29 de fevereiro de 2012

Maioria da população brasileira aprova gays nas Forças Armadas, diz pesquisa

Maioria apoia presença de gays nas Forças Armadas, diz pesquisa do Ipea
Sondagem diz que 63,7% não veem problema em homossexuais de farda.
Na pesquisa, 74,8% diz desconhecer perdão a crimes da ditadura militar.
Renan Ramalho
Desfile militar de 2010 celebra o dia do soldado 
em Brasília (Foto: Divulgação/Defesa)
A presença de homossexuais nas Forças Armadas tem a concordância de 63,7% da população brasileira, enquanto que 34,3% discordam e 2% não sabem ou não quiseram responder.
A sondagem é fruto de pesquisa de opinião divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mediu a relação da sociedade com os militares no contexto de uma democracia.
No Brasil, não há lei que impeça a presença de homossexuais nas Forças Armadas.
O levantamento mostrou ainda que o apoio à entrada de gays nas Forças Armadas acompanha o nível de educação: 73,6% dos que têm ensino superior concordam. Já entre os que possuem nível médio, o apoio cai para 64,5%; e entre os que têm somente ensino fundamental ou não são escolarizados, para 60,6%.
Os dados integram o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips). A pesquisa tem margem de erro de cinco pontos percentuais. Foram ouvidas 3.796 pessoas em 212 municípios de todos os estados e Distrito Federal.
Na estratificação por região, o Sul é a única em que a maioria da população (52%) discorda da presença de gays entre os militares.
Ao responder pergunta sobre a presença de mulheres nas Forças Armadas, a maioria dos entrevistados, 91,4%, também concorda que elas possam ser militares. Para 51%, as mulheres devem participar também de combates. Novamente, o Sul destoou do resto do país: na região, 33% apoiam a presença de mulheres no combate.
No país, a Marinha foi a primeira Força a admitir mulheres no serviço militar, em 1980. Elas, no entanto, não atuam em combate, mas em atividades auxiliares.

Anistia
A pesquisa do Ipea também questionou os entrevistados sobre os crimes cometidos durante a ditadura, assunto que voltou à tona no ano passado, quando foi discutida e aprovada a criação da Comissão da Verdade, grupo que irá apurar violações aos direitos humanos no período.
No universo pesquisado, 74,8% disseram desconhecer a Lei da Anistia, de 1979, que concedeu perdão a crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985). Em abril de 2010, o Supremo Tribunal Federal considerou a lei válida, afastando a hipótese de punição para agentes repressores.
A sondagem do Ipea mostrou ainda que, apenas entre a minoria que conhece a Lei da Anistia, 67% são favoráveis à punição pelos crimes, sendo 22,2% apenas para agentes da repressão, 11,4% só para integrantes de grupos armados de oposição e 33,4% para todos os envolvidos.
O levantamento mostrou ainda que 42,6% dos entrevistados consideram que os militares respeitam totalmente ou muito a democracia; para 35,3% eles respeitam razoavelmente e 20,8% acham que respeitam pouco ou nada.

Transparência e tratamento
Outra parte da pesquisa mediu a percepção dos brasileiros sobre a transparência das Forças Armadas, o recebimento de denúncias e o tratamento dado pelos militares aos cidadãos. No primeiro item, 48,2% viram como muito boa ou boa a quantidade de informações divulgadas sobre as Forças Armadas nos meios de comunicação. Outros 25,9% acharam regular e 24,5% ruim ou muito ruim.
Quanto às denúncias, 57,6% veem dificuldade em encaminhar reclamação contra as Forças ou seus integrantes. No tratamento, houve divisão: 41,2% concordam que o relacionamento dos militares com os cidadão é igual, independente de renda, cor da pele, idade, deficiência ou gênero; outros, 39,3%, porém, discordam dessa afirmação e 17,2% não concordam nem discordam.
G1/montedo.com

Brasil reduz tropas no Haiti e muda foco de missão

Contingente do Brasil na Minustah, maior entre os 56 países que integram a missão, perderá 288 dos 2.189 membros até abril.

Da BBC
A bordo de um veículo fortificado, um militar brasileiro percorre lentamente uma rua de Croix-des-Bouquets, bairro na periferia da capital haitiana, Porto Príncipe. Ao chegar ao fim da via, engata a marcha a ré e regressa com igual cuidado ao ponto de onde partiu, até erguer o polegar para um colega, sinalizando o cumprimento da missão.
A despeito de qualquer semelhança, a cena não retrata uma patrulha da Minustah (Missão da ONU para a Estabilização no Haiti, cujo braço militar é chefiado pelo Brasil) em alguma região perigosa de Porto Príncipe, mas sim o asfaltamento das ruas que darão acesso ao primeiro hospital permanente de Croix-des-Bouquets, uma das várias obras em curso tocadas pela missão.
À medida que a remoção dos escombros do terremoto de 2010 deixa para trás a fase emergencial e que os níveis de violência se estabilizam no Haiti, a Minustah - estabelecida em 2004 - começa a reduzir seu contingente e a mudar o foco da missão.
Nos próximos meses, conforme determinação do Conselho de Segurança da ONU, a Minustah concluirá a repatriação de 2.750 (20%) de seus 13.331 integrantes, fazendo com que a força volte a patamar próximo do que tinha antes do terremoto de 2010.
O contingente do Brasil, o maior entre os 56 países que integram a missão, perderá 288 de seus 2.189 membros até abril. Nos contingentes de outras nacionalidades, a redução já foi praticamente concluída, segundo a missão.
As mudanças ocorrem após uma série de denúncias contra a Minustah, como a de que a recente epidemia de cólera que matou cerca de 7 mil haitianos e contaminou pelo menos 400 mil começou num acampamento de militares nepaleses. A acusação ganhou força em maio de 2011, quando um relatório patrocinado pela ONU apontou o acampamento nepalês como a provável origem do surto.
Outro acontecimento que gerou críticas à missão foi a divulgação, em setembro, de um vídeo em que cinco soldados uruguaios abusavam de um jovem haitiano. Os militares foram repatriados e estão presos.

Novos procedimentos
Comandante da vertente militar da Minustah, o general brasileiro Luiz Eduardo Ramos diz à BBC Brasil que a realização pacífica da última eleição presidencial haitiana, no ano passado, mostrou que o Haiti estava mais estável e que a missão poderia alterar alguns procedimentos.
"Naquela época, as tropas estavam usando blindados, coletes, capacetes, armamento muito forte - uma postura que não se justificava mais", afirma Ramos, para quem o Haiti hoje, em termos de segurança, "está em boas condições para um país da América Central".
Em agosto, o general determinou que os blindados só fossem usados à noite e que os militares atuassem de maneira menos ostensiva, com armas mais leves. Paralelamente, em coordenação com o comando civil da Minustah, ampliou os investimentos da missão em obras.
"Hoje a nossa menina dos olhos é a engenharia. Na sua essência (a missão) não mudou, mas agora ela é uma missão mais voltada ao viés humanitário", diz.
Além de asfaltar vias, os militares estão instalando postes elétricos (abastecidos por energia solar), drenando canais, construindo escolas, hospitais e prédios para o governo haitiano, removendo entulho, limpando vias e perfurando poços artesianos, entre outras ações.
Segundo o general, a redução no contingente não afetará essas atividades, pois só serão repatriados soldados de infantaria, e não engenheiros militares. Hoje, os engenheiros representam 15% do total de integrantes da Minustah, porcentagem que deve aumentar nos próximos meses.

