28 de fevereiro de 2017

Blog em férias!

Pessoal, estarei fora da base nos próximos dias, recarregando as baterias com a família.
As postagens serão esporádicas nesse período. Apareçam por aqui para conferir as novidades. 
O blog volta ao ritmo normal a partir de 6 de março.
Abraço a todos.

Suspenso procedimento investigativo contra diretor de presídio da Marinha. Procurador pediu privilégios para tenente preso por homicídio

Resultado de imagem para Superior tribunal militar LOGOO ministro Artur Vidigal de Oliveira, em decisão monocrática, deferiu pedido de habeas corpus, em caráter liminar, e suspendeu um Procedimento Investigatório, aberto pela Procuradoria de Justiça Militar no Rio de Janeiro, em virtude do não cumprimento de ordens por parte do diretor do presídio da Marinha.
O pedido da Procuradoria foi feito porque o diretor da unidade prisional não quis instalar um aparelho de ar condicionado na cela de um tenente reformado do Corpo de Fuzileiros Navais. O militar foi condenado a 36 anos de reclusão, por três homicídios.
O fuzileiro naval está preso no presídio da Marinha, na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, à disposição da Justiça comum.
O Procurador de Justiça Militar Antônio Antero dos Santos, atuante no 6º Ofício Geral da Procuradoria de Justiça Militar no Rio de Janeiro, determinou a instauração do Procedimento Investigatório alegando que o diretor da unidade prisional, um capitão de fragata da Marinha, teria praticado crimes de maus tratos (artigo 213), prevaricação (319) e inobservância a lei ou regulamento (324), todos os crimes tipificados no Código Penal Militar.
Os advogados do oficial impetraram habeas corpus junto ao Superior Tribunal Militar (STM), sustentando que, no início de janeiro deste ano, o representante do Ministério Público Militar encaminhou ao diretor do presidio um ofício requisitando, com urgência, e dentre outras providências, a instalação de um aparelho de ar condicionado portátil na cela do primeiro tenente reformado do Corpo de Fuzileiros Navais, num prazo de três dias.
A defesa enfatizou que o diretor do presídio informou ao procurador, por intermédio de ofício, que a cela do detento era salubre, pois tinha janelas, ventilador de teto e condicionamento térmico adequado, mas que se comprometia a instalar cortinas para bloquear a incidência solar, “o que efetivamente foi providenciado por mera liberalidade”.
Contudo, com relação à instalação do aparelho de ar condicionado, o capitão de fragata apresentou um parecer técnico, que afirmava ser impossível a providência, considerando a impossibilidade de aquela construção antiga da Ilha das Cobras suportar carga adicional, além de ser difícil o cálculo do consumo mensal de energia para que o detento efetivasse o ressarcimento aos cofres públicos.
No documento, o diretor do presídio apontou ainda que a medida feriria o Princípio da Isonomia, considerando que os demais internos não poderiam usufruir da mesma benesse.
Apesar das explicações, o representante do Ministério Público Militar encaminhou ao presídio da Marinha outro ofício e determinou, no prazo de três dias, a reforma necessária ou a substituição da rede elétrica para que o benefício fosse garantido ao detento, sob pena de responsabilização penal.
Em resposta, a direção da unidade prisional novamente informou da impossibilidade técnica para o cumprimento da requisição.
Os advogados noticiaram também que, em fevereiro de 2017, o procurador do Ministério Público instaurou um procedimento Investigatório contra o diretor do presidio, pelas supostas práticas de maus tratos, prevaricação e inobservância de lei, regulamento ou instrução.
Por isso, a defesa do capitão de corveta impetrou pedido de habeas corpus junto à Corte, pedindo a suspensão do procedimento investigatório.

Decisão no STM
Nesta quinta-feira (23), ao analisar o pedido, o ministro Artur Vidigal de Oliveira deferiu a medida liminar e determinou a suspensão do procedimento investigatório, assim como as demais requisições determinada pelo representante do Ministério Público, como a oitiva do preso e do diretor do presídio.
Para o ministro, não há indicação nos autos de qualquer atentado aos direitos básicos do detento que justifique o tratamento distinto que a ele é exigido pela autoridade do Ministério Público Militar.
“Assim, de um exame inicial dos elementos acostados aos autos, vislumbra-se, claramente, a ocorrência do alegado constrangimento que o capitão de fragata, na condição de diretor do Presídio da Marinha e mesmo após ter passado a direção da Organização Militar, está sofrendo”.
Na decisão, o magistrado também determinou que fossem solicitadas informações adicionais à juíza de direito da vara de execuções penais da comarca do Rio de Janeiro, para que aponte se foi requerido ao juízo de execução a instalação de aparelho de ar condicionado na cela ocupada pelo detento; se houve autorização para tais providências e, em caso de não ter havido solicitação, se eram do conhecimento da autoridade judiciária os fatos narrados na impetração.
Artur Vidigal mandou ainda perguntar se o juiz de execução autorizou o deslocamento do preso à sede da 6ª Procuradoria da Justiça Militar, sediada no Rio de Janeiro, ou a qualquer outro local.
Da decisão do ministro Artur Vidigal de Oliveira ainda cabe recurso ao Pleno do Superior Tribunal Militar.
STM/montedo.com

Trump promete aumento "histórico" do orçamento das Forças Armadas

Declaração ocorreu após reunião com governadores na Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta segunda-feira um aumento "histórico" no orçamento das Forças Armadas, após uma reunião com governadores na Casa Branca.
"Este orçamento é a expressão de minha promessa de manter os americanos seguros. Vai incluir um aumento histórico dos gastos de defesa", disse o presidente à imprensa.
Correio do Povo/montedo.com

26 de fevereiro de 2017

ES: grupo político de Bolsonaro esteve na 'teia' do motim, diz jornal

Rede de Bolsonaro na 'teia' do motim
Levantamento mostra que aliados do deputado do PSC participaram ativamente da divulgação do movimento de policiais no Espírito Santo
Adriana Fernandes, André Borges e Leonencio Nossa ,
BRASÍLIA - Um grupo político ligado ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) esteve na linha de frente da comunicação e da logística do motim que parou a Polícia Militar do Espírito Santo no início deste mês, segundo levantamento do Estado em conjunto com uma equipe de especialistas em redes sociais. Entre os nomes que constam desta rede de apoio estão o ex-deputado federal Capitão Assumção e o deputado federal Carlos Manato (SD-ES), aliados de Bolsonaro no Estado.
A Polícia Federal investiga a origem do movimento, que durou de 4 a 14 de fevereiro, período em que ocorreram 181 homicídios na Grande Vitória e em cidades do interior. Um relatório parcial da PF, de 17 de fevereiro, ao qual a reportagem teve acesso, cita os nomes de Assumção, de Manato e de assessores. O documento alerta para a possibilidade de falta de policiais nas ruas de Vitória durante o carnaval. A paralisação dos militares é considerada ilegal e mais de mil agentes da corporação estão sendo processados.
O Estado identificou uma intensa troca de mensagens entre pessoas ligadas ao grupo, influente na PM capixaba, corporação que agrega 10 mil homens. O levantamento coletou informações produzidas por internautas e rastreou as interações de pessoas e entidades. Para isso, teve a ajuda de uma equipe formada por mestres e doutores nas áreas de Sociologia e Comunicação Digital.
Recorde. Publicações do próprio Bolsonaro atingiram recordes de visualizações nos dez dias de paralisação. Apenas um vídeo divulgado pelo deputado no dia 6 de fevereiro, terceiro dia do motim, foi visualizado por 2 milhões de pessoas. Nele, Bolsonaro critica o governo do Estado, defende a polícia, alerta para a possibilidade de o movimento se espalhar para outros Estados e faz propaganda do nome do Capitão Assumção, que, segundo aliados, almeja voltar à Câmara em 2018.
A movimentação na internet antecede a presença massiva de familiares dos policiais na frente dos batalhões da Polícia Militar, um cenário que ganhou corpo a partir da manhã do sábado, dia 4. No dia anterior, sexta-feira, o ex-deputado Capitão Assumção, braço direito de Bolsonaro no debate de segurança pública na Câmara entre 2009 e 2011, divulgou no Facebook uma lista de reivindicações da categoria e as primeiras imagens de mulheres que faziam protesto na frente de um batalhão no município da Serra.
“Já que os militares não podem se manifestar, os familiares estão fazendo por eles”, escreveu. O post teve quase 300 mil compartilhamentos. O ex-deputado usa foto de Bolsonaro na capa da conta no Facebook. Procurado desde a terça-feira, 21, Assumção não foi localizado.
Na noite da véspera do início do motim, o empresário Walter Matias Lopes, militar desligado da polícia, alertou seus seguidores: “Amanhã a Polícia Militar vai parar. Pior Salário do Brasil”. Em seguida, convocou: “Você, admirador da Polícia Militar, está convidado para participar do movimento amanhã”. Matias é companheiro de Izabella Renata Andrade Costa, funcionária comissionada do gabinete de Carlos Manato, que é pré-candidato ao governo do Espírito Santo com o argumento de que, assim, dará palanque a Bolsonaro.
Além de também incentivar a manifestação, Izabella engrossou as fileiras em frente aos quartéis e ajudou a distribuir alimentos às mulheres, segundo publicou em sua conta no Facebook. Na manhã de sábado, divulgou vídeo de “transmissão ao vivo” do protesto.
Marido de Izabella, Matias Lopes também tem pretensões eleitorais em 2018. Quer tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ao Estado, disse que foi apenas um “espectador”. “Não sou líder nem cabeça de movimento. Nem eu nem a Izabella”, afirmou, referindo-se à sua companheira. “Estou servindo apenas de mediador de um conflito.” Logo após a conversa, Matias e Izabella limparam as mensagens publicadas no Facebook.
Questionado sobre as publicações disseminadas pelas redes sociais, o governo do Espírito Santo informou que tem procurado identificar a dimensão do uso político antes, durante e depois do motim e que fez alerta às forças federais.
Ao vivo. A reportagem procurou Bolsonaro desde terça-feira, 21, para comentar as questões relacionadas à crise no Espírito Santo e enviou perguntas ao deputado. O parlamentar, que informou que estava no Rio, não respondeu aos questionamentos e disse que só se manifestaria sobre o assunto ao vivo e desde que a conversa fosse gravada em vídeo.
O Estado de S.Paulo/montedo.com

