catarinense, razões pelas quais o 10º BEC foi incumbido da tarefa.
O 10º BEC reafirma o seu compromisso de realizar obras públicas com qualidade e economia, fato corroborado pelos seus 157 anos de serviços prestados à sociedade brasileira.
HAMILTON TEIXEIRA CAMILLO – TENENTE CORONEL
Comandante do 10º Batalhão de Engenharia de Construção
PM começa a substituir tropas do Exército nas favelas da Penha
Troca começou pelos morros da Fé, Sereno e da Chatuba.
Polícia prepara comunidades para receberem as próximas UPPs.
Aeronaves do GAM sobrevoam as favelas da Penha (Foto: Divulgação/Bope)
A Polícia Militar começou, nas primeiras horas desta quinta-feira (31), a substituir os militares da Força de Pacificação que patrulhavam as comunidades do Conjunto de Favelas da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A substituição faz parte do processo de instalação da primeira Unidade de Polícia Pacificadora na região. Trezentos policiais vão atuar na região nesta quinta.
De acordo com a PM, a troca dos militares por policiais acontece nas comunidades da Chatuba, do Morro da Fé e Morro do Sereno. Desde o fim de 2010, a região é ocupada por militares da Força de Pacificação. Por volta das 6h, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estavam posicionados no Morro da Chatuba. A polícia ainda não divulgou quando começa a troca dos militares na Vila Cruzeiro.
Ainda segundo a PM, logo após a substituição das tropas, a Polícia Militar fará ações de policiamento e revista à procura de criminosos que ainda possam estar na área.
Ministério da Defesa se prepara para divulgar remunerações e subsídios de militares
O Ministério da Defesa (MD), juntamente com os Comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica, está em tratativas com a Controladoria-Geral da União (CGU) para definir como serão encaminhadas as informações de remuneração dos militares das Forças Armadas para publicação no Portal da Transparência.
A exposição dos salários e demais subsídios (diárias, por exemplo) de servidores civis e militares consta na Portaria Interministerial nº 233, de 25 de maio de 2012, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (28). O documento foi assinado pelos ministros da Defesa; da Fazenda; do Planejamento, Orçamento e Gestão; e da CGU.
Segundo o diretor do Departamento de Coordenação, Organização e Legislação da Defesa, Adriano Portella, para cumprir a determinação do governo, “o MD vai unir a experiência e o conjunto de dados desenvolvidos no órgão para dar plena eficácia às orientações recebidas e seguir os princípios da Lei de Acesso à Informação [LAI]”.
Portella explica também que os detalhes sobre a disponibilização das remunerações serão definidos “o mais brevemente possível, para que possam ser cumpridos os prazos determinados na portaria”. Está a cargo da Defesa o envio dos dados referentes aos militares à CGU. Os relativos aos servidores civis são de responsabilidade do Ministério do Planejamento, que vai retirar as informações que já constam no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e encaminhá-las à Controladoria.
A iniciativa é um dos passos para o aumento da transparência ativa de documentos públicos e consta nos princípios da LAI, em vigor desde o dia 16 deste mês.
Portaria
De acordo com o documento interministerial, a primeira disponibilização dos salários do pessoal civil contratado por tempo determinado, dos policiais militares de ex-territórios federais e as remunerações de participação em conselhos deverá ser feita até 30 de junho.
No caso das verbas remuneratórias dos militares das Forças Armadas, o prazo para divulgação no Portal da Transparência é até 30 de julho. Já no que diz respeito às indenizações de ambos os servidores (civis e militares), a lei estende a publicação para até 30 de agosto.
A determinação deverá ser cumprida, inclusive, na exposição dos subsídios, como pensões, aposentadorias, ajudas de custo, jetons e quaisquer outras vantagens recebidas por servidores da ativa.
Helicóptero do Exército pousa próximo à praça de pedágio em Floresta
Larissa Ayumi Sato
AS-532 UE COUGAR (imagem ilustrativa)
Uma cena inusitada chamou a atenção de quem passava pela praça de pedágio de Floresta (a 30 km de Maringá), na PR-317, na manhã de terça-feira (29). Um helicóptero do Exército Brasileiro pousou no local, pois o GPS havia perdido a rota.
Segundo a assessoria de imprensa da concessionária Viapar, o pouso ocorreu por volta das 10h30, no km 127 da PR-317, quando o piloto relatou que temia que o combustível acabasse, e questionou qual seria a cidade mais próxima com aeroporto, para que pudesse pousar. O piloto do helicóptero de sigla BR-HDA, foi informado que estava próximo de Maringá, para onde disse que seguiria. No entanto, informações do Aeroporto Regional Silvio Name Júnior dão conta de que o helicóptero não pousou no terminal aéreo de Maringá.
Alguns motoristas pararam os carros à margem da rodovia para observar o que havia ocorrido.
Brigada de Operações Especiais do Exército e Para-Sar, da Aeronáutica, homens mais preparados de suas Forças, são especialistas em guerra irregular
Raphael Gomide
Foto: Reprodução da internet - Forças Especiais do Exército
em exercício. Eles atuarão no contraterrorismo na Rio+20
As tropas de elite do Exército e Aeronáutica e o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais, da PM) vão atuar durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável), com foco no contraterrorismo.