Contrastes em Cité Soleil
Os resultados da maior ênfase em engenharia são visíveis em partes de Cité Soleil, bairro pobre de Porto Príncipe outrora dominado por gangues. Hoje, muitas das vias do bairro estão pavimentadas e limpas, e as melhores condições de segurança permitem que ONGs estrangeiras atuem em escolas locais.
Em compensação, em áreas do bairro que ainda não foram beneficiadas pelas ações, o lixo mistura-se com as casas, não há iluminação pública à noite e o esgoto corre a céu aberto.
A BBC Brasil acompanhou uma patrulha rotineira de militares brasileiros pelo bairro. Embora a maioria dos moradores reagisse com indiferença aos soldados (à exceção das crianças, que pediam dinheiro e esticavam as mãos para cumprimentá-los), um jovem adulto interpelou o grupo para dizer que líderes de gangues expulsas estavam regressando ao local.
No comando da equipe, o major Reginaldo Rosa dos Santos respondeu, por intermédio do tradutor, que o novo delegado da Polícia Nacional do Haiti (PNH) responsável pela região, cuidaria do caso.
Isso porque, ainda que militares da Minustah façam patrulhas e, eventualmente, participem de operações para combater grupos criminosos, cabe à PNH apurar denúncias e efetuar prisões. Conforme o mandato que a instaurou, a Minustah - por intermédio da UNPOL, a polícia da ONU - deve prover "apoio operacional à PNH", além de supervisionar a ampliação e reforma da instituição.
No entanto, para o senador haitiano Youri Latortue, além de não apoiar a PNH como deveria, a Minustah é incapaz de evitar abusos de seus integrantes. Latortue, que culpa a missão pela epidemia de cólera, diz ter recebido na Comissão de Justiça do Senado doze denúncias de estupro e abuso de menores por militares estrangeiros.
Embora avalie a redução no contingente da Minustah como "um passo importante", ele defende que as tropas estrangeiras sejam substituídas em dois anos por uma nova força haitiana, intenção já anunciada pelo presidente Michel Martelly - que, no entanto, não estipulou um prazo para a implantação da nova unidade.
O senador diz que a instauração da Minustah tinha um propósito justo: estabilizar o país durante a turbulência social que sucedeu a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide.
Aristide, que desmantelara o Exército em 1994 após ter sido deposto num golpe, voltou a deixar o país em 2004, em meio a graves distúrbios após a morte do líder de um grupo criminoso.
Porém, oito anos depois, Latortue afirma que o cenário mudou e que a manutenção das tropas estrangeiras assusta investidores. "Não temos uma situação de guerra no Haiti, temos um presidente eleito e temos congressistas eleitos".
Segundo ele, com mais 3 mil policiais e 5 mil homens na nova força, o Haiti poderia assumir integralmente sua segurança.

Recursos internacionais
Um motorista de Porto Príncipe que se identifica como Will Smith acrescenta outra crítica à missão: para ele, a Minustah fere a soberania do país ao decidir como é investida grande parte dos recursos internacionais destinados ao Haiti. Ele acredita que o governo haitiano deveria se encarregar dessas decisões.
Já o general Ramos diz que a missão trata com rigor todas as denúncias de abusos e que uma pesquisa conduzida pela missão nos bairros de Cité Soleil e Belair mostrou que 80% dos moradores querem que a força permaneça no país por enquanto.
"Logicamente há interesses contrariados na presença da ONU, alguns dos quais têm poder de influenciar na mídia". Ele atribui parte das críticas a "alguns focos de pessoas ligadas a gangues que foram neutralizadas pela tropa brasileira".
Segundo ele, ainda não é o momento de montar um Exército haitiano que substitua a Minustah. "Exército é caro, não sei se o país teria recursos necessários, porque precisa de hospitais, escolas".
Para o embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, "ninguém tem o objetivo de se perenizar no Haiti". No entanto, ele diz que a Minustah sucede cinco missões da ONU que se retiraram prematuramente do país.
"O haitiano quer que nós vamos embora? Quer. Mas todos os níveis, do presidente aos moradores de Cité Soleil, entendem que não pode ser uma retirada precipitada e imediata, com o risco de haver retrocesso às condições de 2004", afirma.
EB/montedo.com

Presidente do Clube Militar diz que não foi nada disso. Então tá, general.

Em nota aos associados, o general Renato César Tibau da Costa, presidente do Clube Militar, negou ter sido pressionado pelo Comandante do Exército para retirar do ar o Manifesto divulgado no último dia 16, em que os clubes militares das três Forças criticavam a conivência de Dilma em relação às declarações das ministras Maria do Rosário e Eleonora Menicucci. O general afirmou que "houve uma conversa [com Enzo] sobre o assunto, sem pressões, como acontece entre camaradas unidos pelo mesmo ideal".Então tá, Excelência.Nota general tibau
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Embraer lamenta decisão americana sobre Super Tucanos

Embraer lamenta decisão da Força Aérea dos EUA sobre Super Tucanos
Empresa brasileira afirma que cumpriu com todas as obrigações da licitação

A Embraer informou nesta terça-feira (28/02) que lamenta o cancelamento do contrato com a Força Aérea dos Estados Unidos que previa a aquisição de 20 aviões do modelo Super Tucano A-29, informado mais cedo pelos militares norte-americanos.
A empresa brasileira afirmou que participou do processo de seleção, questionado pelas Forças Armadas dos EUA, “disponibilizando, sem exceção e no prazo próprio, toda a documentação requerida” junto com sua parceira naquele país, a SNC (Sierra Nevada Corporation).
“A decisão a favor do Super Tucano, divulgada no dia 30 de dezembro de 2011, pela Força Aérea dos Estados Unidos, foi uma escolha pelo melhor produto, com desempenho em ação já comprovado e capaz de atender com maior eficiência às demandas apresentadas pelo cliente. A Embraer permanece firme em seu propósito de oferecer a melhor solução para a Força Aérea dos Estados Unidos e aguardará mais esclarecimentos sobre o assunto para, junto com sua parceira SNC, decidir os próximos passos”.
Leia também:
EUA cancelam compra de Super Tucanos da Embraer
O caso
De acordo com a agência Reuters, a Força Aérea dos Estados Unidos informou nesta terça-feira que irá cancelar o contrato de 355 milhões de dólares (ou R$ 604 milhões) para fornecimento de 20 aviões do modelo Super Tucano A-29, da Embraer.
O órgão militar norte-americano justificou sua decisão devido a problemas com a documentação, e que irá investigar e refazer a licitação, que é contestada na Justiça dos EUA. O contrato havia sido concedido pela Força Aérea dos EUA para a Embraer e a parceira Sierra Nevada Corp.
Em comunicado, o secretário da Força Aérea, Michael Donley, afirmou que o cancelamento é uma medida de correção. "Apesar de buscarmos a perfeição, nós, às vezes, não atingimos nosso objetivo. Quando isso ocorre, temos de adotar medidas de correção. (...) Uma vez que a compra ainda está em litígio, eu somente posso dizer que o principal executivo de aquisições da Força Aérea, David Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor”.
A Embraer e a Sierra Nevada ganharam, em 30 de dezembro, o contrato para venda de 20 aeronaves, assim como treinamento e suporte. Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a concorrente norte-americana Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão.
De acordo com a Embraer, o Super Tucano A-29 foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e atualmente é usado por cinco forças aéreas, segundo a Embraer.
Opera Mundi/montedo.com

Estrelados da reserva lançam alerta à Nação. E...???

ALERTA À NACÃO
"ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!