25 de fevereiro de 2017

Previdência: Defesa confirma proposta de retorno da gratificação por tempo de serviço e Auxílio Moradia e aumento dos adicionais militar e de habilitação

Postagem original: 15/2 (14:10)
Previdência: proposta para as Forças Armadas prevê reestruturação da carreira
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Geralda Doca - O Globo
BRASÍLIA - O Ministério da Defesa confirmou que a reforma da Previdência das Forças Armadas será acompanhada de uma reestruturação da carreira militar e da remuneração, mantendo o regime diferenciado, como é atualmente. A pasta informou que os direitos adquiridos serão preservados, com regras de transição para quem ainda não completou os requisitos de passagem para a inatividade. Pela proposta que está sendo negociada com a área econômica do governo, os ajustes no regime previdenciário serão condicionados à volta de alguns direitos perdidos por esses servidores em 2001, quando foi alterada a lei que trata dos salários dos militares.
Entre os benefícios estão pagamento de auxílio-moradia para quem está na ativa; contagem do tempo de serviço para fins de gratificação; elevação do percentual de adicional militar e habilitação militar, ao permitir acumular cursos realizados com aproveitamento na própria carreira e especializações, como mestrado e doutorado. Segundo a Defesa, a proposta está em fase de finalização, dependendo de cálculos de impacto no Orçamento.
Segundo proposta do Exército, para militares com dependentes, o auxílio-moradia varia de 10% a 32% do soldo, de acordo com posto e graduação, sendo mais elevado no topo da carreira. Sem dependentes, a alíquota mínima é 5% e a máxima, de 16%. O adicional militar — que hoje está entre 13% e 28% do soldo — sobe para 20% e 50%.
“As medidas buscam manter no longo prazo a atratividade da carreira, bem como a formação de profissionais motivados e capacitados”, diz a Defesa, em nota.
Em contrapartida, a contribuição para o regime previdenciário subiria dos atuais 7,5% para 11% para todos os militares, incluindo quem hoje não recolhe, como soldados, cabos e alunos de escola de formação. O tempo da ativa também aumentaria dos atuais 30 anos para 35 anos — com a criação de postos na categoria “master” para oficiais e graduados —, assim como a idade para permanência na ativa. Atualmente, quando o militar atinge determinada idade, ele é obrigado a pedir reserva.
Embora a equipe econômica queira acabar com a paridade (reajustes salarias iguais entre ativos e inativos) e a integralidade (provento integral na reserva), os militares não abrem mão dessas duas questões. O argumento é que, mesmo na reserva, eles podem ser convocados.
— Estamos juntos na negociação, ativos e inativos. Não abrimos mão da paridade e integralidade — disse um interlocutor.
Segundo estimativas do Ministério da Defesa, a mudança na lei de remuneração dos militares realizada em 2001 gerou uma redução das despesas para a União de 23% em 15 anos. Na ocasião, a categoria perdeu alguns benefícios, como pensão vitalícia às filhas para quem ingressou a partir daquele ano, provento com salário de um posto acima na passagem para a reserva, licença especial e auxílio-moradia.
“As medidas levarão em conta o fato de que a categoria já sofreu uma grande reforma em 2001”, diz a nota da Defesa, que defende as mudanças na carreira dos militares como contrapartida às alterações na Previdência das Forças. Segundo o texto, as mudanças vão reduzir despesas da União, “convergindo com o intento da reforma da Previdência anunciada pelo governo federal”.
Técnicos da equipe econômica, no entanto, avaliam que a contrapartida dos militares não é suficiente para tornar o regime sustentável, cujo déficit ultrapassa a casa dos R$ 30 bilhões. A decisão, porém, será política, admitem. O Planalto vai esperar a tramitação da proposta de reforma da Previdência que trata dos demais trabalhadores no Congresso para enviar o projeto das Forças Armadas.
— A preocupação é que a proposta seja suavizada, como já ameaçam os parlamentares, ao passo que as Forças poderiam ficar sujeitas a regras mais duras — disse um técnico do governo.
O INSS começou o ano com déficit de R$ 10 bilhões (diferença entre receitas e pagamento de benefícios). Na comparação com janeiro de 2016, o rombo cresceu 78,3%.
EXTRA/montedo.com

Profissão: Militar. Porque vale a pena!

Motorista vibra com o trabalho da Engenharia do Exército na restauração de uma estrada no Norte do País. 
Seeeelva!!!

SC: roubo de fuzil do Exército foi armação para vender arma. Recruta cortou o próprio dedo para se aposentar, diz polícia.

Publicação original: 24/2 (22:41)
Roubo a fuzil do Exército era armação de recrutas, aponta investigação
Arma teria sido levada por soldado de folga para ser vendida, em Criciúma.
Plantonista teria admitido que cortou próprio dedo para se aposentar.
Ação ocorreu no 28º GAC, em Criciúma (Foto: Reprodução/RBS TV)
Do G1 SC
O fuzil que havia sido levado na noite de quinta-feira (23) da guarita do 28º Grupo de Artilharia de Campanha (Gac) do Exército em Criciúma, no Sul catarinense, foi recuperado nesta sexta (24) pelo próprio Exército, com apoio das polícias Civil e Militar. Segundo a investigação, tudo não passou de uma armação de dois recrutas do próprio Exército, apurou a RBS TV.
Conforme a Polícia Civil, um recruta que estava de folga entrou pelos fundos do quartel e simulou o ataque ao plantonista que estava com o fuzil. A "vítima", por sua vez, teria confessado à polícia que cortou a ponta do próprio dedo, com a intenção de se aposentar após o episódio.
A arma foi localizada no bairro Brasília. Até a publicação desta notícia, a Polícia Civil não havia informado com quem o fuzil foi encontrado, nem sobre eventuais prisões. A investigação continua, segundo a Polícia Civil.
O G1 entrou em contato com o 28º GAC e foi informado de que o caso está em andamento e que, portanto, informações não serão divulgadas por enquanto. A reportagem entrou também em contato com o comando geral do Exército em Florianópolis, mas não obteve informações sobre o caso.