Entre as 15 mil pessoas – 8 mil militares e 7 mil policiais militares, civis, federais e rodoviários federais – estarão os homens mais bem preparados entre as fileiras das Forças Armadas, prontos para ser empregados em eventuais situações de crise durante a conferência.
A Brigada de Operações Especiais do Exército, sediada em Goiânia (GO), enviará ao Rio um contingente – não informado – de militares. Trata-se da tropa mais adestrada do Exército Brasileiro, especializada em planejamento e execução de operações de guerra irregular e contraterrorismo. Entre esses homens, estão atiradores de precisão (snipers, ou “caçadores”) que ficarão em pontos dominantes na cidade.
Desde o início da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), um destacamento de Forças Especiais integra o Batalhão Brasileiro no Haiti.
Foto: Reprodução da internet
Forças Especiais terão snipers à disposição na Rio+20
O Para-Sar (Esquadrao Aéreo-Terrestre de Salvamento) é a tropa mais especializada da Aeronáutica, peritos em Operações Especiais, com 48 anos de história.
Segundo a Força, estão prontos para combater e fazer missões de resgate e ataque em qualquer tipo de terreno e situação. Os militares tem, entre suas habilidade, o paraquedismo, montanhismo, mergulho e guerra na selva, sendo capazes, ainda de manusear armamentos e explosivos diferentes.
Além dos Forças Especiais do Exército e da Aeronáutica, os fuzileiros navais da Marinha – tropa de infantaria correspondente aos paraquedistas, na Força terrestre – atuará na segurança permanente da cidade, policiando vias de acesso expressas, como as linhas Vermelha e Amarela, Avenida Brasil e Aterro do Flamengo.
Toda a segurança do evento da ONU (Organização das Nações Unidas), que reunirá mais de 100 chefes de Estado e de governo, ficará sob a coordenação do comandante militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, do Exército.
Atualização 22h43: Pessoal, estou impressionado. Em poucas horas, os apoiamentos saltaram de 169 para 9.636. Vamos lá, repassem o link para seus contatos. É hora de chamar a atenção dos senadores para o problema salarial das Forças Armadas, já que quem deveria fazê-lo não o faz. Ah, sei muito bem que só o Executivo pode propor o reajuste, mas não esqueçam que as demandas do governo são pautadas, principalmente, pela pressão política. E não vai faltar senador interessado em faturar em cima de um tema que tem apoio popular. Acesse. Repasse. Faça sua parte.
Eis uma ferramenta excelente para o exercício pleno da cidadania. Uma proposta de debate nas comissões do Senado da República do tema "Aumento salarial para as Forças Armadas". Justificativa: "Não há aumento há mais de onze anos e a classe se vê obrigada a fazer empréstimo consignado para sobreviver e não passar por privações".
Convidados: Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional - CRE, Ministro da Defesa, Comandantes Militares e Ministro do Planejamento.
Acesse o Portal e-Cidadania do Senado Federal e apoie esta iniciativa. Se preferir, clique na imagem. Detalhe: não é necessário identificar-se.
Não esqueçam: os políticos sobrevivem dos votos (nossos votos). Um apoio maciço a esta ideia certamente despertará sua atenção.
Operação Curare IV já apreendeu 10 quilos de pasta base no Acre
A Operação Curare IV, que se iniciou em 30 de abril e termina dia 31 de maio, faz controle de estradas, rios e aeródromos, além de ação civil e social.
Se você passou por alguma estrada acreana nos últimos dias, provavelmente viu postos do Exército Brasileiro instalados, e militares possivelmente pararam seu carro para vistoria. É a Operação Curare IV, realizada no Acre e Rondônia.Mais uma vez o Exército Brasileiro estende a mão ao governo do Estado e oferece uma valiosa ajuda, a exemplo do que fez na alagação enfrentada pelos acreanos este ano.
Dessa vez a luta é contra o tráfico de drogas. O objetivo é combater a passagem de ilícitos, principalmente na faixa de fronteira com a Bolívia e o Peru. A operação conta com um efetivo de 935 homens, divididos entre Acre e Rondônia. Homens das polícias Civil, Militar e Rodoviária, além do Ibama, Funai e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), dão apoio à operação.
A Operação Curare IV, que se iniciou em 30 de abril e termina dia 31 de maio, faz controle de estradas, rios e aeródromos, além de ação civil e social. Já foram realizados 1.200 atendimentos médicos e 500 odontológicos em Feijó, Manoel Urbano, Tarauacá e nas calhas dos rios Muru, Tarauacá e Envira. Segundo o major Roberto Furtado, foram apreendidos 10 quilos de pasta base de cocaína e 120 metros cúbicos de madeira, além de R$ 190 mil em mercadorias que seriam contrabandeadas.
"É um resultado muito positivo, principalmente na área social, onde a gente leva atendimento médico e odontológico para a população", disse o major Furtado.
O general Ubiratan Poty, comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva "Brigada Príncipe da Beira", esteve no Acre para acompanhar a operação de perto e se mostrou satisfeito com os resultados alcançados até agora. Até o fim do ano ele manterá um pelotão na fronteira, de forma permanente, para coibir o tráfico de drogas. Poty, com 34 anos de Exército, conta que "a farda já faz parte da minha pele" e que já serviu em Assis Brasil e Brasileia como tenente. "Quando estou no Acre trabalhando, visitando meus soldados, é como se fosse uma diversão. Me rejuvenesce. Eu me sinto muito bem aqui."