Este é um alerta à Nação brasileira, assinado por homens cuja existência foi marcada por servir à Pátria, tendo como guia o seu juramento de por ela, se preciso for, dar a própria vida. São homens que representam o Exército das gerações passadas e são os responsáveis pelos fundamentos em que se alicerça o Exército do presente.
Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo.
O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. Anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos relevantes da História Pátria.
A fundação do Clube, em si, constituiu-se em importante fato histórico, produzindo marcas sensíveis no contexto nacional, ação empreendida por homens determinados, gerada entre os episódios sócio-políticos e militares que marcaram o final do século XIX. Ao longo do tempo, foi partícipe de ocorrências importantes como a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República, a questão do petróleo e a Contra-revolução de 1964, apenas para citar alguns.
O Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante, propugnando comportamento ético para nossos homens públicos, envolvidos em chocantes escândalos em série, defendendo a dignidade dos militares, hoje ferida e constrangida com salários aviltados e cortes orçamentários, estes últimos impedindo que tenhamos Forças Armadas (FFAA) a altura da necessária Segurança Externa e do perfil político-estratégico que o País já ostenta. FFAA que se mostram, em recente pesquisa, como Instituição da mais alta confiabilidade do Povo brasileiro (pesquisa da Escola de Direito da FGV-SP).
O Clube Militar, sem sombra de dúvida, incorpora nossos valores, nossos ideais, e tem como um de seus objetivos defender, sempre, os interesses maiores da Pátria.
Assim, esta foi a finalidade precípua do manifesto supracitado que reconhece na aprovação da Comissão da Verdade ato inconseqüente de revanchismo explícito e de afronta à lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo.
Assinam, abaixo, os Oficiais Generais por ordem de antiguidade e os Oficiais superiores por ordem de adesão.
OFICIAIS GENERAIS
Gen Gilberto Barbosa de Figueiredo
Gen Amaury Sá Freire de Lima
Gen Cássio Cunha
Gen Ulisses Lisboa Perazzo Lannes
Gen Marco Antonio Tilscher Saraiva
Gen Aricildes de Moraes Motta
Gen Tirteu Frota
Gen César Augusto Nicodemus de Souza
Gen Marco Antonio Felício da Silva
Gen Bda Newton Mousinho de Albuquerque
Gen Paulo César Lima de Siqueira
Gen Manoel Theóphilo Gaspar de Oliveira
Gen Elieser Girão Monteiro
OFICIAIS SUPERIORES
T Cel Carlos de Souza Scheliga
Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra
Cel Ronaldo Pêcego de Morais Coutinho
Capitão-de-Mar-e-Guerra Joannis Cristino Roidis
Cel Seixas Marques
Cel Pedro Moezia de Lima
Cel Cláudio Miguez
Cel Yvo Salvany
Cel Ernesto Caruso
Cel Juvêncio Saldanha Lemos
Cel Paulo Ricardo Paiva
Cel Raul Borges
Cel Rubens Del Nero
Cel Ronaldo Pimenta Carvalho
Cel Jarbas Guimarães Pontes
Cel Miguel Netto Armando
Cel Florimar Ferreira Coutinho
Cel Av Julio Cesar de Oliveira Medeiros
Cel.Av.Luís Mauro Ferreira Gomes
Cel Carlos Rodolfo Bopp
Cel Nilton Correa Lampert
Cel Horacio de Godoy
Cel Manuel Joaquim de Araujo Goes
Cel Luiz Veríssimo de Castro
Cel Sergio Marinho de Carvalho
Cel Antenor dos Santos Oliveira
Cel Josã de Mattos Medeiros
Cel Mario Monteiro Campos
Cel Armando Binari Wyatt
Cel Antonio Osvaldo Silvano
Cel Alédio P. Fernandes
Cel Francisco Zacarias
Cel Paulo Baciuk
Cel Julio da Cunha Fournier
Cel Arnaldo N. Fleury Curado
Cel Walter de Campos
Cel Silvério Mendes
Cel Luiz Carvalho Silva
Cel Reynaldo De Biasi Silva Rocha
Cel Wadir Abbês
Cel Flavio Bisch Fabres
Cel Flavio Acauan Souto
Cel Luiz Carlos Fortes Bustamante Sá
Cel Plotino Ladeira da Matta
Cel Jacob Cesar Ribas Filho
Cel Murilo Silva de Souza
Cel Gilson Fernandes
Cel José Leopoldino
Cel Evani Lima e Silva
Cel Antonio Medina Filho
Cel José Eymard Bonfim Borges
Cel Dirceu Wolmann Junior
Cel Sérgio Lobo Rodrigues
Cel Jones Amaral
Cel Moacyr Mansur de Carvalho
Cel Waine Canto
Cel Moacyr Guimarães de Oliveira
Cel Flavio Andre Teixeira
Cel Nelson Henrique Bonança de Almeida
Cel Roberto Fonseca
Cel Jose Antonio Barbosa
Cel Cav Ref Jomar Mendonça
Cel Nilo Cardoso Daltro
Cel Carlos Sergio Maia Mondaini
Cel Nilo Cardoso Daltro
Cel Vicente Deo
Cel Av Milton Mauro Mallet Aleixo
Cel José Roberto Marques Frazão
Cel Luiz Solano
Cel Flavio Andre Teixeira
Cel Jorge Luiz Kormann
Cel Aluísio Madruga de Moura e Souza
Cel Aer Edno Marcolino
Cel Paulo Cesar Romero Castelo Branco
Cel CARLOS LEGER SHERMAN PALMER
Capitão-de-Mar-e-Guerra Cesar Augusto Santos Azevedo
TCel Osmar José de Barros Ribeiro
T Cel Mayrseu Cople Bahia
TCel José Cláudio de Carvalho Vargas
TCel Aer Jorge Ruiz Gomes.
TCel Aer Paulo Cezar Dockorn
Cap de Fragata Rafael Lopes Matos
Maj Paulo Roberto Dias da Cunha
OFICIAIS SUBALTERNOS
2º Ten José Vargas Jiménez
Novas adesões serão acrescidas ao serem solicitadas pelo e-mail : marco.felicio@yahoo.com

Comento:
Com todo o respeito, Excelências, permitam-me misturar sinceridade e polidez - no limite possível para um cavalariano (hehehe): os senhores estão chovendo no molhado, malhando e ferro frio, dizendo o que todos sabem e furtando-se de dizer o óbvio.


Senão vejamos:
"O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência."
Excelências, essa condição do Clube Militar é clara desde o início. Aliás, seu Estatuto está disponível em seu site. Este blog foi o primeiro a expor a questão, na postagem Dilma enquadra milicos e General Enzo manda apagar nota dos Clubes Militares. No dia 24/2, escrevi:
Comento:Cadê a nota que estava lá? A Dilma comeu. Os generais de pijama botaram o rabinho entre as pernas e retiraram do ar o texto, que constava no site dos Clubes Militar, Naval e da Aeronáutica. É a desmoralização dos milicos descendo a ladeira.O pior é que os presidentes dos Clubes Militares têm todo o direito de se manifestar. Confira:

 Estatuto do Clube Militar "Art. 1º - O Clube Militar, fundado em 26 de junho de 1887, neste Estatuto denominado Clube, com a sede principal na Av. Rio Branco nº 251 e foro na cidade do Rio de Janeiro, é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, de caráter representativo, assistencial, social, cultural, esportivo e recreativo, com atuação em todo território nacional. Possui ainda sedes esportivas na Rua Jardim Botânico nº 391 - Rio de Janeiro/RJ e Av. dos Astros nº 155 - Praia do Foguete - Cabo Frio/RJ."
LEI No 7.524, DE 17 DE JULHO DE 1986."Dispõe sobre a manifestação, por militar inativo, de pensamento e opinião políticos ou filosóficos. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art 1º Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público.Parágrafo único. A faculdade assegurada neste artigo não se aplica aos assuntos de natureza militar de caráter sigiloso e independe de filiação político-partidária.Art 2º O disposto nesta lei aplica-se ao militar agregado a que se refere a alínea b do § 1º do art. 150 da Constituição Federal.Art 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art 4º Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 17 de julho de 1986; 165º da Independência e 98º da República.JOSÉ SARNEY Henrique Saboia Leônidas Pires Gonçalves Octávio Júlio Moreira Lima"Os militares da reserva merecem uma explicação dos presidentes dos órgãos que, em tese (cada vez mais, apenas em tese) deveriam ser a sua voz. 

Excelências, sua nota diz que "O Clube Militar não se intimida..." Claro que não, senhores. Por seu Presidente (creio que seja o representante da entidade, pois não?) o Clube já intimidou-se, omitiu-se, voltou atrás.

"Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, [...] e dele retirado por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo."
Os senhores não precisam reconhecer nada, Excelências. Seu Presidente já o fez, deletou e desautorizou a nota que ele mesmo assinou.

Em seu alerta, eivado de indignação, Excelências, não há uma vírgula a respeito da atitude do Presidente do Clube Militar. Será essa indignação seletiva? Estarão vossas Excelências, inadvertidamente (ou não?) adotado a tática petralha de desqualificar apenas quem lhes interessa, resguardando os seus?
É com manifestações desse quilate que pretendem reafirmar sua condição de comandantes? Melhor que esperem sentados, senhores.
(a) 2º Tenente QAO Adm/G (Cav) RRm Ricardo Montedo dos Santos
(um dos milhares de militares que não assinaram este alerta (seletivo) à Nação)


