6 de dezembro de 2015

A guerra é contra o mosquito!

Mais de 2 mil representantes das Forças Armadas atuam no combate ao Aedes aegypti
Brasília - Com o aumento dos casos de microcefalia, causado pela circulação do vírus zika em diversos estados da região Nordeste, o Ministério da Defesa, por meio de cerca de 2.800 integrantes das Forças Armadas, se une a atuação integrada do Governo Federal, estados e municípios para o combate ao mosquito Aedes aegypti, já conhecido por transmitir a dengue e o chikungunya.
A partir desta sexta-feira (4), aproximadamente 750 representantes do Exército Brasileiro começam a atuar como agentes de endemias no estado de Pernambuco. Inicialmente, 200 militares, já capacitados, irão percorrer a região metropolitana do Recife e os outros 19 municípios considerados prioritários pela Secretaria Estadual de Saúde.
As equipes são compostas por dois militares e um agente epidemiológico que irão percorrer as casas, nos horários das 8h às 17h, diariamente, para identificar os focos do mosquito, aplicar larvicidas em locais de água parada e orientar a população a respeito dos riscos do Aedes aegypti.
Outros militares, em torno de 550, iniciam também, nesta sexta-feira (4), cursos de capacitação sob a supervisão da Secretaria Municipal de Saúde nas cidades do Recife, Garanhuns, Petrolina e São Bento do Una. A Operação deve durar de três a seis meses.

Força-tarefa
A Força Aérea Brasileira (FAB) também irá cooperar com o emprego de 300 homens, sendo 150 no estado de Pernambuco e 150 no Rio Grande do Norte.
Já a Marinha do Brasil terá um contingente de 630 pessoas, entre os estados de Alagoas (10), Pernambuco (420) e Rio Grande do Norte (200).
A expansão da atuação do Exército para os demais estados brasileiros também está em planejamento. Em Sergipe, Rio Grande do Norte e Alagoas, por exemplo, 650 militares serão capacitados a partir da próxima semana para atuarem no combate ao mosquito.
Em Campo Grande (MS), o Exército Brasileiro forneceu tendas para atender pacientes com suspeita de dengue, chikungunya ou zika vírus. A estrutura da Força Terrestre funciona como apoio para que o município faça os atendimentos em três pontos da capital sul-mato-grossense.

Plano Nacional
A Presidência da República convocou o Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades, para a formulação de plano nacional do combate ao vetor transmissor da zika, o mosquito Aedes aegypti.
Também estão sendo estimuladas pesquisas para o diagnóstico da doença e frentes de mobilização em regiões mais críticas.
Defesa/montedo.com