Plenário confirma recebimento de denúncia de maus tratos em treinamento
O Superior Tribunal Militar (STM) confirmou, nessa segunda-feira (28), o recebimento da denúncia contra três majores, três capitães e um primeiro-sargento do Exército pelos crimes de maus tratos e violência contra superior. A denúncia havia sido rejeitada pela quarta Auditoria Militar do Rio de Janeiro (RJ), mas, em outubro do ano passado, o STM recebeu a denúncia quando o Ministério Público Militar (MPM) impetrou um recurso em sentido estrito. Agora, o Plenário julgou Embargos de Declaração impetrados pela defesa que apontou quinze supostas omissões e contradições do acórdão.
De acordo com a denúncia do MPM, os majores M.V.G.N, M.N.A.J, W.C.P e os capitães C.R.V.C, R.M.F e C.W.F cometeram o crime de maus tratos e o primeiro-sargento A.C.O.B o crime de violência contra superior. De acordo com o MPM, os crimes ocorreram durante o teste de lutas no curso de "Ações de Comandos", ministrado pelo Centro de Instruções de Operações Especiais do Exército, sediado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Cerca de 40 alunos participaram dos testes, mas dois deles, um tenente e um sargento, teriam se queixado de abusos nas agressões sofridas por eles.
Segundo a denúncia, o primeiro-sargento A.C.O.B, um dos instrutores, teria desferido dois chutes no abdômen do tenente, mesmo sabendo que a vítima se tratava de um oficial. A denúncia acrescenta que, durante a realização das tarefas, as vítimas foram por diversas vezes espancadas por instrutores de todas as oficinas, as mesmas em que os oficiais denunciados eram os chefes ou coordenadores e "assistiram a tudo sem qualquer intervenção".
Nos Embargos de Declaração, a defesa apontou quinze supostas omissões e contradições do acórdão do julgamento do recurso em sentido estrito. Entre outros argumentos, a defesa sustentou que não houve nexo de causalidade entre os denunciados e as lesões apresentadas pelos ofendidos, que não é possível concluir que os golpes desferidos pelos denunciados provocaram a rabdomiólise "uma quebra no músculo esquelético devido à lesão no tecido muscular" sofrida pelas vítimas. A defesa também afirmou que, segundo o acórdão, os instrutores denunciados agiram da mesma forma com todos os alunos. Para a defesa, "é contraditório o recebimento de uma denúncia que aponta dois ofendidos e não todos os alunos do curso".
No entanto, o relator dos Embargos, ministro Cleonilson Nicácio Silva, rebateu detalhadamente os quinze argumentos da defesa e votou pela manutenção do acórdão. Segundo o relator, os autos mostram com clareza como as condutas dos acusados provocaram as lesões sofridas pelas vítimas. Quanto à rabdomiólise, o relator destacou que uma das possíveis causas é a compressão muscular traumática, o que condiz com os golpes alegadamente sofridos pelos ofendidos no teste de lutas. Segundo o ministro Nicácio, para receber a denúncia, não é exigida "a certeza das causas das lesões corporais e da rabdomiólise que vitimaram os ofendidos, bastando apenas um juízo probabilístico, o qual se encontra facilmente visível nos autos".
Quanto ao argumento da defesa de que todos os alunos receberam o mesmo tratamento dos denunciados, o relator afirma que "os Embargantes tentam transmudar a verdade dos autos, ao apontar que a denúncia diz que a atuação simultânea dos instrutores deu-se com todos os alunos, o que não condiz com a realidade". Segundo o ministro Nicácio, a denúncia traz somente a expressão "os alunos", referindo-se apenas aos alunos tidos por ofendidos pelo MPM.
A Corte rejeitou os Embargos e confirmou a decisão de receber a denúncia por unanimidade. Com a decisão, a quarta Auditoria Militar do Rio de Janeiro deve dar início ao processo judicial em primeira instância.
STM/montedo.com
Comento:
Bueno, gurizada, creio que uma boa solução seria a transformação do Curso de Comandos da modalidade presencial para à distância, vocês não acham?
Flávia Alessandra posta fotos de sua nova personagem em novelas
A atriz Flávia Alessandra postou, em seu Twitter, fotos mostrando como será o visual de Érica, sua personagem da novela "Salve Jorge", que será exibida pela "Rede Globo" a partir de outubro.
No trama escrita por Glória Perez, a bela interpreta uma tenente do exército. Na manhã desta terça-feira, ela gravou algumas cenas caracterizada como a personagem em Resende, interior do Rio de Janeiro.
Na rede social, além de fotos, a atriz também escreveu: "Cavalaria em ação: Sidney, Rodrigo, Magrine, eu, Murilo e Leo!".
Flávia tem feito laboratório em um quartel da Vila Militar do Rio de Janeiro para dar vida à personagem. Recentemente, ela contou que tem acordado às 5h para o treinamento.