28 de fevereiro de 2012

EUA cancelam compra de Super Tucanos da Embraer

EUA cancelam contrato com Embraer sobre Super Tucano

A Força Aérea dos Estados Unidos informou nesta terça-feira que está cancelando contrato de 355 milhões de dólares para fornecimento de 20 aviões Super Tucano, da Embraer, citando problemas com a documentação.
A Força Aérea disse que vai investigar e refazer a licitação, que também está sendo contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft. O contrato havia sido concedido pela Força Aérea americana para a Embraer e a parceira Sierra Nevada Corp.
"Apesar de buscarmos a perfeição, nós as vezes não atingimos nosso objetivo, e quando fazemos isso temos que adotar medidas de correção", disse o secretário da Força Aérea, Michael Donley, em comunicado. "Uma vez que a compra ainda está em litígio, eu somente posso dizer que o principal executivo de aquisições da Força Aérea, David Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor."
Leia também:EMBRAER VAI FORNECER SUPER TUCANOS PARA A FORÇA AÉREA AMERICANA
AMERICANOS SUSPENDEM COMPRA DOS SUPERTUCANOS!
Procurada pela Reuters, a Embraer não se pronunciou até a publicação desta reportagem. O comandante da área de materiais da Força Aérea dos Estados Unidos, Donald Hoffman, ordenou uma investigação sobre a situação, afirmou o porta-voz da Força Aérea.
Em 30 de dezembro, a Força Aérea dos Estados Unidos definiu que a Sierra Nevada e a Embraer tinham obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano A-29, assim como treinamento e suporte. Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão.
No ocasião, a Força Aérea disse que acreditava que a competição e a avaliação para seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes.
O Super Tucano A-29 foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e atualmente é usado por cinco forças aéreas, e ainda existem outras encomendas, segundo a Embraer.
Reuters/montedo.com

Homenagem: militares mortos são exemplo de heroísmo e profissionalismo, diz Amorim

Militares mortos na Antártica recebem medalhas e promoção no Rio
Familiares participaram de homenagem na Base Aérea do Galeão.
Para autoridades, militares são exemplo de heroísmo e profissionalismo.

Janaína Carvalho
Militares foram homenageados em cerimônia na 
Base Aérea do Galeão, no Rio (Foto: Janaína Carvalho/G1)
Os dois militares mortos num incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, foram homenageados na manhã terça-feira (28) no Rio de Janeiro. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos foram promovidos ao posto de segundo-tenente; admitidos na Ordem do Mérito da Defesa, no grau Cavaleiro, honraria concedida pela presidente Dilma Rousseff; e agraciados com a Medalha Naval de Serviços Distintos, da Marinha.
Muito emocionados, os familiares receberam os cumprimento dos oficiais da Marinha, e deixaram o local sem falar com a imprensa.
Ao final da cerimônia, os corpos dos dois militares foram levados para o Instituto Médico Legal (IML). Segundo a assessoria de imprensa da Marinha, o corpo do segundo-tenente Santos pode ser velado ainda nesta terça no Cemitério do Caju, na Zona Portuária da cidade. Já o corpo do segundo-tenente Figueiredo será encaminhado para Vitória da Conquista, na Bahia, sua cidade natal.
No caminho para entrar no ônibus, a mãe do segundo-sargento Santos falou, rapidamente, com os jornalistas: "Ele sempre foi o meu herói. Ele era tudo para mim desde pequeno."
Já a viúva de Figueiredo, Nilza Costa Figueiredo, disse apenas que foi casada com ele por 26 anos.

Heroísmo
No Chile, ataúdes dos militares mortos foram conduzidos por colegas da Marinha
Durante a cerimônia, o vice-presidente da República, Michel Temer, ressaltou que muito mais do que perda material, o acidente na Estação Comandante Ferraz representou a perda de duas figuras humanas importantes para as Forças Armadas e para o país.
“Quero transmitir aos familiares a minha solidariedade pessoal e a palavra de conforto da presidente Dilma Rousseff. Esses homens que se foram agora não têm medo, se temessem, não teriam tido o gesto de heroísmo que tiveram na Antártida. Que o exemplo deles sirva para seus filhos, para a Marinha e para todos os brasileiros. Em nome do povo brasileiro, que está acompanhando tudo isso, quero prestar solidariedade à família e à Marinha do Brasil”, disse o vice-presidente.
De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, os militares são exemplo de heroísmo e profissionalismo e serão lembrados sempre pela Marinha e pelas Forças Armadas do Brasil.
“Reconstruiremos a estação da Antártica também em homenagem a esses homens que tombaram no cumprimento do dever”, ressaltou o ministro.
Também participaram da cerimônia os comandantes das três Forças Armadas: almirante-de-esquadra Julio Soares Moura Neto, da Marinha; tenente-brigadeiro-do ar Juniti Saito, da Aeronáutica, e general Enzo Martins Peri, do Exército.
G1 RJ/montedo.com

Soldado que vai para o Haiti é o orgulho de sua cidade

Campo-grandense irá se integrar a força de paz da ONU no Haiti.
O jovem soldado Antonio Geovane irá para o Haiti em abril.

O jovem soldado do exército brasileiro Antonio Geovane Leal da Costa de 24 anos natural aqui de Campo Grande-RN, irá se integrar a força de paz da ONU (Organização da Nações Unidas) no Haiti. O soldado Geovane ingressou no exército em março de 2007 e está lotado no 7º Batalhão de Engenharia de Combate – Batalhão Visconde de Toné que fica localizado em Natal capital aqui do nosso Estado.
O soldado Antonio Geovane será o primeiro campo-grandense a integrar uma força de paz do exército brasileiro, algo que sem sobra de dúvidas merece o nosso apreço e reconhecimento pelo esforço do mesmo para com a carreira militar. Inclusive o soldado Geovane foi recebido na semana passada pelo prefeito Bibi de Nenca em seu gabinete, onde na ocasião o chefe do executivo local desejou votos de apreço e estima e falou do orgulho que é ter um filho dessa terra fazendo parte de tão importante missão das forças armadas brasileiras em solo haitiano.
De acordo com Geovane o embarque para o Haiti está previsto para o dia 10 de abril a partir de Natal. Ele irá juntamente com mais 39 (trinta e nove) soldados integrarem[sic] o 16º Contingente da Força de Paz. Embora o embarque só ocorra em abril, o soldado Geovane disse a nossa reportagem que já faz parte da Força de Paz da ONU. O retorno dele do Haiti está previsto para o dia 18 de dezembro deste ano.
De acordo com os procedimentos militares, depois dessa missão esses soldados retornam às suas unidades e seguem a vida militar como de rotina – no caso eles com o reconhecimento oficial das Forças Armadas do Brasil, bem como da Organização das Nações Unidas – ONU.
CG na Mídia/montedo.com

Comento:
Para o Exército, esse menino é mais um bom soldado. Para seus conterrâneos, é uma personalidade, um herói, orgulho de sua gente. Essa quase veneração pelas Forças Armadas no interior do Brasil ajuda muito a sustentar seu alto nível de credibilidade junto à população.

Wikileaks: empresa de inteligência diz que Lula recebeu propina por caça Rafale

Relatório critica Forças Armadas do Brasil: "A Marinha é uma merda"

Jorge Lourenço
No fim de fevereiro, o Wikileaks começou a publicação de e-mails da companhia de inteligência global Stratfor. Com base no Texas, a empresa tem, entre seus clientes, o Departamento de Defesa e de Segurança Interna dos Estados Unidos. Entre algumas mensagens já disponíveis para o público, a Strafor analisa as compras militares brasileiras e cita um jornal "parceiro" da companhia.

Em ruínas
Na mensagem que analisa as compras militares, o analista de geopolítica da Stratfor cita fontes no consulado norte-americano para questionar o Ministério da Defesa.
"Você está certo em se perguntar o que, em nome de Deus, Brasília está fazendo. A Marinha brasileira é uma merda. É uma piada, e eu sei porque eu falo com os militares do consulado o tempo inteiro a respeito disso. A tentativa deles de adquirir um submarino nuclear não faz sentido algum", diz a mensagem, que também fala da compra dos caças Rafale.
"O fato de que eles querem o Rafale e o Gripen é uma piada. O F-18 é o melhor equipamento. Nós os oferecemos um excelente pacote, inclusive bastante transferência de tecnologia. (...) O Rafale, mesmo com o preço reduzido, ainda está muito caro. E o Gripen é uma merda. Se você compra o Gripen, você é uma Eslováquia".
Para justificar a escolha brasileira pelo Rafale, a empresa aponta que Lula pode ter recebido propinas para dar preferência aos franceses.
"A compra dos submarinos é tão estúpida que deve ter alguma compensação por trás. Lula provavelmente está procurando um dinheiro para sua aposentadoria. A compra ainda veio no fim do seu mandato, assim como os caças. O nosso Departamento de Tesouro é contra oferecer propinas, o que não nos permite fazer grandes negócios num lugar corrupto como o Brasil".
Jornal do Brasil/montedo.com