Versão de espancamento
O quartel fica na rodovia Luiz Rosso, no bairro Primeira Linha, e os policiais suspeitavam que os supostos criminosos tivessem entrado no local por um mato na lateral da propriedade.
O recruta de plantão aparentava ter sido espancado e foi encaminhado ao hospital com corte nos dedos e hematomas no rosto, conforme a PM.
Segundo a PM, a guarnição trabalhou durante toda madrugada desta sexta-feira (24) nas buscas pelo autor do roubo. Reforços de várias cidades da região foram acionados para auxiliar na ocorrência.
Ainda conforme a PM, o armamento roubado era um fuzil FN Fal , automático leve, calibre 762. Também foram levadas 20 munições.
G1/montedo.com

ONU: Taurus enviou ilegalmente 8 mil armas a filho de traficante iemenita

Relatório segue processo do MPF-RS contra ex-executivos apontados como responsáveis por venda de armamento a Fares Mana'a através do Djibouti
POR LISANDRA PARAGUASSU, DA REUTERS 
BRASÍLIA - Um relatório do Painel da ONU sobre Iêmen e Somália aponta que a fabricante brasileira de armas Forjas Taurus negociou e enviou em 2015 um carregamento de 8 mil armas a um filho do iemenita Fares Mohammed Mana'a, listado como um dos maiores traficantes internacionais de armas, três meses após a organização colocar o Iêmen sob embargo.
O documento da Organização das Nações Unidas, que cita e aprofunda informações reveladas pela Reuters em setembro do ano passado, afirma que um dos indícios encontrados mostra que a empresa usada como operadora da venda, a Itkhan Trade Company, tem como CEO Adeeb Mana'a, filho de Fares Mana'a.
A venda, que tinha como destino o traficante iemenita, foi feita ao Djibouti como forma de contornar as restrições de segurança em torno de Mana'a e do Iêmen, segundo a ONU.
Em mensagens de email obtidas na investigação brasileira sobre as negociações entre a Taurus e a Itkhan, Adeeb é citado pelos ex-funcionários como o seu contato na venda, mas mostram que a empresa também tinha relação direta com Fares.
"O Painel considera que o modus operandi da transferência de armas foi designado para contornar os controles regulares de aduanas e de segurança", informa o relatório.
O Painel da ONU informa, ainda, que as licenças finais de exportação foram emitidas para a Taurus em fevereiro de 2015 --antes, portanto, do Iêmen entrar na lista de países sob sanção, em abril-- mas o carregamento só saiu do Porto de Santos, em São Paulo, em julho do mesmo ano.
"Se a Forjas Taurus tivesse tido os devidos cuidados teria identificado aspectos da compra dessas armas que eram suspeitos em relação ao embargo de armas ao Iêmen e poderia ter parado o embarque das armas", afirma o relatório, divulgado no dia 17 de fevereiro.

SEM TENTATIVA DE CONTORNAR CONTROLES, DIZ EMPRESA
Em nota enviada à Reuters, a empresa afirma que “não participou de qualquer tentativa de contornar controles de segurança” e que a transação foi totalmente documentada e seguiu todos os protocolos exigidos pelas legislações brasileiras e internacionais.
“Não havia qualquer restrição em relação a vendas para esse país. Portanto, se houve alguma tentativa de contornar controles de segurança, isto foi feito à revelia da Taurus e das autoridades brasileiras”, disse a empresa em resposta a questionamentos enviados pela Reuters.
Assim como em outra negociação de 8 mil armas em 2013, investigada no Brasil, a nova venda de armas era endereçada ao Ministério da Defesa do Djibouti, pequeno país do nordeste da África, onde, exatamente do outro lado do estreito de Bab al-Mandad, está o Iêmen.
O Painel da ONU identificou diversos sinais de que Djibouti era, como classificou o Ministério Público brasileiro, apenas um "entreposto fictício" para a venda de armas a Mana'a e sua subsequente distribuição no Iêmen e na Somália, que também está sob embargo.
Entre as inconsistências levantadas pelo Painel da ONU está o fato de a Taurus ter obtido um certificado de compra de armas do Chefe do Comando Militar do Djibouti para 80 mil pistolas. O país possui apenas 16 mil militares na ativa e 9,5 mil reservistas na suas forças de segurança.
"Esse é um número incomumente alto de armas para uma Força deste tamanho", diz o relatório.
O certificado de exportação foi emitido em nome da empresa Matrix, comandada por Abddurabuhguhqd Sale Abdo, segundo o relatório da ONU. No entanto, este é o único momento que a Matrix e seu presidente são citados em todos os documentos de venda, seja de embarque, financeiro ou legal. Todos os documentos relevantes estão em nome da Itkhan Trade e de seu CEO, Adeeb Mana'a.
O relatório aponta ainda que o endereço da Itkhan no Djibouti não existe no país e todos os dados da empresa -- telefones e emails, por exemplo, são do Iêmen.
O modo de operação da venda detectada pelo Painel da ONU repete o que foi feito na primeira venda de 8 mil armas, investigada no Brasil pela Polícia Federal e que levou à abertura de processo por tráfico internacional de armas contra os ex-executivos da Taurus --a empresa em si não foi denunciada pelo Ministério Público.
A venda de que trata o painel da ONU seria ainda um segundo carregamento, de 8 mil armas. Pelo menos um terceiro estava sendo negociado em 2015 --já com o Iêmen sob embargo-- quando o esquema foi descoberto pela Polícia Federal e a venda, interrompida.
Com a colaboração das autoridades brasileiras, o Painel da ONU teve acesso a certificados de exportação emitidos para a Taurus para venda ao Ministério da Defesa do Djibouti, tendo como intermediários a empresa ItKhan e seu representante, Adeeb Mana'a.
Questionado sobre o tipo de informação e checagem de segurança que o governo brasileiro faz antes de emitir os certificados, o Ministério da Defesa --responsável pelas licenças-- não respondeu até a publicação desta reportagem.
O painel também detalhou pagamentos feitos à Taurus pela Itkhan entre os dias 18 de novembro e 3 de dezembro de 2013 por meio de uma conta bancária em Nova York. Foram três transferências totalizando 543.860 dólares --cerca de 1,7 milhão de reais em valores atuais.
Também estão registradas três faturas emitidas pela Taurus em 23 de dezembro de 2013 para o Ministério da Defesa do Djibouti, em um total de 806.896,85 dólares --cerca de 2,5 milhões de reais em valores atuais.
A empresa justifica que obteve as autorizações necessárias e seguiu os protocolos exigidos, e alega que “não tinha elementos que a permitissem suspeitar dos compradores” e suspendeu imediatamente as negociações ao saber das suspeitas sobre a Itkan e a família Mana’a.
“A companhia, portanto, não pode ser responsabilizada por intenções que ela desconhecia absolutamente”, disse a empresa em nota enviada à Reuters.
A Taurus disse ainda desconhecer as razões da Itkhan ter feito a intermediação da venda de armas ao governo do Djibouti, mas que essa é a razão da empresa e seus controladores constarem dos registros da Taurus, e que prestou esclarecimentos sobre isso às autoridades brasileiras.
A venda de que trata especificamente o Painel da ONU não chegou ao destino final. Desconfiado de que as armas não eram realmente destinadas ao Djibouti, o governo da Arábia Saudita apreendeu o carregamento em novembro de 2015, quando a carga passava pelo país.
As armas vendidas pela Taurus a Fares e Adeeb Mana'a, de acordo com as conclusões do Painel, não são de uso militar. O Painel da ONU conclui, portanto, que a intenção não era que fossem usadas na guerra civil do Iêmen pelos rebeldes houthis, aliados do ex-presidente Ali Abdullah Saleh e de quem Fares Mana'a é extremamente próximo, tendo sido um de seus governadores, por não serem armas de combate. A intenção, aponta, seria vender as armas no mercado negro da região.
"O envolvimento de Fares Mohammed Hassan Mana'a e sua conhecida relação com os houthis torna possível que os aspectos financeiros da transação tenham sido feitos em benefício de indivíduos listados pelas Nações Unidas", diz o relatório, indicando que as investigações continuarão.
O Globo/montedo.com

O maior General dos Estados Unidos

O MAIOR GENERAL DOS ESTADOS UNIDOS
Robinson Farinazzo
“Robert Lee chegou o mais perto possível de ser uma divindade viva… e quando ele morreu, o ar serenou.” (Richard Dreyfuss, vencedor do Oscar, Golden Globe e BAFTA)
Nas cercanias de Washington, às margens do Rio Potomac, há um aprazível conjunto de colinas, onde estão enterradas algumas das pessoas mais icônicas da História dos Estados Unidos: o Cemitério Nacional de Arlington, Virgínia. Lá estão os astronautas da nave Challenger, o general Omar Bradley, o cientista Albert Sabin, o Senador Robert Kennedy e seu irmão, o Presidente John Fitzgerald Kennedy, acompanhados por milhares de soldados mortos em todas as guerras dos EUA. Isto, muita gente sabe.
Mas, o que nem todo mundo tem conhecimento é que este local sagrado era uma fazenda que foi confiscada pela União do tático mais brilhante de toda a História dos Estados Unidos, o general Confederado (sulista) Robert Edward Lee durante a Guerra da Secessão (1861-65). E, por suprema ironia da história – e há muitas na vida deste homem – seu antigo proprietário não está enterrado ali. Agora vamos saber porquê.