Rio dos Macacos: quilombolas acusam militares da Marinha de agressão, diz Defensoria
Moradores dizem que militares da Marinha agrediram a população e destruíram parte da casa
Luana Marinho
luana.nogueira@redebahia.com.br
Moradores do Quilombo Rio dos Macacos, localizado na Base Naval de Aratu, viveram momentos de tensão nesta segunda-feira (28). Eles denunciaram ao defensor federal João Paulo Lordelo que a casa de um morador desabou por conta das chuvas e foi reconstruída. Hoje, militares da Marinha foram ao local e destruíram parte do imóvel. A Defensoria Pública fez um acordo com os militares, que concordaram em sair do local desde que os moradores não continuem com as construções.
A confusão começou depois que José Araújo dos Santos estava reconstruindo uma casa e a Marinha conseguiu uma ordem impedindo a obra. Como os moradores continuaram a reconstrução, os militares cercaram a casa, com quilombolas dentro, para impedir a continuação do trabalho.
"A gente conseguiu um acordo. Eles se comprometeram a se retirar, contanto que os moradores não continuem as construções. É uma trégua de 48 horas", explica Lordelo. Segundo o defensor, os moradores precisam reforçar as casas, que ficaram avariadas após as chuvas fortes das últimas semanas.
"Você não pode fazer valer essa sua qualificação (de dona das terras) pela força. Ninguém pode fazer justiça com as próprias mãos", diz o defensor, falando sobre as ações da Marinha no local.
Representante da associação de moradores do quilombo, Rosimeire Santos alega que, durante a ação da Marinha, militares agrediram a população. "Nosso quilombo, como sempre, sofre da violência da Marinha. Os fuzileiros vieram aqui e derrubaram uma parte da casa, empurraram as crianças com arma e machucaram o braço da minha filha, tiraram sangue dela. O lugar é nosso. Quando a Marinha chegou, já estávamos aqui”, afirma.
A área ocupada por cerca de 500 moradores do quilombo é alvo de uma ação reivindicatória proposta pela Procuradoria da União, na Bahia, que pede a desocupação do local para “atender necessidades futuras da Marinha”.
Abusos
De acordo com João Paulo Lordelo, a disputa pela posse do território ainda aguarda uma decisão final da Justiça: “acho que a Marinha está se adiantando porque tem a questão da posse, que está tramitando na Justiça. A decisão ainda não saiu, mas a Marinha já se comporta como se fosse a dona da terra”.
O defensor público e representantes do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN) estiveram no quilombo tentando resolver o impasse. "Filmaram os militares empurrando as pessoas. Eu ainda não tive acesso às fitas, pretendo vê-las amanhã”, conta o defensor, que ouviu várias denúncias de abuso e violência, inclusive contra crianças.
As Defensorias Pública do Estado e da União pretendem se reunir nesta terça-feira (29) para avaliar quais medidas podem ser tomadas para proteger a população do local.
A assessoria de comunicação da Marinha informou que "não há ação de retirada dos moradores em curso". Em nota, a Marinha disse ainda que o caso corre na 10ª Vara Federal e que a última decisão judicial, que suspendeu a desocupação da área, foi tomada "unicamente com o propósito de assegurar a conclusão da articulação com as esferas e instâncias do governo responsáveis por uma retirada pacífica, com realocação segura dos réus".
Segundo a Marinha, José Araújo dos Santos foi avisado para interromper a obra e desfazer o que já havia realizado, mas se recusou a assinar a notificação judicial.
Disputa
A comunidade Rio dos Macacos é formada por cerca de 50 famílias, que reivindicam a posse da área e defendem que estão no local há mais de 200 anos. A Marinha afirma ter oferecido uma área para que os moradores fossem alocados, mas eles não demonstraram sinal de aceitação.
Disputa judicial separa moradores de quilombo e militares da Vila Naval
Em janeiro deste ano, integrantes da comunidade fizeram um protesto diante da Base Naval de Aratu, onde a presidente Dilma Rousseff passava férias. Na ocasião, os quilombolas relataram que o acesso à comunidade estaria sendo controlado pelos militares.
Pessoal, o blog acaba de atingir os 100.000 acessos, somente no mês de maio. É a primeira vez que alcançamos esta marca e gostaríamos de dividir este momento com vocês, afinal, o sucesso é de todos nós.
Governo federal revela as regras para a divulgação dos rendimentos dos 708 mil servidores civis e militares da ativa. Sindicatos reagem à medida e prometem recorrer à Justiça na tentativa de barrar a publicação dos valores recebidos
O Ministério do Planejamento publicou ontem uma portaria com as regras que detalham como será a divulgação na internet dos salários dos 708 mil servidores do Executivo federal, nome a nome, a partir do próximo mês, gerando uma onde de protestos de sindicatos e servidores contrários à publicação dos dados. Consequência da Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor no último dia 16, a decisão de divulgar todos os salários foi tomada pela presidente Dilma Rousseff em decreto editado no primeiro dia da legislação, regulamentando seu funcionamento. Nos próximos dias, o Legislativo e o Judiciário devem decidir como informarão os rendimentos de seus funcionários. Em todo o país, os cerca de 10 milhões de funcionários públicos de todas as esferas de poder terão os salários divulgados. Entre os sindicatos, a tendência é que a polêmica termine na Justiça, já que a interpretação das categorias é de que se trata de invasão da privacidade do servidor.
