20 de fevereiro de 2014

Forças Armadas mobilizadas no socorro aos atingidos pelas cheias em Rondônia

Forças militares se unem para socorrer atingidos por cheia em RO
Exército disponibilizou 200 homens para atender famílias.
Acesso à BR 319 está alagado. Rio Madeira alcançou 17,81 metros nesta quarta-feira (19).
(Imagem: DCom da 17ª Brigada de Infantaria de Selva)
Taísa Arruda
Do G1 RO
Mais de mil pessoas tiveram que sair de suas casas em Porto Velho por causa da cheia do Rio Madeira, que alcançou 17,81 metros nesta quarta-feira (19). São 350 desabrigados e 711 desalojados, mas esse número pode ser ainda maior, segundo o Corpo de Bombeiros.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Lioberto Ubirajara Caetano, quatro municípios foram atingidos pela cheia, incluindo a capital, e nove distritos. Para atender a demanda de desabrigados, 12 abrigos atendem as pessoas; quatro igrejas e oito escolas. Os bairros mais alagados na capital são: Baixa da União, Mocambo, Cai N´água, Triângulo, Candelária e Nacional.
Os municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim, distante cerca de 300 quilômetros da capital, são os mais prejudicados e estão parcialmente isolados, pois o desvio que foi feito para passagem de veículos já não suporta carros pesados.
Cerca de 200 homens do Exército estão atuando em conjunto com a Defesa Civil municipal, estadual e federal em uma ação coordenada, segundo Comandante da 17ª Brigada de Infantaria e Selva, coronel Novaes.
Na primeira fase famílias estão sendo retiradas de áreas de risco, há cerca de uma semana nos bairros mais afetados em Porto Velho e em comunidades distantes como São Carlos e Nazaré, onde estão sendo distribuídas cestas básicas e outros mantimentos. “As comunidades em São Carlos e Nazaré fizeram um trabalho muito bonito. Eles mesmos se organizaram antes de chegar qualquer tipo de ajuda. Quando chegamos lá encontramos uma comunidade solidária”, afirma o comandante.
Por enquanto a Base Aérea de Porto Velho está ajudando no resgate dos atingidos pela cheia com apoio logístico do helicóptero do Exército. “Todas as necessidades da Defesa Civil estão sendo repassadas para o Ministério da Defesa e as missões alocadas da Força Aérea nós estamos realizando de acordo com a necessidade”, diz o comandante da Base Aérea de Porto Velho, coronel Giancarlo.
Barcos da Capitania dos Portos ajudam o trabalho da Defesa Civil levando cestas básicas e fazendo o cadastramento das famílias desabrigadas junto com a Secretaria de Assistência Social, explica o capitão de corveta Luiz Reginaldo de Macedo da delegacia fluvial de Porto Velho.
O trabalho também está concentrado nas margens para verificação das condições de atracação dos barcos com mercadorias e passageiros, além de balsas de combustíveis, que passaram a utilizar barrancos para fazer a atracação, pois o terminal de passageiros foi interditado. (R. A.)
G1/montedo.com