O Cemitério Nacional Arlington
Nascido em 1807, era filho de um também herói de guerra, o General Henry Lee III. O pai faleceu antes de Lee ingressar na Academia Militar de West Point, em 1825. Aí, já começa o primeiro paradoxo do futuro General Robert E. Lee: ele não se formou infante, ou artilheiro, nem foi da arma de Cavalaria. Lee graduou-se em Engenharia Militar, especializando-se em construir fortificações e fazer levantamentos topográficos para obras civis e militares. Ou seja, o futuro líder militar mais ágil, rápido e ofensivo da Guerra da Secessão Americana era um homem que aprendera a combater de posições fixas no início de sua carreira!
Em 1861, a América estava dividida: de um lado, a industrializada União – o governo do Presidente Abraham Lincoln – o qual desejava abolir a escravidão, contrapondo-se aos Estados Confederados do Sul, todos agrícolas e dependentes da mão de obra escrava, os quais decidiram se separar da União. A guerra era inevitável.
Quando as hostilidades entre Norte e Sul eclodiram ainda naquele ano, Lee, (que não desejava a guerra), acabou sendo movido pela lealdade ao seu estado natal, a Confederada Virginia. Pediu, então, demissão do exército nortista e voltou ao seu torrão, onde recebeu um comando militar. Há que se fazer um parênteses neste ponto de nossa narrativa: Lee provavelmente tinha lá suas reservas sobre a moralidade da escravidão, mas elas foram definitivamente abafadas por suas raízes sulistas.
De início, suas funções no exército confederado foram puramente defensivas, mas a partir da Segunda Batalha de Manassas (ou Bull Run, 28 de agosto de 1862), ele, em flagrante inferioridade numérica contra o Exército da União, (tinha 49.000 soldados contra 76.000 do inimigo) derrotou seu oponente infligindo 16.000 baixas ao Norte (contra apenas 9.000 sulistas).
Daí em diante, este seria o “modus operandi” de suas operações, atacar em inferioridade numérica, obtendo a vitória através de brilhantes movimentos táticos que tiravam o melhor aproveitamento possível do terreno. Ele sabia envolver o oponente, manobrava seu exército com maestria e conseguia extrair o máximo rendimento de seus homens no campo de batalha. Uma verdadeira raposa, das 13 grandes batalhas que travou nos quatro anos que durou a Guerra da Secessão, ele venceu 6, perdeu 5 e empatou duas.
Os segredos do seu sucesso? São vários, mas vamos tentar enumerar apenas três deles aqui, pois servem de ensinamento até os dias de hoje, e transcendem para áreas do conhecimento muito além da pura arte da guerra:

1- Inobstante seu caráter tímido, Lee era um líder brilhante, que inspirava seu pessoal. Dizem que ele conseguiria transformar em soldado qualquer pessoa que tivesse braços e pernas!
2- Lee possuía muita experiência. Seus anos como oficial júnior foram de grande aprendizado construindo fortificações por todo o interior dos Estados Unidos e mais tarde, como oficial superior, adquiriu expertise combatendo na guerra contra o México (1846-48);
3- Ele teve sob seu comando alguns dos melhores generais da Guerra Civil, tais como P.G.T. Beauregard, Stonewall Jackson e J.E.B. Stuart, todos homens brilhantes que ajudaram a transformar seus planos e decisões em realizações práticas no campo de batalha .

Mas, a excelência tática de Lee não bastou para conduzir o Sul Confederado à vitória final. O poderio industrial da União, aliado às suas facilidades de comunicação e logística e amparados por um eficiente bloqueio naval, acabaram por fazer valer o peso dos números e levar os sulistas à rendição em Appomattox, em 09 de abril de 1865.
Lee foi um grande general (provavelmente, o maior que os EUA já tiveram), mas estava do lado errado da História. A causa do Sul estava perdida antes de começar, pois a liderança política confederada não conseguira perceber a desumanidade e a ignomínia que haviam na escravidão, e que era chegado o tempo de extingui-la. Causa que custou as vidas de mais de 700.000 americanos, mortos por seus próprios conterrâneos.

Lee e Traveller
Após o conflito, Lee (que perdeu seus direitos políticos, mas foi anistiado) tornou-se um ícone da reintegração do Sul e da reconciliação nacional, colaborando positivamente com a pacificação e reunificação dos Estados Unidos até sua morte, em 1870.
Seu leal cavalo Traveller, que o acompanhou por boa parte da guerra, morreu pouco tempo depois. Ambos foram enterrados na sulista Virgínia, não muito distante de Arlington.

Assista ao vídeo da festa em Santa Barbara D’Oeste que comemora os 150 anos da chegada de americanos sulistas ao Brasil:

Robinson Farinazzo/montedo.com

Ministério Público descobre a 'Química' e denuncia seis militares do Exército em MG

MPF/MG ajuíza ações de improbidade contra militares do Exército e empresários de Juiz de Fora

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou seis ações de improbidade contra cinco militares da ativa e um da reserva, que, à época dos fatos, integravam o 10º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro, em Juiz de Fora. Também são réus nas ações cinco empresários da cidade e sete pessoas jurídicas. Os nomes das empresas e dos envolvidos, bem como os cargos ocupados pelos militares, não foram divulgados pelo MPF. Em todos os casos, o Ministério Público narra irregularidades praticadas em contratos celebrados pelo 10º Batalhão de Infantaria, no âmbito dos quais “os agentes públicos proporcionaram enriquecimento ilícito às pessoas jurídicas em questão, mediante a realização de pagamentos indevidos por serviços e bens que, na verdade, não foram prestados ou fornecidos à Administração”. Conforme o MPF, os militares atestavam falsamente a execução dos objetos contratados, recebiam notas fiscais fictícias e autorizavam a realização dos pagamentos
indevidos.
Entre as supostas irregularidades estão pagamentos superfaturados, repetição de serviços idênticos em curtíssimo espaço de tempo e até pagamento por manutenções em equipamentos inexistentes na unidade do Exército. Alguns serviços ainda foram pagos em valores não amparados em pesquisa de mercado e a emissão da nota fiscal. Outros, ocorreram antes da conclusão do serviço, o que é proibido por lei.
Em nota, o comando da 4ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha), informou que “durante as investigações, o 10º Batalhão de Infantaria colaborou mediante a apresentação de todas as informações solicitadas pela Justiça, visando a celeridade das apurações. Este Comando apoia
a apuração minuciosa dos fatos, bem como todas as ações que visem o combate à corrupção. A 4ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha) reafirma seu compromisso com a lisura de seus processos administrativos e a busca constante pela conduta ilibada de seus integrantes.”
De acordo com o MPF, os fatos ocorreram entre os anos de 2010 e 2013, quando o órgão recebeu uma representação noticiando a prática de “química” naquela unidade do Exército Brasileiro. A expressão “química”, no jargão militar, refere­se a fraudes em compras públicas, com emissão de empenhos para aquisições fictícias ou fornecimento de uma mercadoria por outra ou até mesmo desvio de dinheiro público. Esse tipo de fraude é praticada sobretudo em relação a serviços e compra de materiais de consumo que não são incorporados formalmente por meio do registro de patrimônio, dificultando sua apuração. Outra característica da “química” é que, como os bens na verdade não são entregues, os preços são praticados em valores muito abaixo dos de mercado, de forma a garantir a vitória sempre do mesmo grupo nas licitações.
De acordo com o MPF, a prática é tão grave, que pode envolver, conforme o caso, com variações, até quatro crimes: fraude em licitação, falsidade ideológica (uma vez que a prática de “química” pressupõe a inserção de declarações falsas, divorciadas da realidade, em notas de empenho, notas fiscais e documentos de atestação de despesas), dispensa indevida de licitação e apropriação do dinheiro por agentes públicos ou o seu desvio em proveito próprio ou alheio.
As seis ações foram propostas no ano passado, e, mais recentemente, promoveu­se a indisponibilidade de bens dos acusados. Conforme o MPF, durante as investigações, o Exército colaborou mediante a apresentação das informações solicitadas. Em caso de futura condenação, os réus estarão sujeitos às sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92), entre elas, perda da função ou cargo público, pagamento de multa civil, suspensão dos direitos políticos, ressarcimento ao erário e proibição de contratar com o Poder Público e de receber incentivos fiscais ou creditícios de instituições públicas.
TRIBUNA DE MINAS/montedo.com

24 de fevereiro de 2017

Raul Jungmann irrita caserna por usar a tropa para tapar buracos na segurança pública dos estados

Decisões de Jungmann causam desconforto na caserna
Caserna está irritada por ter que fazer papel de polícia nos estados
Por Gabriel Mascarenhas 
Uma enorme parcela do alto comando militar, sobretudo do Exército, não quer nem ouvir falar em Raul Jungmann. A caserna não se conforma com o fato de o ministro da Defesa, vira e mexer, entregar as tropas para tapar buracos de segurança pública nos estados, o que não é atribuição das forças armadas.
Radar Online (Veja)/montedo.com