Investimentos na Defesa podem gerar frutos em outras áreas, diz pesquisador

Defesa - Iniciativa deve unir as Forças Armadas
Se planejar e perseguir a inovação no setor de defesa, o Brasil poderá colher frutos em muitas outras áreas. Essa é a opinião do pesquisador Waldimir Longo, professor emérito do Instituto de Estudos Estratégicos (Inest), da Universidade Federal Fluminense.
Pós-graduado em universidade americana, com apoio financeiro do governo dos EUA quando era oficial no Brasil, Longo propõe um sistema de incentivo à inovação baseado no modelo daquele país, onde um quinto do orçamento federal (US$ 700 bilhões em US$ 3,5 trilhões) é aplicado em defesa.
"Metade dos físicos dos EUA que ganharam o Nobel foram financiados pelo Departamento de Defesa", diz Longo. "Temos que ter um sistema semelhante, mas é necessário unir as três forças."
As Forças Armadas buscam uma ação coordenada. De acordo com o Ministério da Defesa, a Estratégia Nacional de Defesa estabelece três áreas prioritárias: a nuclear, a cargo da Marinha; a espacial, da Força Aérea, e a cibernética, a ser desenvolvida pelo Exército.
Os ministérios da defesa e da ciência e tecnologia abriram licitação para desenvolver um antivírus nacional. O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, do MCT, mantém um programa que captura arquivos potencialmente perigosos na internet e constatou que os antivírus à disposição no mercado não conseguem detectar 20% das ameaças criadas para atingir exclusivamente o Brasil.
EB/montedo.com



Militares mortos em incêndio na Antártica serão homenageados em solenidade no RJ

Vice-presidente prestará homenagens aos oficiais no Rio de Janeiro.
Militar ferido apresenta quadro de saúde estável, segundo a Marinha.

O vice-presidente Michel Temer vai presidir, na manhã desta terça-feira (28), uma solenidade de homenagem aos dois militares da Marinha mortos no incêndio da Estação Comandante Ferraz, na Antártica, ocorrido na madrugada deste sábado (25). A cerimônia ocorrerá na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 9h.
Na ocasião, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos serão promovidos, post mortem, ao posto de segundo-tenente; admitidos na Ordem do Mérito da Defesa, no grau Cavaleiro, honraria concedida pela presidente Dilma Rousseff; e agraciados com a Medalha Naval de Serviços Distintos, dada pelo comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, que também participará da solenidade.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) escalado para buscar os corpos decolou às 12h20 desta segunda-feira (27) de Punta Arenas, no Chile, rumo à base chilena Eduardo Frei. Neste voo, informou a Marinha, embarcaram sete peritos encarregados de analisar a causa do incêndio na estação.
Antes, a mesma aeronave, um Hércules C-130 da FAB, fez o transporte dos 41 brasileiros sobreviventes ao acidente, que chegaram na noite de domingo ao Brasil. Dos 26 pesquisadores, 16 que não moram no Rio de Janeiro ficaram hospedados em um hotel antes partirem em voos comerciais para suas cidades de origem.
G1/montedo.com

Carreata dos milicos nesta quinta em Brasília. Quem vai?

Faixa em Brasília (do portal Sociedade Militar)


Do blog Ponto de Vista - Lígia Leal
AMARP – FFAA/DF
A Associação dos Militares da Reserva, Reformados e Pensionistas das Forças Armadas convoca toda a família militar da Reserva para juntos cobrarmos as PERDAS SALARIAS E O PAGAMENTO DOS 28,86%, já pacificado pelo Supremo Tribunal Federal.
Foi decidido em Assembleia, no dia 12/02/2012, que será realizada uma carreata em prol dos nossos interesses . A concentração se dará no Ginásio Nilson Nelson no dia 1º de março de 2012, às 13h30min. Contamos com a participação de todos os companheiros da reserva, pensionistas, reformados e seus familiares.
Sargento Genivaldo R/1 Presidente da AMARP
(Contatos: 061-3039-5164 / 3522-5164 / 9601-7975)

27 de fevereiro de 2012

Clima de revolta à bordo do porta-aviões São Paulo

Confira relato exclusivo feito por pessoal a bordo do navio
OBSERVAÇÃO: Blog enviou o relato à Marinha e ainda aguarda um posicionamento oficial.
Marco Aurélio Reis
Militares que servem no porta-aviões São Paulo e e seus familiares revelaram a O DIA com exclusividade um cenário preocupante a respeito da conservação da embarcação. A maior parte dos episódios internos, contam, não chega ao conhecimento do público, mas tiram o sono de esposas cada vez que seus maridos embarcam.
Desde agosto do ano passado, O DIA cobra explicações oficiais para as denúncias dos tripulantes. Elas ficaram mais detalhadas desde o dia 15 daquele mês, quando um incêndio na caldeira, outro na chaminé e outros dois nas máquinas, todos revelados com exclusividade pela Coluna Força Militar de O DIA, aumentaram a preocupação de quem serve embarcado no São Paulo.
Entre os relatos,o que mais assustam diz respeito a dificuldade de se saber onde podem ocorrer rompimentos de tubulações , vazamento de vapores e incêndios. "Elas (tubulações) são envelopadas. Não dá para saber onde estão as áreas com problemas", contou uma das fontes que serve no São Paulo. "O navio não pode parar em função do custo do treinamento dos pilotos e da necessidade de mante-los em operação. Se não pousam e decolam com frequência perdem condições de operação e terão que passar por novo e caro treinamento fora", conta outra fonte.
A pedido do jornal, mais de um militar a bordo compôs relatório preocupante, encaminhado por O DIA às autoridades. O relato dá uma dimensão do clima a bordo:

NAVIO VELHO
"Somos militares do Porta Aviões São Paulo e estamos vivendo em um estado de escravidão sem ter a quem recorrer. Trabalhamos no (...) em um navio sucateado e velho, sem condições de navegar em segurança que se arrasta há anos em reparos sem apresentar resultados."

INCÊNDIOS CONSTANTES
"Na tentativa de viagem que fizemos (ano passado), logo no cais, antes do navio sair, houve um incêndio a bordo. Mesmo com o incêndio, o comandante decidiu continuar com o cronograma e manteve a viagem. No mar foram mais dois incêndios e alagamentos.
Quando isso acontece a tripulação tem de ser avisada através do serviço de fonoclama do navio. Mas nem em todos esses eventos isso aconteceu. Havia ordem para que não fosse divulgado, pois havia um almirante a bordo e se ele ouvisse talvez determinasse o retorno do navio (o que aconteceu em um incêndio posterior). As vidas dos militares que ali servem estão em risco constante. Redes de vapor vazaram novamente - lembrando que anos atrás militares morreram por esse mesmo motivo. E esses fatos estão sendo escondidos, para que não haja pressão dos próprios militares e familiares para a parada definitiva do navio."

ALMIRANTES PRECISAM DO PORTA-AVIÕES
"O navio já era velho quando foi comprado pela Marinha, anos atrás por 12 milhões - valor que não compra um barco decente. Esse navio mantém a Marinha refém da França na compra de óleo e manutenção, que são caríssimos. Para piorar, se esse navio for aposentado, o Brasil não terá mais uma esquadra - pois é necessário um porta aviões para tal, e vários almirantes de esquadra seriam obrigados a ir para casa, para a reserva."

MILITARES IMPEDIDOS DE DESEMBARCAR
"O departamento de máquinas, junto com a tripulação, está pagando pelo estado da embarcação. Militares desses setores são impedidos de ir para casa ao fim do expediente por causa das máquinas que não funcionam, impossibilitando a prontificação do navio. O comando não aceita isso e pune! Já ficamos vários dias impedidos de sair por causa disso. As máquinas que deveriam ser em número de dois, só tem uma precariamente funcionado. No hangar há vários geradores prontos para uso em caso de falha do único gerador em funcionamento (a um aluguel de R$ 30 mil cada - mesmo que não sejam usados)."

LUVA PARA CHECAR A LIMPEZA
"Há uma ordem de que ninguém pode desembarcar do navio, ninguém pode ser transferido - o que é rotineiro na Marinha - ordem dada pelo comandante com o aval do comandante da Marinha. (...) O absurdo chegou ao ponto do comandante do navio criar um Postos de Limpeza (oposto aos Postos de Combate), onde os compartimentos são limpos e inspecionados pelo próprio comandante, que o faz munido de um cinto recheado de luvas brancas que ele usa para verificar se há poeiras pelo compartimentos. E se houver, o responsável pela limpeza é punido. Tudo respaldado por um código, cujo parágrafo único permite a um oficial punir um militar baseado no que ele achar que está errado, seja um olhar ou gesto diferentes."