Pela regra, serão publicados a remuneração e o subsídio recebidos por todos os ocupantes de cargo, postos, graduações, funções e empregos públicos, incluindo auxílios, ajudas de custo, jetons (acréscimos devido a participação em conselhos de estatais) e quaisquer outras vantagens em dinheiro. Proventos de aposentadoria e pensões também serão incluídos na divulgação, que será feita por meio do Portal da Transparência. Os contracheques não serão exibidos, logo apenas o valor bruto será publicado, sem os descontos e o valor líquido.
No Judiciário, cada tribunal terá autonomia para decidir como fará a divulgação. O Supremo Tribunal Federal (STF) discutirá até o fim da semana como será a publicação em seu âmbito. O mesmo deve ocorrer no Legislativo. na quinta-feira, o Senado terá uma reunião para decidir o mecanismo que seguirá para informar os dados. A Câmara também discutirá o tema esta semana.
Pelo Brasil
Nos níveis estadual e municipal, a tendência é que as folhas de rendimentos demorem mais a ser divulgadas, já que, em muitas unidades da Federação, a interpretação predominante tem sido de que a lei não se aplica a elas. Ainda assim, governos como o do Distrito Federal, com cerca de 130 mil servidores, e o de São Paulo, com 730 mil, já decidiram fazer a divulgação nominal.
A Confederação nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) estuda uma forma para contestar judicialmente a publicação dos dados dos funcionários públicos. "Pedimos à nossa assessoria jurídica para avaliar uma possibilidade de entrarmos com recurso. A publicação dos salários é uma exposição desnecessária dos servidores, é uma medida invasiva", argumentou Sérgio Ronaldo, secretário de comunicação da Condsef.
No Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), a posição contrária também já foi fechada. "Somos favoráveis à transparência, mas a divulgação não vai acrescentar em nada o entendimento da sociedade sobre as despesas públicas do país. O que interessa saber se estamos pagando X para a Maria dos Anzóis ou Y para o Zé das Canoas?", indaga Nilton Rodrigues da Paixão Júnior, diretor do sindicato e servidor da Câmara dos Deputados há 19 anos. O Sindilegis também se prepara para ir à Justiça.
Entre os servidores, é grande o medo de que a nova regra seja uma invasão da privacidade. Funcionário do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Carlos Magno, 48 anos, condena a ação. "Todo cidadão tem direito ao sigilo das informações mais privadas. Isso é quebrar um direito constitucional de não ter o salário revelado. Existem outras maneiras de conseguir essas informações para evitar corrupção sem que nossa privacidade seja invadida. Essa exposição é desnecessária."
Já Antônio Pereira Neto, 50 anos, funcionário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, concorda com a proposta. "É uma ferramenta a mais no combate à corrupção. Sinceramente, acho difícil a exposição do salário mudar alguma coisa, mas tenho esperança de que ajude. Pelo menos alguém pode ficar com medo antes de fazer alguma coisa errada", defende.
Especialista no tema transparência e controle de governos, o economista Cláudio Weber Abramo, da ONG Transparência Brasil, faz coro na defesa da medida. "É um avanço na transparência brasileira. Quem paga os salários somos nós, contribuintes. Não há motivos para que os salários e os benefícios que eles recebam não sejam conhecidos publicamente."
Colaborou Gustavo Henrique Braga
O cronograma
Confira os próximos passos no governo sobre a divulgação dos salários dos servidores
30 de junho
Até essa data, a CGU deverá publicar no Portal da Transparência (www.transparencia.gov.br) os salários de todos os servidores civis do governo federal.
30 de julho
Limite para a CGU publicar no Portal da Transparência as remunerações referentes aos militares.
30 de agosto
Prazo para a publicação das verbas indenizatórias de civis e militares.
Até o 10º dia útil de cada mês
Limite para que cada ministério envie as informações à CGU.
Até o fim de cada mês
A CGU deve publicar até o fim do mês as informações.
Correio Braziliense/montedo.com
Comento:
Bahhh, tchê! Quando isso acontecer, não vou poder mais sair na rua. De vergonha, é claro.
Militar é acusado de tentar matar colega com golpes de cassetete
MARIA INEZ MAGALHAES
Rio - Uma amizade de mais de 20 anos entre dois militares do Batalhão de Blindados da Marinha, na Ilha, quase acabou na morte de um deles dia 12 do mês passado por causa de uma dívida de R$ 4 mil. Atacado na cabeça a golpes de cassetete, Luís Claudio Chaves França, 41 anos, ficou cinco dias em coma devido às pancadas e ainda está afastado do trabalho.
Assim que saiu do hospital, o militar procurou a 59ª DP (Duque de Caxias) e denunciou o fuzileiro naval Marcus Valério da Silva Campos, 45, a quem contou ter emprestado o dinheiro, como seu agressor. Além das dezenas de pontos que tomou na cabeça, o militar ainda teve que passar por uma cirurgia.
A dívida foi contraída ano passado e Luís estaria cobrando o dinheiro de Marcus. No dia do crime, Luís contou que o amigo ligou para ele dizendo que pagaria a quantia. Segundo ele, naquele dia os dois de falaram oito vezes. Eles, então, combinaram de se encontrar na Rodovia Washington Luiz, pista sentido Rio, altura do Parque Beira-Mar, em Caxias.
