14 de outubro de 2013

'Pelotão Esperança' completa vinte anos em Criciúma

Dia de Festa e reencontros no 28º GAC
Projeto Pelotão Esperança completa 20 anos

Marcelo de Bona - marcelodebona@engeplus.com.br
O 28º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) de Criciúma promoveu neste sábado um almoço comemorativo aos 20 anos de existência do Pelotão Esperança. Criado em 1993, o projeto social atende meninos carentes, com idade entre oito e 12 anos, que vivem em situação de vulnerabilidade social.
Desde a sua fundação, já passaram pelo Pelotão Esperança cerca de 650 garotos. No evento realizado neste sábado, aproximadamente 50 alunos e ex-alunos estiveram no 28º GAC. Um deles era Valmor Somariva, que deixou o Abrigo de Menor, em Criciúma, para integrar a primeira turma do projeto desenvolvido pelo exército, em parceria com Prefeitura de Criciúma e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), além de várias organizações públicas e privadas de Criciúma. “Sinceramente, eu incomodava muito na época e fui uma das crianças escolhidas para o primeiro grupo. No começo foi um pouco complicado, me ensinaram muitas coisas, a me acalmar, a contar até dez. Mas o ensinamento deles valeu a pena. Fiz o meu primário aqui, tive uma base boa para seguir na vida. Não tive muito apoio familiar. Claro que também tive o auxilio de outras pessoas, e Deus na minha vida. Hoje estou casado, tenho uma filha, uma casa”, conta Somariva, que exerce a função de metalúrgico e mora na Santa Luzia. “É gratificante ver a história de vida do Somariva. Um caso como esse já vale todo o trabalho desenvolvido pelo projeto Pelotão Esperança”, ressalta o comandante do 28º GAC, coronel Antônio Ribeiro.
Atualmente, 30 alunos integram o projeto e cursam a 4º ou a 5º série do Ensino Fundamental. “Os alunos são captados por orientação do Conselho Tutelar. São meninos que estão matriculados no ensino regular da prefeitura. Na parte da manhã eles têm a educação formal, e no período da tarde tentamos dar uma complementação de estudo, com educação desportiva, aulas de informática, cerâmica, música, completando o contra-turno escolar. Outro fator importante é dar um referencial de valores aos garotos”, pontua o comandante do 28º GAC.
O pequeno, Jean Victor Joaquim Figueiredo, de 11 anos, frequenta o projeto desde o ano passado e já apresenta uma melhora no seu comportamento. “Foi uma mudança muito boa. Agora falta dar apenas mais uma melhoradinha, ele é ainda é um pouco teimoso”, diz a mãe do menino, Lucilvane Acordi Joaquim. “A gente faz várias atividades aqui, jiu-jitsu, cerâmica, é bem legal”, conta Jean, que é morador do Verdinho.
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