Quartel é invadido, sentinela foi agredido e um fuzil foi roubado em SC. Exército nas ruas à procura da arma



Criciúma - SC - Militares do Exército Brasileiro estão nas ruas de Criciúma buscando o fuzil que foi roubado na noite de ontem. A ação está envolvendo 50 homens do Exército e 20 da Polícia Militar, onde uma operação está acontecendo na região do bairro Paraíso. Soldados foram chamados durante a madrugada para ajudar na busca.
O fuzil modelo imbel 762 foi roubado na noite de ontem enquanto um soldado estava fazendo vigilância no 28º GAC. Ele estava fazendo ronda quando sentiu uma pancada na cabeça e caiu no chão, recebendo chutes e socos. Ele teve a ponta do dedo indicador direito amputado e lesões no rosto e no cotovelo.
dnsul.com/montedo.com


"Como atrair e reter bons profissionais imputando-lhes apenas sacrifícios?" pergunta o Comandante da Marinha

Sem privilégios - Há muito as Forças Armadas contribuem para o equilíbrio do Orçamento

Eduardo Bacellar LEAL FERREIRA*
O que esperar dos militares de uma nação com um extenso litoral, diversas bacias hidrográficas e vasta área oceânica, de onde extrai importantes riquezas e por onde realiza quase a totalidade de suas trocas comerciais?
A sociedade atribui às Forças Armadas a missão de defesa da pátria, de garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem, com a responsabilidade de se interpor a ameaças externas e de servir como baluarte da democracia, das liberdades individuais e como o último recurso para a preservação da ordem pública.
Para cumprirmos essa abrangente missão, precisamos estar presentes nos quatro cantos do Brasil e na sua ampla área marítima, com pessoal motivado, adestrado e disposto a abdicar de direitos, normalmente, assegurados aos demais cidadãos.
No que tange à Marinha, marinheiros e fuzileiros dedicam-se diuturnamente à defesa da pátria, à patrulha da fronteira marítima, às missões de paz e de ajuda humanitária, ao apoio às pesquisas na Antártica e à garantia da lei e da ordem. Atividades duradouras, que requerem frequentes afastamentos do lar, impõem riscos à vida e extenuantes cargas de trabalho, sem direito a horas extras, adicional noturno ou gratificações por periculosidade.
Dedicação exclusiva, disponibilidade 24 horas e mobilidade geográfica geram restrições à família militar, como mudanças recorrentes de residência para locais, por vezes, inóspitos e sem infraestrutura, com impacto no emprego do cônjuge e na educação dos filhos.
Contudo, em detrimento das especificidades da atividade militar, alguns defendem a inclusão das Forças Armadas nos regimes da Previdência, sob a tese simplista de que o pagamento dos inativos e pensionistas contribui para o seu déficit.
As Forças Armadas não possuem previdência, e sim um Sistema de Proteção Social que visa a assegurar dignidade aos militares e dependentes, em razão das peculiaridades da profissão. Sua preservação não é para conceder “privilégios”, mas sim atender à necessidade de amparo da família por uma mínima estrutura social e legal. Como atrair e reter bons profissionais imputando-lhes apenas sacrifícios?
Há muito contribuímos para o equilíbrio do Orçamento. As despesas com inativos e pensionistas caíram de 0,71% do PIB em 2003, para 0,53% em 2015, com tendência decrescente. A MP 2.215- 10/2001 extinguiu direitos, alguns deles disponíveis para outras carreiras, como auxílio-moradia. Contribuímos para a pensão dos dependentes por toda a vida, em média por 60 anos. Sem a possibilidade de sindicalização ou direito à greve, nossos salários sofreram contínuas defasagens, a despeito das grandes responsabilidades a nós atribuídas.
Apesar dos mares bravios que ora enfrentamos, a exemplo dos soldados e aviadores, marinheiros e fuzileiros navais seguirão vigilantes no mar e águas interiores, participando das mais variadas missões no país e no exterior, esperando, assim, superar as expectativas da população brasileira na defesa dos interesses da nação, se preciso for com o sacrifício da própria vida.
*Almirante-de-Esquadra e comandante da Marinha
Ricardo Noblat (O Globo), via Marinha/montedo.com

23 de fevereiro de 2017

Produzido de graça pela FGV, estudo defende proteção do sistema de aposentadoria militar em Orçamento

A pedido do ministro da Defesa, Raul Jungmann, a Fundação Getúlio Vargas produziu um estudo sobre a discussão de incluir ou não as Forças Armadas na reforma da previdência. A análise foi realizada sem custos para a Pasta, apesar de ter sido assinada pelo próprio presidente da entidade, Carlos Ivan Simonsen Leal, juntamente com outros três professores. A conclusão central do grupo é que os militares não devem ser incluídos na PEC.
O Ministério da Defesa se limitou a dizer ao Contas Abertas que o estudo não teve custo nenhum. A Pasta não respondeu quanto tempo foi necessário para a produção do estudo de apenas 18 p e também no que a produção seria utilizada. O próprio estudo explica que o ministro da Defesa buscava uma visão neutra sobre o tema, “dada a relevância de curto e longo prazo”.
“É opinião deste grupo de trabalho ser inconsequente tomar qualquer ação que possa afetar o delicado equilíbrio em que a nação ora se encontra, havendo fortes indicações contrárias à proposta de fusão do Sistema de Proteção Social Militar com a Previdência”, diz a conclusão do estudo.
A análise da FGV destaca que o “espírito e dedicação excepcionais” das Forças Armadas, que mesmo com restrições orçamentárias, não diminuíram as possibilidades operacionais do setor. Dessa forma, incluir os militares na reforma da previdência seria “injustificável” e “ilógico”, atingindo o Estado no cerne.
“A forte convicção de que quaisquer deliberações sobre as novas regras às quais deveriam ser submetidos os militares, tomadas apenas com o viés de curto prazo de se reduzir gastos a qualquer custo, ignorando todo os seu impacto sobre a organização das Forças Armadas, não é sensata. Ela é perigosa”, aponta o estudo.
O estudo não expõe, em nenhum momento o déficit da previdência social. Apesar disso, os militares respondem por quase metade do déficit da previdência da União. Cálculos feitos pelo ex-secretário da previdência e consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados Leonardo Rolim mostram que, em 2015, o déficit dos militares era de R$ 32,5 bilhões, ou 44,8% do rombo de R$ 72,5 bilhões da previdência da União, enquanto o déficit dos civis era de R$ 40 bilhões. O número de militares no país — na ativa, na reserva e já reformados — é de 662 mil ou 43% do total de 1,536 milhão de servidores.
Pelas projeções, o déficit dos militares aumentará lentamente ao longo das próximas décadas, até 2090, enquanto o dos civis crescerá fortemente nos próximos anos mas, a partir de 2040, começará a cair. O desempenho é reflexo das mudanças que já foram feitas nas regras de aposentadorias para servidores civis: aqueles que entraram depois de 2003 não se aposentam mais com 100% do salário final — mas com 80% da média dos últimos dez anos — e os servidores também têm idade mínima de aposentadoria, de 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens).
Já os militares viram acabar a pensão para as filhas solteiras — no caso dos que ingressaram na carreira após 2001 — mas não têm idade mínima de aposentadoria e vão para a reserva com 30 anos de contribuição. Além disso, a contribuição previdenciária dos militares é de apenas 7,5% do salário bruto, contra 11% dos civis.
"Os militares se aposentam pelo salário final e, em alguns casos, ainda ganham uma patente quando vão para a reserva. Com isso, o inativo militar ganha muito mais do que aquele na ativa. Isso torna a previdência dos militares uma bomba", afirma Leonardo Rolim ao jornal O Globo.
Há várias questões em jogo: a necessidade de preparo físico é uma explicação, na visão dos militares, para não concordarem com a exigência de uma idade mínima. Outro aspecto é o salário menor que o de outras carreiras públicas. E os números comprovam isso: a média é de R$ 6.056, enquanto no Executivo é de R$ 8.401; no Legislativo, de R$ 18.991; e no Judiciário, de R$ 19.101.
Até o momento, os militares estão intocáveis pela proposta de reforma na Previdência divulgada em dezembro pelo presidente Michel Temer. No entanto, os militares começam a se preocupar com a possibilidade de terem que se submeter a algumas das regras que começarão a ser votadas pelo Congresso Nacional este mês. Entre elas, a idade mínima de 65 anos para aposentadoria e benefício máximo de R$ 5.578. Em informe divulgado na última terça-feira, os militares, que costumam ser discretos quando o assunto é Previdência, deixaram clara a necessidade de discutir essa diferenciação com a sociedade.
“Nossa maior preocupação é inserir a discussão na sociedade sobre a importância das Forças Armadas e como funciona o sistema”, explicou o general Otávio Santana do Rêgo Barros, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército. Segundo o informe, assinado por ele, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e as Forças Armadas montaram grupos de trabalho com o objetivo de defender a necessidade de haver um regime separado do dos civis. A ideia é usar estudos técnicos sobre o assunto para esclarecer as peculiaridades da atividade, “inclusive com a interlocução com vários órgãos públicos”, disse Rêgo Barros.
Conta Abertas/montedo.com

Cuidar de presídios não é função do Exército, diz jornalista

Por Jovem Pan



Governo Federal prorroga a atuação do exército nas penitenciárias do Rio Grande do Norte. 
A Força-Tarefa que tenta controlar a crise no sistema prisional vai ficar no estado por mais 30 dias.