Luís relatou que entrou no carro de Marcus e foi agredido por ele com um cassetete de madeira. Depois de tomar vários golpes, o militar conseguiu sair do veículo mas foi perseguido por Marcus que só parou de agredi-lo quando populares chegaram e o socorreram. Luís ainda acusa Marcus de ter roubado a sua carteira funcional, cartões e a CNH.
Luís foi levado para o Hospital de Saracuruna, em Caxias, e depois transferido para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins. Na delegacia, Marcus admitiu que se encontrou com Luís no dia do crime, que o viu caído no chão ferido mas que não se lembra de tê-lo agredido porque ‘apagou’.
O acusado afirmou que não o socorreu porque saiu correndo em desespero para casa. Marcus contou ainda que dois dias antes do crime passou mal, foi para o hospital onde foi diagnosticado que ele teve um mau súbito e acidente isquêmico transitório.Marcus será indiciado por tentativa de homicídio.
Ele acusa Luís de ser agiota e de emprestar dinheiro a juros mas o militar disse que os R$ 4 mil que emprestou a Marcus eram parte de um dinheiro que ele estava economizando para comprar um carro. Segundo ele, o militar ameaçou a família dele e a ele de morte se não pagasse a dívida. De acordo com o fuzileiro, Luís cobre 10% de juros para amigos e 20%, a desconhecidos.
Marcus contou que pegou R$ 2 mil com ele e que estaria pagando R$ 200 de juros. Mas que sua mulher, Stella Maris de Campos, pegou os outros R$ 2 mil e então Luís passou a cobrar R$ 400 de juros pelos empréstimos. No entanto, na delegacia, Stella negou que tenha pego o dinheiro com o militar.
A Marinha abriu Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso. "Estamos esperando os laudos da perícia no veículo. Já ouvimos todas as testemunhas e o inquérito deve ser concluído nos próximo dias”, explicou o capitão de Fragata Alexandre Bava.
Instrução de tiro real com Leopard 1A5BR no moderno polígono de tiro. Campo de Instrução do Barro Vermelho, do 4º RCC em Rosário do Sul - Foto: Ricardo Fan
1.INTRODUÇÃO
O preparo das Forças Armadas para exercer sua atividade-fim, a defesa da pátria, é inquestionavelmente sua atividade mais importante, tanto na paz como na guerra. Uma vez definidos os meios com os quais as Forças vão atuar, por meio da Estratégia Genética, é necessário que as forças recebam um treinamento adequado para fazer frente às ameaças, por meio da Estratégia de Emprego, adequada às Hipóteses de Emprego que a nação define.
A qualidade do preparo é diretamente proporcional à qualidade dos meios empregados no preparo, non multa sed multum[1]. Possuir Centros de Adestramento, com modernos meios de simulação, pode proporcionar um salto estratégico no preparo das Forças Armadas Brasileiras. Este artigo pretende discorrer sobre este moderno conceito, e apontar algumas linhas gerais para sua criação.
2. A SIMULAÇÃO DE COMBATE
Simulador do Leopard 1A5br no CIBld - Foto: Sd Robson
A atuação das Forças Armadas em conjunto passa necessariamente por um adestramento eficaz de cada uma das forças componentes. Para realizá-lo de forma eficiente com os recursos que são cada vez mais escassos, as Forças acabam por priorizar determinadas unidades ou grupos de unidades, fazendo com que todo o restante da tropa esteja em uma função secundária ou mesmo não recebam um adestramento adequado.
Os resultados são desastrosos: tropa mal treinada, desmotivada e, frequentemente, desvio da atividade-fim para outras tarefas, aumentando o risco de que, caso a nação necessite, não possa dispor dos meios adequados à sua defesa.
Se o treinamento de cada Força componente fica prejudicado, que dirá o adestramento conjunto: este passa a receber uma baixa prioridade. Cada Força passa empregar todos os recursos disponibilizados para capacitar adequadamente seus próprios meios, e o treinamento em Conjunto passa a ser feito somente em ocasiões pontuais, como demonstrações ou manobras curtas, sem que, com isso, ocorra a necessária interação entre as Forças.
Para vencer estas dificuldades, o uso da simulação de combate vem avançando nas três forças no decorrer dos últimos anos. Cada uma das Forças componentes já possuem meios de simulação e já os realizam em suas três vertentes, a saber:
- SIMULAÇÃO CONSTRUTIVA, que envolve tropas e elementos simulados, operando sistemas simulados, controlados por pessoas reais, normalmente numa situação de comandos constituídos. Também conhecida pela designação de “jogos-de-guerra”. A ênfase dessa modalidade é a interação entre pessoas, divididas em forças oponentes que se enfrentam sob o controle de uma direção de exercício.
- SIMULAÇÃO VIRTUAL, modalidade de simulação na qual são envolvidas pessoas reais, operando sistemas simulados, ou gerados por computador. Enquadram-se entre os simuladores virtuais, os simuladores de procedimentos[3], os treinadores virtuais[4] e os simuladores virtuais táticos[5].
