Com informações do Jornal Folha de Boa Vista. A edição, os comentários e grifos (em itálico e negrito) são meus.
A corja de ongueiros, indigenistas e candidatos a santo promotores da pantomima que resultou na criação da reserva Raposa Serra do Sol, estão agora revoltados com o Exército, que vem inviabilizando a prática ilegal do garimpo pelos indígenas, na área da reserva.
Os índios, reclamam da "truculência" dos militares, que explodiram e incendiaram maquinários de um garimpo na comunidade Flexal, a 360 km de Boa Vista. As ações fazem parte da Operação Escudo Dourado, movida pelo Exército em conjunto com a Polícia Federal.
Os sílvícolas estão fabricando armas e prometem guerrear, com arco e flecha, contra o Exército.
Segundo o tuxaua Abel Barbosa, 72 familias do Flexal eram mantidas pelo garimpo de ouro e diamantes. Segundo ele, o garimpo é feita há bastante tempo, inclusive pelos antepassados.“O garimpo não é ilegal. A terra é nossa. Temos o direito de usufruir de seus minérios”, diz.
(Em outras palavras, antes de Pedro Álvares Cabral os índios da Abya Yala (a grande pátria indígena) já extraíam minério, numa extraordinária visão de futuro, pois previram a chegada dos homens brancos e os grandes negócios que fariam com o ouro e as pedras!)
Já o macuxi Lauro Barbosa, ex-presidente da Sociedade em Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur), exclama: “Esse é o meio de sustentarmos nossas famílias. Não temos emprego e trabalhamos honestamente. O material que tem lá [no garimpo] é nosso, comprado com o nosso dinheiro. O que vamos fazer agora? Matar? Roubar?”.
(Note que o fato do garimpo ser ilegal não está em questão, para Barbosa. Da manifestação indignada do valente, se conclui que a proibição de uma prática ilegal (o garimpo), legitimará eventuais roubos e mortes praticados pelos pobres silvícolas oprimidos).
“Estou em minha terra e posso nela garimpar, fazer o que for preciso para sustentar minha família”, diz o macuxi, que também quer indenização do Exército e a devolução do maquinário.
(Como se vê, o cocalero Evo Morales faz escola, mesmo nos confins de Roraima).
“Eles [os militares] colocaram armas na cabeça dos índios e nos obrigaram a deixar o local. Perguntei se eles iriam atirar num homem desarmado e eles não atiraram(que coisa, não?), mas quando percebi, já tinham jogado as granadas e destruído tudo, casas, máquinas e área de preservação”, prosegue.
(AREA DE PRESERVAÇÃO! Como são malvados, esses milicos! Só um detalhe: para separar o ouro dos seixos, usa-se MERCÚRIO! Que diabo de área de preservação é essa?)
OPERAÇÃO - A Operação Escudo Dourado é realizada pelas duas instituições desde segunda-feira, nas terras indígenas Raposa Serra do Sol, São Marcos e Yanomami, para coibir a garimpagem, o tráfico de drogas e crimes considerados transnacionais. O Exército não informou quantos homens emprega na ação, mas somente na segunda-feira prendeu oito garimpeiros na Raposa Serra do Sol.
A fiscalização no local é rígida, inclusive nos locais de acesso à reserva. Ontem, outra equipe da Folha constatou que na entrada para o Surumu, a partir da BR-174, há um forte esquema de segurança, que revista minuciosamente todas as pessoas que entram e saem da Raposa Serra do Sol.
OPERAÇÃO - A Operação Escudo Dourado é realizada pelas duas instituições desde segunda-feira, nas terras indígenas Raposa Serra do Sol, São Marcos e Yanomami, para coibir a garimpagem, o tráfico de drogas e crimes considerados transnacionais. O Exército não informou quantos homens emprega na ação, mas somente na segunda-feira prendeu oito garimpeiros na Raposa Serra do Sol.
A fiscalização no local é rígida, inclusive nos locais de acesso à reserva. Ontem, outra equipe da Folha constatou que na entrada para o Surumu, a partir da BR-174, há um forte esquema de segurança, que revista minuciosamente todas as pessoas que entram e saem da Raposa Serra do Sol.
OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa da 1ª Brigada de Selva, na noite de ontem, quando a equipe de reportagem chegou da reserva, mas até o fechamento da matéria a instituição não se pronunciou sobre as reclamações feitas pelos índios da região.