Marco Antonio Villa comenta: Isso não é função do Exército. Exército não é para cuidar de penitenciária. Temos 17 mil km de fronteiras. O País com a 3ª maior fronteira do mundo, por onde passam armas, contrabando, etc.
Controlar presídio é papel ou das polícias militares estaduais ou da força nacional.
Se as autoridades não conseguem manter a lei e a ordem, intervenção federal e acabou.

22 de fevereiro de 2017

Michel Temer, o Bastão de Comando e uma lição da história recente

O Noticiário do Exército informa que nesta terça-feira (21) o Presidente Michel Temer esteve no QG do Exército, mais conhecido como Forte Apache,  prestigiando a 310ª edição da Reunião do Alto-Comando do Exército Brasileiro. Temer estava acompanhado dos ministro da Defesa, Raul Jungmann e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Etchegoyen, além do comandante da Marinha, almirante Bacellar.
Ele recebeu, das mãos do comandante do Exército, general Villas Bôas, um bastão de comando, simbolizando o comando supremo das Forças Armadas, atribuição constitucional do Presidente da República.
“Ao receber esse bastão de comando, eu tenho uma responsabilidade maior. Ao dizer ‘muito obrigado’ aos senhores, digo no sentido literal. Com essa simbologia que me foi entregue, eu me sinto mais obrigado a cumprir, adequadamente, as minhas funções, como o fazem permanentemente as Forças Armadas do País”, declarou Temer.

O Bastão de Comando
Artefato confeccionado em pau-brasil, é um dos símbolos perenes do posto de Oficial-General juntamente com a Espada e a Carta-Patente de Oficial-General. É um símbolo de autoridade e insígnia de comando que vem de tempos remotos – tinham-no os reis, assim como os grandes capitães. Em campanha, as batalhas só se iniciavam quando o monarca ou o general-em-chefe fazia o sinal com o bastão. No Exército, é de posse exclusiva dos generais da ativa e seu uso é obrigatório para aqueles que estejam em função de comando.
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Vivendo e aprendendo...
Confesso que pela primeira vez tomei conhecimento de uma homenagem desse tipo, importantíssima, face ao simbolismo que encerra. E - claro! - fui ao Google pesquisar. Vejam só o que encontrei:

Esta imagem foi registrada em novembro de 2011, na sede do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS). O senhor que recebe o Bastão de Comando das mãos do general de Exército João Francisco Ferreira é, nada mais, nada menos, que Norberto Odebrecht. Nestes tempos de Lava-Jato, é um nome que dispensa apresentações.


Resultado de imagem para a flecha lançada a palavra pronunciada e a oportunidade perdidaA flecha lançada, a palavra pronunciada, a oportunidade perdida..

Sobre o homenageado, disse na ocasião o general Ferreira: 
“Quero manifestar ao estimado amigo o meu reconhecimento e admiração pela excepcional obra de relevante alcance social conduzida pela Fundação Odebrecht no Baixo Sul da Bahia. Agradeço a Dr. Norberto pelas lições que me transmitiu e reconheço, em sua pessoa, uma destacada personalidade, que reúne as qualidades de um verdadeiro comandante e líder”.

Oremos...
Para que os homens aprendam com a História.

21 de fevereiro de 2017

O leitor do blog já sabia: governo acena com melhorias nos vencimentos para mexer na previdência dos militares

Publicação original: 21/2 (07:45) - Edição: 11h
Matéria da jornalista Geralda Doca, em O Globo, traz à tona um assunto que é do conhecimento dos leitores do Blog desde o ano passado. Em 1º de dezembro último, vocês leram sobre isso aqui: Proposta das Forças Armadas aumenta percentual de auxílio moradia e adicionais pagos aos militares

Resultado de imagem para forças armadasToma lá...
O governo - diz a matéria - avalia melhorar os salários das Forças Armadas em troca de mudanças no regime de aposentadoria dos militares. Em estudo estão a concessão de auxílio-moradia para quem está na ativa e não mora em PNR e o reajuste dos adicionais incidentes sobre os soldos. As medidas são parte de um plano de reestruturação salarial e seriam implementadas gradualmente.

Dá cá...
- Militares e pensionistas passariam a contribuir com 11%, igualando a alíquota dos servidores civis.
- Cabos, soldados e alunos de escolas de formação passariam a contribuir para a Pensão Militar.
- O tempo na ativa subiria dos atuais 30 anos para 35 anos, com regras de transição para não prejudicar quem está mais perto da reserva.

Volta do adicional de tempo de serviço?
Se confirmada, a grande novidade em relação a nossa postagem de dezembro está na possibilidade do retorno do Adicional de Tempo de Serviço, nos moldes vigentes até dezembro de 2000, quando foi editada a MP do Mal. 

Fim da paridade entre Ativa e Reserva?
As mudanças não são suficientes para reduzir o déficit do regime de previdência dos militares, que ultrapassa R$ 30 bilhões. Segundo O Globo, fontes do Governo defendem  medidas mais duras, entre elas o fim da paridade (de reajuste salarial entre ativos e inativos) e do provento integral.

'Não tá morto quem peleia'
A resistência dos militares continua forte, segundo a reportagem. Os argumentos são os mesmos esgrimidos pelos canais oficiais das Forças Armadas: disponibilidade permanente; proibição de greves; ausência do FGTS; entre outros. Pesam em favor dos militares o alto índice de credibilidade junto à sociedade civil e a recente atuação nos presídios e nas paralisações de policiais militares pelo Brasil.

Mudanças na carreira
Como o blog também já noticiou diversas vezes, trabalha-se com a ampliação do limite de idade nos postos e graduações e criação de novos postos. Em 28 de dezembro, noticiamos aqui que o Exército trabalha com a projeção 38 anos de carreira e prevê para os sargentos o acesso ao posto de major. Por sua vez, em outubro do ano passado, o comandante da Aeronáutica já informava ao jornal Zero Hora que a reestruturação da Força prevê a redução de unidades e o aumento de militares temporários, com a consequente diminuição do efetivo do pessoal de carreira.

Cota de sacrifício
Mesmo não havendo margem no Orçamento para novas despesas, o governo estaria disposto a negociar alterações na carreira, melhorando os vencimentos, em troca das mudanças no regime de aposentadoria da categoria.
— Vai depender da contrapartida, da cota de sacrifício que os militares estão dispostos a fazer para contribuir com a reforma da Previdência como um todo — disse ao GLOBO uma fonte graduada.
Com informações de O Globo.

Leia mais sobre carreira dos graduados

Manaus: homem invade batalhão do Exército e é morto após lutar com soldado

Homem invade área do exército e é morto após lutar com militar em Manaus, diz CMA
CMA informou que homem invadiu área 'completamente sem roupas e desprovido de qualquer tipo de identificação, e travou luta corporal com militar desarmado'
Da Redação / portal@d24am.com
Manaus - Um homem, ainda não identificado, invadiu área de mata do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), na zona oeste da capital, na manhã desta terça-feira (21) e morreu após travar luta corporal com um soldado militar, segundo informações do Comando Militar da Amazônia (CMA).
Em nota, o CMA informou que o caso ocorreu por volta de 10h30 desta terça e o homem invadiu a área "completamente sem roupas e desprovido de qualquer tipo de identificação".
Após invadir, o homem lutou com um militar desarmado que passava pelo local e morreu durante a briga. O CMA anunciou que instaurou procedimento investigativo juntamente com a Polícia Civil, para investigar o caso.
A reportagem foi ao local, mas não foi autorizada a entrar na área. Ainda segundo a nota, o CMA lamentou o caso.
"O Comando Militar da Amazônia se compadece e lamenta o acontecido e corrobora que está envidando todos os esforços para que o fato seja esclarecido".
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Manaus.
D24am/montedo.com