Enquanto os simuladores de procedimentos têm como foco a interação homem-máquina, logo indicados ao treinamento de nível individual, os simuladores virtuais táticos visam o aprendizado, treinamento ou experimentação de situações cujo enfoque está nas interações com o ambiente e na coordenação entre as forças presentes, portanto, adequado aos escalões mais elementares (até nível subunidade) da força.
Por sua vez, os treinadores virtuais oferecem excelentes condições para interação homem-máquina-ambiente, assim, são os dispositivos que estão no meio do “continuum” entre os demais simuladores.
- SIMULAÇÃO VIVA, modalidade na qual são envolvidas pessoas reais, operando sistemas reais (armamentos, equipamentos, viaturas e aeronaves de dotação), no mundo real, com o apoio de sensores, dispositivos apontadores “laser” e outros instrumentos que permitem acompanhar o elemento e simular os efeitos dos engajamentos.
Simulador do Leopard 1A5br no CIBld - Foto: Sd Robson
Os Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático (DSET) são os mais proeminentes desta categoria. Este tipo de simulação é a que está mais próxima da realidade, dado que um mínimo de recursos é simulado. No entanto, para reproduzir situações verossímeis, é necessário que haja atores de diferentes naturezas participando do exercício de simulação viva, o que requer, por exemplo, dispositivos que possibilitem a reprodução e interação entre todos os sistemas de armas dos elementos de manobra, e não apenas algum deles.
São óbvios os benefícios trazidos pela simulação de combate: melhor qualidade de adestramento, economia de recursos, otimização do tempo, desenvolvimento e adequação da doutrina militar, treinamento das forças direcionado para as hipóteses de emprego, fazendo com que atuem de modo mais eficaz, dentre outros.
Atualmente, no nosso país, estes meios estão desenhados, na sua maioria, para atender a necessidades pontuais, sem pensar numa interação entre si, quer dizer: o meio construtivo não interage com o da simulação virtual e com a viva. Tampouco há uma interação dentro da própria Força, ou seja: no caso do Exército, os meios de apoio de fogo não interagem com a aviação do exército ou dos blindados. Interação entre Forças Armadas só mesmo em alguns exercícios de Estado-Maior conjunto, como os realizado nas Escolas de Estado Maior, no final de cada ano no Rio de Janeiro, na qual somente há a possibilidade de participação de algumas dezenas de militares cada ano.
3.CENTRO DE ADESTRAMENTO: EM QUE CONSISTE?
O conceito de centro de adestramento não é uma novidade nas Forças Armadas de outros países. Consiste na adequação destes meios de simulação a um campo de manobras em concreto, para onde alguns efetivos possam se deslocar e onde possa acontecer um trabalho conjunto de estados-maiores e frações de tropa, onde todos possam ganhar. Consiste, ainda, em se modernizar um Campo de Instrução, dotando-o de meios que permitam a realização, simultaneamente, dos três tipos de simulação, e ainda com capacidade de realização de exercícios de tiro real.
A vantagem de se reunir estes meios em um único local são imensas. A primeira delas é a redução de custos de manutenção e operação, embora requeira consideráveis e contínuos recursos para despesas com deslocamentos e gratificações da tropa. Conjugada com a adequação de um cronograma de utilização pode proporcionar o adestramento eficaz de um grande grupo de organizações existentes em uma determinada região, maximizando os investimentos realizados.
Outra vantagem significativa é a possibilidade de se gerar, ao longo do ano, diversas oportunidades para que as Forças possam interagir, gerando uma cultura de emprego conjunto.
Como modelos, poderíamos citar o National Training Center, nos Estados Unidos da América, e o Centro Nacional de Adestramiento San Gregório, do Reino da Espanha.
Ambos reúnem conceitos semelhantes: áreas para acampamento e acantonamento para a tropa, com toda uma infraestrutura para o apoio ao treinamento, modernos campos de tiro, dotados de alvos pop-up[2] e meios para realização de tiro em movimento, noturno, com meios aéreos, etc., meios de monitorização das forças que permitam exercícios do tipo duelo, com emprego de forças oponentes., e, igualmente importante, meios de simulação construtiva e virtual, que permitem adestrar estados-maiores e frações de tropa simultaneamente.
No nosso país, tal estrutura inexiste. As forças atuam em seus campos de manobras ou áreas próprias. Normalmente, quando atuam, Realizam exercícios de curta duração, pois, devido à falta de estrutura, não tem capacidade de durar longo tempo em ação, dado a falta de capacidade de se realizar um apoio logístico eficaz. Além disso, muitas OM não dispõem de campos de instrução ou quando dispõem, têm parte da área inutilizável para a realização de manobras táticas em função de arrendamentos.
Dessa forma, seus exercícios ficam limitados a pequenas faixas de terreno, que não permitem o desdobramento exigido taticamente. A presença de tropa por um período prolongado pode vir a gerar danos ambientais, dada a falta de infraestrutura. A qualidade do adestramento fica comprometida pela falta de um apoio efetivo, sem contar a baixa qualidade dos meios para medir os resultados alcançados, normalmente bastante empíricos.
O investimento num Centro de Adestramento poderia modificar rapidamente este quadro.
Muitos podem pensar que o montante de recursos para atingir esta meta seria proibitivo. Para contra-argumentar esta colocação, basta pensar que este investimento seria uma ação de médio e longo prazo, mas que iniciasse com decisão: começando-se por reduzir a quantidade de campos de manobra existentes, por meio de manobras patrimoniais, e eleição de alguns para que possam receber os investimentos.