INSPEÇÕES FEITAS POR QUEM SERÁ INSPECIONADO DEPOIS
"As inspeções administrativas que existem não têm eficiência - elas poderiam reprovar o navio - pois os inspetores são os próprio oficiais. Eles inspecionam hoje e amanhã são inspecionados por quem inspecionaram. Seria necessário um órgão externo para realizar essa tarefa. Aí seriam vistas as licitações suspeitas, o enriquecimento de alguns oficiais (há relatos de compras realizadas onde apenas a nota fiscal foi entregue, o produto comprado nunca chegou). Fazem porque sabem que nós não podemos fazer nada, não podemos provar
por causa de punições e retaliações."

MACARRÃO SEM MOLHO
"O trabalho na praça de máquinas é em turnos de quatro horas em temperaturas de 70 graus. Na hora da refeição, macarrão puro para comer! Arroz com hambúrguer. Zero de valor nutricional aqui. Mas os coquetéis não param!"

BOMBA RELÓGIO
"Estamos pedindo socorro antes que mais vidas sejam perdidas. Apenas com a ajuda da imprensa e do Ministério Público poderemos ter alguma esperança."Estamos sofrendo.Além de situações de risco, como por exemplo, toda vez que o navio tenta sair, temos que voltar até meia noite do dia anterior para o navio, com todo o perigo que o Rio está atravessando, e por viajar com o navio em estado de perigo constante, pois mesmo depois do acidente de 2005, continuamos em cima de uma bomba relógio. Toda saída do navio vira uma preocupação dos nossos familiares.Mesmo depois de tantos gastos, a evolução é mínima. Praças que servem no porta-aviões há mais de 10 anos estão impedidos de desembarcar, ou seja, não podem pedir transferência. É constante ao pessoal a bordo ficar sem licença-pagamento."



Faixa em rodovia ironiza salário das Forças Armadas

Faixa fotografada em 02 de fevereiro, na BR 116, em Canoas (RS), estrada que liga o município a Porto Alegre.




Exército patrulha áreas alagadas no Acre

Exército une forças com Polícia Militar para patrulhamento das áreas alagadas

Samuel Bryan
Vândalos têm assaltado as casas e levado pertences e materiais de construção, como telhas. A Polícia Militar do Acre já estava reforçando o patrulhamento nas regiões mais atingidas pelas cheias 
(Gleilson Miranda/Secom)

Já não bastassem todos os problemas causados pela alagação do Rio Acre na capital acreana, uma preocupação tira a noite de sono de muitas pessoas que estão com suas residências tomadas pelas águas: vândalos têm assaltado as casas e levado pertences e materiais de construção, como telhas. A Polícia Militar do Acre já estava reforçando o patrulhamento nas regiões mais atingidas pelas cheias, mas agora, o Exército também vai ajudar no policiamento, fornecendo desde a tarde de domingo, 26, cerca de 60 homens para reforçar a patrulha fluvial das áreas alagadas.
Uniforme (???) padrão dos PMs do Acre
Atualmente são oito patrulhas fazendo a ronda, 24 horas por dia, nos seis bairros mais atingidos pela alagação do Rio Acre. A partir de segunda-feira, 27, serão nove. Com o apoio do exército, cada patrulha será composta por três soldados do exército e dois da polícia militar. "Temos efetivo para o patrulhamento, mas nos faltam pilotos para as embarcações. Esse apoio do exército esta sendo fundamental para dar segurança à população que teve suas casas atingidas pelas águas", disse o capitão Estephan, comandante do Policiamento Ambiental.
O policiamento das regiões alagadas esta em pleno funcionamento desde o começo da semana passada. O bairro Taquari é o que mais reúne reclamações de vândalos realizando furtos nas residenciais abandonadas. Só nesse bairro, serão três equipes de patrulhamento dia e noite. Ao todo, por turno, estão sempre em ação 15 soldados do exército e 25 soldados da polícia militar. "É uma parceria no intuito de fortalecer esse policiamento e dar tranquilidade as pessoas que tiveram que abandonar suas casas, para que elas possam dormir tranquilamente", reforça o capitão Estephan.
Os homens do exército que estão participando das ações nesse período de alagação vêm do Comando de Fronteira, 4° BIS. Segundo o Capitão Lucídeo, 788 homens estão envolvidos nas atividades. "Não participamos apenas do patrulhamento fluvial, mas também do auxílio aos desabrigados, organização das doações e outras ações", informou o Capitão.
Além dos patrulhamentos nos bairros alagados, a situação também está complicada no Loteamento do Amapá, aonde não é mais possível chegar por via terrestre, transformando o local em uma pequena ilha, com muitos de seus moradores ainda presentes, sem energia elétrica e falta de alimentos e água potável.
O bairro Taquari é o que mais reúne reclamações de vândalos realizando furtos nas residenciais abandonadas. Só nesse bairro, serão três equipes de patrulhamento dia e noite 
(Gleilson Miranda/Secom)
Com apoio do Bope, a Polícia Militar montou uma base que funciona 24 horas por dia na escola municipal do Loteamento do Amapá. Oito homens estão responsáveis pela segurança. Quadriciclos foram transportados até o loteamento e ajudam os policiais durante a ronda na região, que teve a energia elétrica cortada.

Ações na Antártica terão em 2012 o menor orçamento dos últimos sete anos

Dyelle Menezes

Além do incêndio que destruiu 70% da estação brasileira na Antártica e da execução orçamentária de apenas 60,7% no ano passado, incluindo os restos a pagar pagos, o governo enfrentará outro problema este ano. O valor previsto no Orçamento Geral da União (OGU) para aplicações no continente gelado em 2012 é o menor dos últimos sete anos.
Estão autorizados R$ 11,8 milhões para as ações “Missão Antártica” (R$ 8,2 milhões), “Fomento à Pesquisa na Antártica” (R$ 1 milhão) e “Monitoramento das Mudanças Ambientais Locais e Globais Observadas Na Antártica” (R$ 403,5 mil). No ano passado, cerca de R$ 18,4 milhões estavam previstos, valor praticamente igual ao de 2010. Se comparado com 2009, a diferença é ainda maior: cerca de R$ 27,4 milhões foram aprovados naquele exercício.
Vale ressaltar que até 2011, orçamentariamente, as ações estavam concentradas no programa Programa Antártico Brasileiro (Proantar), criado em janeiro de 1952. No entanto, em 2012, com a alteração da estrutura dos programas e ações governamentais, as principais iniciativas foram alocadas na rubrica “Mar, Zona Costeira e Antártica”.
O objetivo é garantir a presença na região antártica, desenvolvendo pesquisa científica diversificada de qualidade, com a preservação do meio ambiente, a fim de assegurar a permanência do Brasil como membro consultivo do Tratado da Antártida.
Além disso, as atividades prevêem o fomento a projetos de pesquisa multidisciplinares e multi-institucionais, inclusive internacionais, no âmbito do Proantar, incluindo seu sistema de avaliação e acompanhamento; e aquisição de equipamentos científicos.
A diminuição no montante se deve principalmente à tramitação do orçamento no Congresso Nacional. As ações brasileiras na Antártica sempre obtiveram grandes acréscimos de recursos por via de emendas parlamentares, o que não aconteceu em 2012, quando apenas R$ 2,2 milhões foram decorrentes de propostas do Legislativo. No ano passado, por exemplo, o orçamento praticamente triplicou com as proposições parlamentares, pulando de R$ 6,4 milhões para R$ 18,4 milhões.
A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação chegou a apresentar proposta de R$ 30 milhões para a Missão Antártica, porém apenas R$ 5,7 milhões foram aprovados nessa emenda. Outros R$ 6,3 milhões foram provenientes de proposições 19 deputados e senadores. Ao todo, em 2011, R$ 36,3 milhões foram propostos pelo Congresso, contudo, só R$ 12 milhões foram realmente inseridos no orçamento. (veja aqui as proposições)
O histórico orçamentário das iniciativas nos últimos onze anos demonstra que cerca de R$ 30,2 milhões deixaram de ser investidos. O valor é resultado da diferença entre os valores autorizados anualmente e os totais pagos em cada exercício, incluindo compromissos assumidos em gestões anteriores. Dos R$ 145,1 milhões estimados entre 2001 e 2011, aproximadamente R$ 114,9 milhões, equivalente a 79,2% de execução orçamentária.

