11 de janeiro de 2010

RBS FAZ O DEVER DE CASA


Saiba como a RBS mudou para apoiar Lula e Dilma

Os dois trechos a seguir (este inicial e o seguinte, que é o fecho do artigo), são da Carta Capital desta sexta-feira, publicação alinhada com o governo Lula e adversária jurada dos tucanos de qualquer parte do mundo. O editor resolveu destacar apenas as referências às mudanças de posição política da RBS, que já tinham sido percebidas aqui há mais tempo, mas não tinham sido reconhecidas por representantes do próprio campo que o grupo gaúcho passou a apoiar. O artigo começa a análise da posição da RBS com esta reflexão:

"Nodia 26 de dezembro, um anúncio institucional de página inteira, sob o título "O mundo está descobrindo o Brasil que você está ajudando a construir." apareceu no jornal Zero Hora. O texto do anúncio é o seguinte: "O mundo inteiro está descobrindo um país capaz de sediar uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, que conseguiu sair da crise mundial muito antes que os outros, e que logo vai estar entre as cinco maiores economias do planeta. Esse Brasil, que é feito por você e que o mundo está descobrindo agora, é o mesmo Brasil em que a gente sempre acreditou. Em 2010, descubra algo novo em você também."

. A respeito do papel que a RBS jogará nas eleições, o caso ficará mais claro depois da leitura do que escreve o articulista de Carta Capital (ele desconsidera que a RBS "colocou" tres comunicadores seus em cada uma das tres principais chapas para o governo do RS):

"Se, de fato, o grupo RBS aderir à tese da continuidade, isso não significa que os problemas do governo Lula tenham acabado no Rio Grande do Sul. Aliás, é possível até que eles verdadeiramente tenham início, dependendo de como isto venha a se processar. Uma das hipóteses recorrentes no Estado é que o grupo RBS faz tempo deixou de dar as cartas. Por estar perdendo audiência e leitores, e principalmente prestígio, dia a dia (tal como o PIG nacional), suas ações não estariam guiadas por uma estratégia ou convicção, mas pelo desespero da falta de recursos para dar conta dos compromissos no final de cada mês. Ao ver o caixa do Estado falido, o grupo RBS estaria se voltando rapidamente para o caixa federal.Pode ser. E pode ser também que o Rio Grande do Sul não tenha grande importância no contexto nacional nos dias de hoje. Porto Alegre, menos ainda. Mas o governo Lula deveria se preocupar muito mais com o que está acontecendo por aqui. Porto Alegre tem tudo para ser o calcanhar de Aquiles dos sonhos de continuidade do governo federal. Yeda é um desastre estadual e Dilma Rousseff é um sucesso nacional. Mas se não tiver apoio em sua própria casa, como a mãe do PAC poderá pedir apoio na casa dos vizinhos?
POLIBIO BRAGA

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