Os recursos advindos da alienação destes campos ou áreas menores, penso, já seriam suficientes para ampliar algumas áreas e dotá-las da necessária infraestrutura. De modo progressivo, pode-se investir-se em meios de simulação, seguindo-se uma política única para sua aquisição pelas Forças, reduzindo, com isso, seus custos.E mais: Cada uma das áreas estratégicas poderia possuir um Centro de Adestramento, com vocações distintas. Na Amazônia, no Centro- Oeste e no Sul, poderia ser dada a prioridade para os meios aéreos e terrestres. No sudeste e nordeste, prioridade aos meios navais e aéreos.
4.CONCLUSÃO
Preparar as Forças para sua atividade-fim sempre foi e será o grande desafio para as Forças Armadas de um país. O emprego da simulação de combate para o adestramento de forças vem sendo ampliado nos últimos anos, com a disponibilização de meios cada vez mais eficazes e modernos.
Em nosso país, torna-se necessário repensar a política de investimento nestes meios para as Forças Armadas, para que possam gerar uma melhor relação custo- benefício. A criação de Centros e Adestramentos regionais poderia contribuir sobremaneira com esta finalidade, fazendo com que estas deixem de pensar isoladamente em seu adestramento, e passem a interagir de modo mais frequente e com maior qualidade.
A própria criação desta estrutura seria já um desafio, que poderia fazer com que houvesse maior interação do adestramento entre as Forças, num nível regional. Exigiria uma coordenação por parte do Estado-Maior Conjunto, no estabelecimento de uma política única para a simulação, gerando a necessária sinergia na constituição de tão grandioso projeto.
Melhorar a qualidade do adestramento de cada Força Componente e das Forças, como Conjunto, é uma tarefa que exige coordenação, investimento e modernidade. Com esta finalidade, portanto, a criação de Centros de Adestramento é um importante caminho a percorrer. Conjugar esforços com esta finalidade, no momento em que o Brasil aponta como um importante ator no cenário estratégico internacional é absolutamente fundamental.
[1] Não em quantidade, mas em qualidade.
[2] Alvos que levantam e abaixam, mediante um comando remoto.
[3] Os simuladores de procedimentos são dispositivos que buscam reproduzir, com maior grau de fidelidade, os sistemas reais, no intuito de oferecer ótimas condições de interação homem-máquina.
[4] Os treinadores virtuais são dispositivos que integram Hardwares, semelhantes aos existentes nos sistemas reais, a ambientes virtuais.
[5] Os simuladores virtuais táticos são dispositivos, normalmente aplicativos, que propiciam a interação entre diversas pessoas e máquinas num ambiente virtual gerado por computador.
Veja também o video de Instrução de tiro real com alvos Pop-Up
*Tenente Coronel do Exército, Comandante do Centro de Instrução de Blindados
19 de setembro de 1990: o então presidente da República Fernando Collor de Mello chega à Base Aérea de Cachimbo, em Mato Grosso, para presenciar o fechamento da área de testes nucleares.
Como foi – Nas décadas de 1970 e 1980 – durante os governos dos generais Ernesto Geisel e João Figueiredo – os jornalistas que cobríamos o Palácio do Planalto viajamos várias vezes para Bonn, antiga capital alemã. Fomos cobrir as negociações do Acordo Nuclear entre Brasil e Alemanha. Durante anos, o assunto virou tema de destaque na imprensa, com a construção das usinas de Angra dos Reis e dos projetos de enriquecimento de urânio. Mas em 1990 o Brasil mudava de rumo na questão da energia nuclear. O presidente Collor determinou o fim das experiências atômicas na selva. Repórteres e fotógrafos voamos num Búfalo da FAB para documentar a vedação do buraco para explosões subterrâneas. Tinha circunferência aproximada de dois metros e mais de um quilômetro de profundidade.
Canoas (RS) - As mulheres estão fazendo história na aviação militar brasileira. Na manhã desta segunda-feira, mais uma ganhou os céus a partir da Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana. Até o final do ano, a 1° tenente-aviador Adriana Gonçalves, 27 anos, deve ser a primeira mulher da FAB a comandar o Boeing 707 (KC-137), maior aeronave da corporação
A televisão estatal venezuelana divulgou, através de uma aparição ao vivo do presidente Hugo Chávez (na imagem), que um novo carregamento de equipamento russo chegará ao país em pouco tempo. O presidente assegurou que o material bélico é para defesa, unicamente, mas em 2011 a Venezuela foi o país que mais adquiriu equipamento militar da Rússia nas Américas, de acordo com o diretor do Centro Internacional de Análise do Comércio de Armas, Igor Korótchenko. Cinco navios carregados já chegaram ao país em abril deste ano, transportando blindados, lançadores de foguetes, armas antiaéreas, além de uma grande quantidade de munições de diversos calibres. Vinte e cinco caças SU-30MK2B foram adquiridos há pouco tempo, bem como helicópteros, o que gerou uma série de contartos de manutenção e transferência tecnológica. A Venezuela pretende construir um centro de manutenção completo para os helicópteros russos, visando atender toda a demanda da América Latina.