Reitor diz que estrutura do Brasil na Antártica estava obsoleta

Estrutura do Brasil na Antártica estava obsoleta, diz reitor da Unisinos
Três pesquisadores da universidade atuavam em base que pegou fogo
Estrutura do Brasil na Antártica estava obsoleta, diz reitor 
da Unisinos - Crédito: Armada de Chile / Divulgação / CP
O reitor da Unisinos, Marcelo Fernandes de Aquino, disse nesta segunda-feira que o incêndio da Estação Antártica Comandante Ferraz, na Ilha do Rei George, na madrugada desse sábado, foi uma demonstração de que a estrutura do Brasil na Antártica estava obsoleta. “O País deveria oferecer um suporte mais adequado aos seus pesquisadores”, afirmou. A universidade mantinha três pesquisadores no local: Aparecida Basler, de Porto Alegre, mestranda em Biologia; César dos Santos, de São Leopoldo, biólogo da universidade; e Gabriela Werle, de São Leopoldo, graduanda em Biologia.

Aquino observou que foi uma perda para a pesquisa brasileira, mas ressaltou que ainda é preciso avaliar os danos. “Isso é muito recente e não sabemos ao certo o tamanho do estrago”, destacou. O comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, informou nesta segunda que a nova estação antártica brasileira, que substituirá a base destruída começará a ser reconstruída no próximo verão. Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, que a nova estação terá “segurança redobrada” para evitar incêndios.

Ordem de Dilma é começar reconstrução o mais rápido possível
O embaixador do Brasil no Chile, Frederico Cezar de Araujo, reiterou que a ordem da presidenta Dilma Rousseff é começar “o mais rápido possível” o trabalho de reconstrução da estação. Conforme Araujo, as apurações preliminares indicam que uma falha no sistema elétrico gerou o incêndio na base.
Correio do Povo/montedo

Paranoia de pijama!

Para certas mentes bitoladas, 'qualquer asinha de grilo já dá uma sopa', como diz o gaúcho. Circula pela web, entre altas pantufas (pois os coturnos já foram pendurados há tempo), uma suspeita de que os recentes acidentes envolvendo navios da Marinha (a saber: incêndio no porta-aviões São Paulo, afundamento da chata com combustível na Antártida e incêndio na Estação Comandante Ferraz) possam ter outras causas que não as citadas até agora como prováveis (equipamentos defasados, navios-sucata, escassez de recursos, falha humana por elevado estresse). 
Os estrelados de pijama cogitam a hipótese de sabotagem, motivada pelo arrocho financeiro a que os militares estão sendo submetidos.
Que Dilma e o PT não saibam dessa teoria tresloucada. Seria um ótimo pretexto para desviar o foco das notórias precariedades materiais das Forças Armadas, mascaradas pelo alto profissionalismo dos militares, que fazem das tripas, coração para que seus equipamentos obsoletos (de fogões de campanha a porta-aviões) funcionem a contento para que as missões sejam cumpridas.

'Combatemos com água, neve, suor', diz oficial sobre resgate na Antártida

Tenente Pablo Tinoco é um dos 41 brasileiros que chegaram ao Rio.
Emocionado, ele disse que todos tentaram socorrer os dois militares mortos.

Christiano Ferreira
Tenente Pablo Tinoco é um dos 41 brasileiros que desembarcaram no 
Rio de Janeiro (Foto: Christiano Ferreira / G1)
Emocionado, o tenente Pablo Tinoco contou que todos se esforçaram ao máximo para tentar socorrer os dois militares mortos no incêndio da Estação Comandante Ferraz, na Antártida. Tinoco é um dos 12 homens do arsenal da Marinha que desembarcaram na madrugada desta segunda-feira (27) no Rio de Janeiro, juntamente com 26 pesquisadores, um alpinista, um funcionário do Ministério do Meio Ambiente e um militar ferido.
“Tentamos a todo tempo. Mesmo quando a gente não tinha mais recursos, a gente continuou tentando. Combatemos com neve, com água, com força, com suor, mas não conseguimos. Fizemos o que era possível. A estação se queimou e [com ela] o sonho de muitos, pois ela existe há 30 anos”, relatou o tenente.
As vítimas chegaram à Base do Galeão, na Ilha do Governador, pouco depois de 1h desta segunda-feira. No reencontro com os familiares, que ocorreu em uma sala reservada, houve muita emoção. Muitos deixaram a base abraçados com os parentes. Alguns seguiram em um ônibus disponibilizado pela Marinha, outros com as famílias em carros.

Lembranças
O tenente Tinoco disse que viu o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos, mortos no incêndio, entrarem na estação para combater as chamas.
“Eram dois dos nossos amigos. Um deles, o mais experiente, era professor na área de combate a incêndio e por isso foi um dos primeiros a entrar. Tomamos os procedimentos corretos”, contou ele, que se emocionou ao lembrar dos dois militares.
“A Marinha era a vida desses homens e eles faziam o que gostavam. Nós militares fazemos o que amamos, a gente está lá por isso. Independente da circunstância, do tamanho do fogo, nós iríamos tentar até o impossível”, falou.
Entre os 26 pesquisadores que chegaram ao Rio, a bióloga Terezinha Absher disse que ficou apavorada com as chamas. Ela trabalhava há 20 anos na estação, onde fazia análise de invertebrados. "Foi como se tivesse perdido a minha própria casa", disse Terezinha. Abalada, ela hesitou ao responder se voltaria para a Antártida. "Tenho que pensar", contou.

Alarme
Segundo pesquisadores da base brasileira ouvidos pelo G1, os procedimentos de combate às chamas foram feitos de forma correta. A bióloga Fernanda Siviero, que estava na estação no momento do incêndio, disse que os brasileiros evacuaram o local logo após o alarme de incêndio ter sido acionado.
“A gente estava na base, quando foi ligado o alarme de incêndio. A gente fez o procedimento de evacuação e ficamos seguros [em outra área]”, disse. “Retornamos bem, com tranquilidade, tivemos todo o apoio da Marinha brasileira, da Marinha chilena. Todo o apoio e todo o suporte. Infelizmente perdemos dois [membros do grupo]”, finalizou.
G1 RJ/montedo.com

Incêndio na Antártida: em voo da FAB, militares e cientistas retornaram ao Brasil

Brasileiros que estavam em base na Antártida chegam ao Rio de Janeiro
Avião com 41 passageiros, entre militares e pesquisadores, saiu do Chile
Incêndio na Estação Comandante Ferraz matou duas pessoas no sábado.

Christiano Ferreira
Voo com 41 brasileiros que estavam na base 
da Marinha na Antártida chega ao Rio de Janeiro.
(Foto: Christiano Ferreira)
O voo com 41 brasileiros que estavam na base incendiada da Marinha na Antártida chegou ao Rio de Janeiro pouco depois de 1h desta segunda-feira (27). O grupo é formado por 26 pesquisadores, 12 operários do arsenal da Marinha, um alpinista, um funcionário do Ministério do Meio Ambiente e um militar ferido, de acordo com a Marinha. A Estação Comandante Ferraz foi atingida por um incêndio na madrugada deste sábado (25), que matou dois militares.
O militar ferido, o sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros, chegou no Rio de Janeiro de cadeira de rodas e será transferido de ambulância para o Hospital Naval Marcílio Dias.
O voo saiu de Punta Arenas, no Chile, durante a tarde deste domingo (26), para onde os brasileiros foram transportados pela Força Aérea da Argentina. Antes de aterrissar na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, a aeronave faz uma parada em Pelotas pouco depois das 21h de domingo (26). Três pesquisadores da Unisinos, de São Leopoldo (RS), e um funcionário de Ibama desembarcaram na cidade.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Marinha, o almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto estão na pista da Base Aérea do Galeão para acompanhar a chegada dos brasileiros. Segundo Amorim, os corpos do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que estão na base chilena Eduardo Frei, devem chegar ao Rio de Janeiro na terça-feira (28).
A Marinha do Brasil afirmou em nota neste domingo (26) que 70% das instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz foram destruídas. Todo o prédio principal da base, onde ficavam o alojamento e alguns laboratórios de pesquisa, foi atingido pelo fogo. Ficaram intactos os refúgios – módulos isolados usados apenas em emergências – e os laboratórios de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera, assim como os tanques de combustíveis e o heliponto.
G1 RJ/montedo.com

