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Os Estados Unidos planejam gastar 5 bilhões de dólares para proteger seus veículos orbitais. Uma das principais razões para o aumento do orçamento para este fim é ameaça potencial da China.
Supõe-se que Pequim ao longo dos últimos 10 anos tenha feito pelo menos três testes de armas antissatélite, incluindo o uso de mísseis baseados em terra e armas a laser. Os testes foram realizados em janeiro de 2007, maio de 2013 e julho 2014. Estes dados causam grande preocupação dos Estados Unidos.
"Na minha opinião, uma ameaça cósmica é muito real, por isso devemos estar prontos para operações militares no espaço", disse o chefe do Comando Estratégico dos EUA, almirante Cecil Haney.
No entanto, nem todos acreditam que a ameaça da China é tão real. Entre os céticos está cientista político e coordenador da Rede Internacional contra as armas e energia nuclear no espaço, Bruce Gagnon.
"Eu não acho que a China seja uma ameaça direta para os satélites norte-americanos. No entanto, acredito que a China desenvolve a sua capacidade para ser capaz de abater satélites americanos em caso de guerra. Washington depende fortemente de seus equipamentos de reconhecimento espacial e satélites militares. A China sabe disso e tenta desenvolver a capacidade para resistir aos EUA no futuro", disse Gagnon.
Bruce Gagnon está confiante de que os Estados Unidos estão apenas à procura de uma desculpa para dar vazão a suas ambições militares.
"Na ONU, Israel e os EUA bloquearam um acordo sobre a prevenção de uma corrida armamentista no espaço que a Rússia e a China tentam promover. Não há dúvida de que os Estados Unidos se opõem a qualquer acordo que possa os restringir a conquistar o espaço", explicou.
Sputnik Brasil/montedo.com