MP destina R$ 100 milhões para atuação das Forças Armadas em presídios e Estados

O crédito extra resultou do cancelamento de recurso da reserva de contingência
O presidente Michel Temer editou a Medida Provisória 769 para abrir crédito extraordinário de R$ 100 milhões em favor do Ministério da Defesa. O recurso será destinado ao apoio logístico para emprego das Forças Armadas no Sistema Penitenciário Brasileiro e no reforço da Segurança Pública nos Estados.
O crédito extra para a pasta da Defesa resulta de cancelamento de recurso de mesmo valor da programação orçamentária da reserva de contingência financeira e fiscal.
A Medida Provisória 769 está publicada na edição desta terça-feira, dia 21, do Diário Oficial da União (DOU).
ÉPOCANEGÓCIOS/montedo.com

A pedido do pai: filho do ministro da Defesa perde o cargo um dia após nomeação

Filho de ministro da Defesa perde cargo um dia após nomeação vir a público

Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília
Após publicação de reportagem no UOL que divulgava a nomeação de um dos filhos do ministro da Defesa, Raul Jungmann, para um cargo comissionado no MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), o "DOU" (Diário Oficial da União) trouxe na edição desta terça-feira (21) a anulação dessa portaria.
A publicação não traz o nome do filho do ministro e diz apenas que "o ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, no uso da competência que lhe foi delegada, resolve: tornar sem efeito a Portaria MCTIC Nº 824, de 15 de fevereiro de 2017, publicada no Diário Oficial da União nº 36, Seção 2, página 6, de 20 de fevereiro de 2017".
Bruno Costa Jungmann não havia ainda assumido o posto de assessor da Secretaria Executiva do MCTIC, pasta comandada por Gilberto Kassab. Ele receberia um salário de R$ 9.400 por mês.
Inicialmente, o Ministério da Defesa afirmou não ver problemas na nomeação de Bruno Jungmann. Após a publicação da reportagem, porém, a assessoria do ministro entrou em contato com UOL e informou que Jungmann pediu a Gilberto Kassab que anulasse a nomeação do filho.
"O ministro sustenta que não encontrou nenhuma irregularidade na nomeação de seu filho, mas, para evitar a exposição de sua família, ele pediu ao ministro Gilberto Kassab para anular a nomeação", disse a assessoria de Raul Jungmann.

Entenda o caso
O decreto que proíbe a prática de nepotismo (contratação de familiares) na administração pública proíbe a contratação de cônjuges e familiares com até terceiro grau de parentesco. Entretanto, o decreto não faz menção a casos como o de Bruno Jungmann, que acabou sendo nomeado mesmo sem ter ligação com o serviço público para um cargo em um ministério que não o comandado por seu pai.
Bruno Costa Jungmann é administrador e não é funcionário público de carreira. Segundo seu perfil em uma rede social corporativa, ele tem MBA em Marketing pela FGV-RJ (Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro) e trabalhou em multinacionais como a IBM e Brown Forman, empresa especializada no mercado de bebidas como vinhos.
Questionado sobre o assunto antes da publicação da reportagem, o Ministério da Defesa disse que a nomeação de Bruno Jungmann foi feita a convite de Gilberto Kassab. Questionado sobre se o ministro da Defesa considerava razoável a nomeação de seu filho para um cargo em outro ministério, a assessoria do órgão respondeu afirmando que a nomeação não teria "nenhuma relação ou infringência relacionada a nepotismo".
Indagado sobre qual seria o posicionamento oficial do Ministério da Defesa sobre o caso, Jungmann, por meio de sua assessoria, se esquivou. "O MD (Ministério da Defesa) não se posiciona por se tratar de assunto referente a outro ministério", disse o órgão por e-mail. Questionado sobre se Raul Jungmann havia interferido junto a Kassab para garantir a nomeação do filho, o órgão voltou a se esquivar. "Como já dito, o convite partiu do sr. Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações", disse o órgão.
O MCTIC afirmou, por meio de nota, que a nomeação de Bruno Jungmann "ocorreu devido à sua excelente formação e a convicção de ele estar muito bem preparado para o cargo ao qual foi nomeado". No mesmo texto, o ministério diz ainda que "irá analisar as implicações legais desse ato com relação às normas de nepotismo na administração pública federal e, se forem constatadas quaisquer infrações às legislações vigentes, a portaria de nomeação pode se tornada sem efeito, uma vez que o nomeado ainda não tomou posse".
Para o fundador da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, a nomeação de Bruno Jungmann pode até não ser irregular, mas envia uma mensagem ruim sobre como o governo lida com conflitos de interesse. "É como dizem: não basta ser honesto. Tem que parecer honesto. Esse tipo e nomeação vai lançar sempre uma dúvida sobre o que foi que levou esse rapaz ao cargo. Acho que ministros de Estado deveriam evitar esse tipo de situação", afirma.
Esta não é a primeira vez que o MCTIC acomoda aliados do governo. Em agosto de 2016, o ex-secretário de Fazenda do Maranhão Cláudio José Trinchão (PSD) foi nomeado para um cargo comissionado no ministério. Aliado da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), Trinchão é acusado pelo MP-MA (Ministério Público do Maranhão) de ter participado de um esquema de concessão de isenções fiscais no valor de R$ 410 milhões. À época, Kassab disse que a nomeação de Trinchão se deu por sua "comprovada experiência em administração pública".
UOO/montedo.com

Morre coronel da reserva do Exército baleado em assalto no RS

Porto Alegre (RS) - O coronel da reserva do Exército Léo Edson Schwalb, de 67 anos, baleado ontem à tarde durante assalto na zona leste da capital gaúcha, faleceu nesta madrugada, no Hospital de Pronto Socorro.
Na tarde de ontem (20) o militar estava em uma oficina na Rua Padre Caldas, no bairro Partenon, quando foi abordado por quatro homens que desceram de um Fiesta branco. Pelo menos dois deles estavam armados com um pistola e um revólver. "Eles pediram o veículo e o coronel da reserva levantou os braços, mas mesmo assim, deram dois disparos", observou o comandante do 19º BPM. Os tiros atingiram a cabeça e o abdômen de Schwalb.
O coronel era da Arma de Cavalaria e passou para a reserva em setembro de 2001.

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Caminhonete de coronel baleado em assalto é encontrada em Porto Alegre

Veículo estava estacionado na Rua Bom Princípio, bairro Jardim Carvalho
Marcelo Kervalt
A caminhonete do coronel da reserva do Exército roubada na tarde desta segunda-feira foi encontrada pela Brigada Militar estacionada na Rua Bom Princípio, no bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre, por volta das 21 horas. Durante o roubo, o militar, de 67 anos, mesmo sem esboçar reação, foi baleado na cabeça e na barriga depois de se render e entregar a chave do veículo.

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A vítima estava em uma oficina da Rua Padre Caldas esperando o conserto da caminhonete quando quatro pessoas em um Fiesta cinza se aproximaram. Após a ação, o grupo fugiu em direção à Avenida Ipiranga.
O coronel foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) onde passa por cirurgias. Seu estado de saúde é grave.
ZERO HORA/montedo.com

20 de fevereiro de 2017

R$ 9,4 mil por mês: filho de ministro da Defesa ganha cargo comissionado em ministério de Kassab

Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília 
Um dos filhos do ministro da Defesa, Raul Jungmann, foi nomeado nesta segunda-feira (20) para um cargo comissionado no MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações). A nomeação foi publicada no DOU (Diário Oficial da União).
Bruno Costa Jungmann foi nomeado para o cargo de assessor da Secretaria Executiva do MCTIC, pasta comandada por Gilberto Kassab, e vai receber um salário de R$ 9,4 mil por mês.
Inicialmente, o Ministério da Defesa afirmou não ver problemas na nomeação de Bruno Jungmann. Após a publicação da reportagem, porém, a assessoria do ministro entrou em contato com UOL e informou que Jungmann pediu a Gilberto Kassab que anulasse a nomeação do filho.
"O ministro sustenta que não encontrou nenhuma irregularidade na nomeação de seu filho, mas para evitar a exposição de sua família, ele pediu ao ministro Gilberto Kassab para anular a nomeação. A anulação da nomeação deverá estar publicada na edição desta terça-feira (21) do DOU", disse a assessoria de Raul Jungmann.
O UOL tentou confirmar o pedido junto ao MCTIC, mas a assessoria de imprensa do órgão não respondeu às ligações.
O decreto que proíbe a prática de nepotismo (contratação de familiares) na administração pública proíbe a contratação de cônjuges e familiares com até terceiro grau de parentesco. Entretanto, o decreto não faz menção a casos como o de Bruno Jungmann, que acabou sendo nomeado mesmo sem ter ligação com o serviço público para um cargo em um ministério que não o comandado por seu pai.
Bruno Costa Jungmann é administrador e não é funcionário público de carreira. Segundo seu perfil em uma rede social corporativa, ele tem MBA em Marketing pela FGV-RJ (Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro) e trabalhou em multinacionais como a IBM e Brown Forman, empresa especializada no mercado de bebidas como vinhos.
Questionado sobre o assunto antes da publicação da reportagem, o Ministério da Defesa disse que a nomeação de Bruno Jungmann foi feita a convite de Gilberto Kassab. Questionado sobre se o ministro da Defesa considerava razoável a nomeação de seu filho para um cargo em outro ministério, a assessoria do órgão respondeu afirmando que a nomeação não teria "nenhuma relação ou infringência relacionada a nepotismo".
Indagado sobre qual seria o posicionamento oficial do Ministério da Defesa sobre o caso, Jungmann, por meio de sua assessoria, se esquivou. "O MD (Ministério da Defesa) não se posiciona por se tratar de assunto referente a outro ministério", disse o órgão por e-mail. Questionado sobre se Raul Jungmann havia interferido junto a Kassab para garantir a nomeação do filho, o órgão voltou a se esquivar. "Como já dito, o convite partiu do sr. Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações", disse o órgão.
O MCTIC afirmou, por meio de nota, que a nomeação de Bruno Jungmann "ocorreu devido à sua excelente formação e a convicção de ele estar muito bem preparado para o cargo ao qual foi nomeado". No mesmo texto, o ministério diz ainda que "irá analisar as implicações legais desse ato com relação às normas de nepotismo na administração pública federal, e se forem constatadas quaisquer infrações às legislações vigentes, a portaria de nomeação pode se tornada sem efeito, uma vez que o nomeado ainda não tomou posse".
Para o fundador da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, a nomeação de Bruno Jungmann pode até não ser irregular, mas envia uma mensagem ruim sobre como o governo lida com conflitos de interesse. "É como dizem: não basta ser honesto. Tem que parecer honesto. Esse tipo e nomeação vai lançar sempre uma dúvida sobre o que foi que levou esse rapaz ao cargo. Acho que ministros de Estado deveriam evitar esse tipo de situação", afirma.
Esta não é a primeira vez que o MCTIC acomoda aliados do governo. Em agosto de 2016, o ex-secretário de Fazenda do Maranhão Cláudio José Trinchão (PSD) foi nomeado para um cargo comissionado no ministério. Aliado da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), Trinchão é acusado pelo MP-MA (Ministério Público do Maranhão) de ter participado de um esquema de concessão de isenções fiscais no valor de R$ 410 milhões. À época, Kassab disse que a nomeação de Trinchão se deu por sua "comprovada experiência em administração pública".
UOL/montedo.com

Casa Civil cria grupo de trabalho para abrir 'caixa-preta' dos benefícios dos militares, diz jornal

Publicação original: 20/2 (07:48)
Aposentadoria de militares passará por 'pente-fino'
Estadão Conteúdo
Após anos de resistência das Forças Armadas, o governo federal vai ser obrigado a colocar na ponta do lápis os compromissos presentes e futuros das aposentadorias e pensões dos militares da Aeronáutica, Marinha e do Exército. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou em 2015 que a contabilidade do passivo atuarial fosse feita, mas só agora, em meio à pressão por conta da reforma da Previdência, a Casa Civil vai criar oficialmente um grupo de trabalho interministerial para abrir a "caixa-preta" dos benefícios dos militares.
A reportagem apurou que o grupo já funciona informalmente, e os nomes para a formação dessa força-tarefa devem ser indicados em breve. Hoje, o Tesouro Nacional divulga quanto foi gasto no ano com esses benefícios, mas o passivo futuro não é devidamente dimensionado, o que é um problema para o cálculo do déficit da Previdência do setor público para as próximas décadas. Essa conta é importante para planejar a evolução não só das despesas, mas também da dívida pública brasileira.
A Previdência dos militares das Forças Armadas é uma das principais polêmicas no debate sobre mudanças nas regras de aposentadoria no Brasil. Os militares pressionam para ficar de fora da reforma, mas o governo prometeu isonomia nas regras.
As Forças Armadas fazem uma contabilidade paralela, e desconsideram o valor das reservas remuneradas como despesa previdenciária. O impasse ficou claro na divulgação da proposta de reforma da Previdência, em dezembro, quando o Ministério da Fazenda informou que o rombo da categoria era de R$ 34 bilhões e, no mesmo dia, foi rebatido pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, que calculou o déficit em R$ 13 bilhões.

Acesso
O Tesouro Nacional tentava há anos ter acesso à contabilidade dos militares, mas não tinha os instrumentos legais para isso. Em 2015, o TCU deu 180 dias para que o Ministério da Defesa e o Tesouro realizassem os cálculos para identificar o passivo atuarial dos benefícios militares. No 
acórdão, a corte de contas rebateu o argumento das Forças Armadas contra a medida. "A equipe de auditoria considerou que os gastos com inativos militares, apesar de serem custeados com recursos do Tesouro e não possuírem fonte própria de contribuição como as pensões militares, caracterizam despesas de natureza previdenciária", diz o parecer da Secretaria de Controle Externo da Previdência, do Trabalho e da Assistência Social (SecexPrevidência), do TCU.
A Defesa pediu um reexame da decisão, o que interrompeu a contagem do prazo. O recurso foi julgado em novembro. Na ocasião, outra unidade técnica do Tribunal, a Secretaria de Recursos (Serur), posicionou-se favoravelmente aos militares, dizendo que a divulgação dos números "beira as raias da inconstitucionalidade". Só que o relator do recurso, ministro Vital do Rêgo, discordou dessa avaliação e negou o reexame. "O acórdão anterior vale na íntegra, e o prazo de 180 dias passou a correr a partir desta última deliberação", informou o TCU em nota.
Embora esteja trabalhando informalmente, o grupo que vai finalmente jogar luz sobre esses dados ainda não foi formalizado. Isso ainda depende da assinatura de outras pastas envolvidas na operação além da Casa Civil. A conclusão dos trabalhos não terá prazo regimental, mas a determinação do TCU prevê que dentro desses 180 dias os cálculos estejam regularizados. Em resposta, o Ministério da Defesa disse desconhecer informação sobre resistências a essa auditoria nos números.
A revelação dos cálculos sobre o passivo futuro com os militares deve acirrar a discussão sobre benefícios da categoria, que ficou de fora da reforma da Previdência que tramita no Congresso. Pelos dados atuais já se sabe que a realidade entre aposentados e pensionistas do INSS, do setor público e das Forças Armadas é bastante distinta.
Hoje em Dia/montedo.com

Correção: Coronel do Exército é baleado ao ser assaltado em Porto Alegre

Nota do G1
Correção: ao ser publicada, essa reportagem errou ao informar que o coronel da reserva morreu durante o assalto. A informação errada partiu da Brigada Militar. O texto foi corrigido às 17h50).

Coronel da reserva do Exército é baleado após assalto em Porto Alegre
Segundo BM, vítima foi identificada como Leo Edson Schwalb, de 67 anos.

Crime ocorreu na Rua Padre Caldas, Zona Leste de Porto Alegre (Foto: Estêvão Pires/RBS TV)Do G1 RS
Um coronel da reserva do Exército foi baleado na tarde desta segunda-feira (20) durante um assalto na Zona Leste de Porto Alegre. Conforme o comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Paulo César Balardin, a vítima foi identificada como Leo Edson Schwalb, de 67 anos.
Segundo o oficial, o militar aposentado estava em uma oficina na Rua Padre Caldas, no bairro Partenon, quando foi abordado por quatro homens que desceram de Fiesta branco. Pelo menos dois deles estavam armados com um pistola e um revólver. "Eles pediram o veículo e o coronel da reserva levantou os braços, mas mesmo assim, deram dois disparos", observa o comandante do 19º BPM. Os tiros atingiram a cabeça e o abdômen de Schwalb.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até o local e o levou até o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde está internado.
G1/montedo.com

Patrulha do Exército é afastada da Força Tarefa no ES por suposta conduta inadequada

Resultado de imagem para estado espírito santoVila Velha (ES) - Uma patrulha do Exército, integrada por oito militares do 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado, com sede no Rio, foi afastada das operações da Força Tarefa que atua no Espírito Santo, após supostamente terem ingerido bebidas alcoólicas em um bar de Vila Velha e dado carona para duas mulheres em viatura militar. 
O fato, que teria ocorrido na madrugada de 16 (quinta-feira) foi relatado por um tenente do Exército de folga, que estava no bar no momento do ocorrido. O comando da unidade determinou o imediato afastamento do grupo - um sargento, três cabos e quatro soldados - da ação e está apurando os fatos.