Incêndio na Antártida: imagens da destruição

A base, na véspera do incêndio
Imagems: Claudio Cury (Especial ZH)
ZH/montedo.com

Morte de militares na Antártida e naufrágio de embarcação mostram a situação de penúria das Forças Armadas

Sem preparo
O chamado céu de brigadeiro está longe do Ministério da Defesa. Algo absolutamente esperado, pois ao longo dos últimos dez anos as Forças Armadas foram vilipendiadas e sucateadas, sem que ao menos um dos seus representantes protestasse contra a atitude de um governo revanchista, que nos dias atuais repete o que condenou com veemência no passado.
A decisão da presidente Dilma Vana Rousseff de entregar a pasta da Defesa ao agora petista Celso Amorim sinalizou as intenções do governo com as Armas. Com atuação pífia como ministro das Relações Exteriores, na era Lula da Silva, Celso Amorim é um antigo desafeto dos militares. Durante a ditadura, Amorim, juntamente com seu inseparável amigo Samuel Pinheiro Guimarães, o Samuca, foi escorraçado da Embrafilme após financiar com dinheiro público um filme contra os militares.
A morte de dois militares na Estação Antártica Comandante Ferraz, base da Marinha do Brasil atingida por um incêndio, foi confirmada na tarde deste sábado (25) pelo ministro Celso Amorim, depois de um sem fim de evasivas e informações propositalmente desencontradas. Outro militar ficou ferido e foi levado para um hospital de Punta Arenas, no Chile.
Horas antes de confirmar a morte dos dois militares brasileiros, o Ministério da Defesa informou, em nota, que Celso Amorim ficou “consternado” ao ser informado do acidente e está “preocupado” com o sargento Luciano Gomes Medeiros, que sofreu ferimentos, e com os dois militares desaparecidos, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos.
Em seu discurso de posse, em agosto de 2011, quando substituiu o gaúcho Nelson Jobim no comando da Defesa, Amorim disse, sem conhecimento de causa, que o Brasil não é um país indefeso e desarmado. O acidente ocorrido na Antártida é prova maior do estado de penúria em que se encontram as Forças Armadas e compromete sobremaneira o poder de beligerância do País.
Como se esconder a verdade fosse a receita mais adequada para um Estado democrático, o Ministério da Defesa, com a devida anuência do Palácio do Planalto, abafou durante aproximadamente dois meses o naufrágio de uma embarcação no mar da Antártida. Rebocada pela Marinha brasileira, a chata (embarcação de fundo chato usada para transporte de carga) afundou com 10 mil litros de óleo combustível. O produto, altamente poluente e que poderá causar estragos ambientais irreversíveis na região, ainda não vazou, mas está a 40 metros de profundidade e a 900 metros da praia onde fica a Estação Antártica Comandante Ferraz. É importante destacar que o Brasil é signatário de tratados de preservação ambiental na Antártida e, por conseguinte, se comprometeu a não poluir o continente.
Longe de querer duvidar da capacidade dos militares brasileiros, que têm conseguido sobreviver a duras penas sob um governo que dá guarida a terroristas, mas uma Armada que tem problemas durante o reboque de reles embarcação não dá a seus governantes o direito de afirmar que o país está preparado para o confronto bélico. Se Celso Amorim repetir na Defesa o que protagonizou na diplomacia verde-loura, o Brasil em breve será terra de ninguém.
ucho.info/montedo.com

Água congelada nas mangueiras dificultou combate a incêndio na Estação Comandante Ferraz

Água congelou nas mangueiras e dificultou combate a incêndio na Estação Comandante Ferraz
Pesquisador relata problema durante ação para tentar conter as chamas que invadiram o local

Paulo Germano
paulo.germano@zerohora.com.br
O grupo de combate a incêndio até foi rápido — o problema foi a água, que congelou dentro das mangueiras. A partir daí, as labaredas que se erguiam após um possível superaquecimento nos geradores de energia da Estação Comandante Ferraz, na Antártica, ganharam força para invadir quase tudo.
— O pessoal tentava de todo jeito, mas deu esse problema na água. Botijões começaram a explodir, não havia mais muito o que fazer — recorda o biólogo César Rodrigo dos Santos, pesquisador da Unisinos que liderava uma equipe no continente.
Na tentativa de apagar o fogo, foi utilizada uma bomba que suga a água do mar. O incêndio, quando foi percebido, já apresentava chamas de dois metros de altura — mas a água petrificada dentro da mangueira ampliava o desespero e a impotência de quem prestava socorro.
Os pesquisadores acreditam que os geradores de energia, localizados em uma sala afastada da área de convívio da estação, superaqueceram, provocando a queda de luz antes do acidente. Os equipamentos, movidos a óleo, já estão no foco de uma perícia supervisionada pela Marinha.
— É fato que o incêndio começou na área próxima aos geradores, mas não se sabe exatamente por quê — diz o almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, gerente do Programa Antártico Brasileiro.
O biólogo Santos, um dos 45 pesquisadores que desembarcaram na noite de domingo no aeroporto de Pelotas, salvou apenas a máquina fotográfica e um computador que estavam junto a seu corpo. Perdeu, como todo mundo, o material inteiro de pesquisa, além de roupas e bens pessoais.
ZH/montedo.com

26 de fevereiro de 2012

Sargento que sobreviveu ao incêndio na Antártida está muito abalado com a morte de colegas

'Importa é que ele está vivo', diz filha de ferido em incêndio na Antártida
Sargento, queimado ao tentar apagar o fogo, ligou para família à noite.
'Ele está abalado. Viviam como uma família na base da Marinha', diz ela.
Sargento Luciano Gomes Medeiros, ferido no incêndio da base da Antártida, ao  chegar ao Chile - Foto: Armada chilena

Tahiane Stochero
A família do sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros, que ficou ferido durante uma explosão na Estação Antártica Comandante Ferraz, na Antártida, recebeu com alívio um telefonema do militar por volta das 23h deste sábado (25) para contar que estava bem.
Luciano sofreu queimaduras nos braços e na mão e está internado em um hospital em Punta Arenas, no Chile. No incêndio, dois militares brasileiros morreram e a base foi destruída, segundo o Ministério da Defesa.
“Ele ligou para a casa com uma voz bem ruim, dizendo que estava abalado e muito triste com o que aconteceu, principalmente pela morte dois colegas, pois eram muito amigos. Eles viviam na base como uma família”, diz uma das filhas de Medeiros, Thaís, de 24 anos, que mora com a família no Rio de Janeiro.
Segundo a jovem, o pai estava na Antártida desde março de 2010 e voltaria da missão no próximo dia 25 de março. Ele era responsável pela parte mecânica e manutenção de motores e lanchas da base Comandante Ferraz. “O importante é que meu pai está vivo”, diz a filha.
Medeiros na Antártida (foto:  arquivo pessoal)
“Eles estavam com a data de retorno marcada. Dizia sempre que sentia muita saudade da família e reclamava do frio, pois somos cariocas e aqui é intenso o calor, sempre. Mas o meu pai viajava muito pela Marinha, estava acostumado com dificuldades, e o sonho dele era estar nessa missão na Antártida. Pena que acabou assim”, conta Thaís ao G1.
Thaís, a irmã de 14 anos e a mulher de Luciano Medeiros esperam a chegada do militar ao Rio de Janeiro, onde a família reside. Segundo a filha, “ele não falou nada sobre o incêndio” e nem sobre as causas.
“Na noite anterior (ao incêndio, na sexta-feira (24)), falamos com ele por telefone. Ele disse que estava indo dormir cedo, porque sairiam para uma missão com pesquisadores logo pela manhã. E na madrugada ocorreu aquilo. Ele deve ter se queimado ao tentar ajudar a apagar o fogo”, explica a jovem.
Segundo Thaís, o pai sempre comentava que havia rigor em relação à segurança na base para evitar qualquer acidente e que pesquisadores nunca podiam sair sozinhos ou sem orientação de militares.
Incêndio em geradores
A previsão é de que os militares e pesquisadores que estavam na base cheguem ao Brasil neste domingo (26) em um voo da Força Aérea Brasileira. O C-130 Hercules chegou a Punta Arenas, no extremo sul do Chile, na madrugada deste domingo (26). O grupo formado por militares e funcionários aguardava no local após ter sido retirado da Antártida por um avião da Força Aérea da Argentina.
G1/montedo.com